Capítulo 2

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Estava quase pegando no sono quando escutei passos atravessando a porta e o pouco barulho havia acabado de cessar, me fazendo perceber que o então professor Almeida havia chego

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Estava quase pegando no sono quando escutei passos atravessando a porta e o pouco barulho havia acabado de cessar, me fazendo perceber que o então professor Almeida havia chego. A luta que havia sido para erguer minha cabeça de novo foi grande e quando o fiz me assustei ao encontrar o moreno parado de frente para nós, meus olhos passearam pelo seu corpo escultural observando o quão bem aquela camisa cinza que mostrava seus músculos e a calça jeans nem muito larga, nem muito colada, proporcional a ele cabiam perfeitamente nele.

Por pequenos segundos seus olhos pararam em mim e consequentemente tudo o que eu havia sentido depois da nossa conversa de ontem tinha ido por água abaixo, eu só conseguia sentir a chama absurda que emanava do meu corpo, as minhas pernas se fecharam por reflexo fazendo com que seus olhos olhassem para elas. Engoli em seco sentindo meu corpo queimar, coloquei minhas mãos embaixo da carteira soltando um longo suspiro ao estar desejando o que evidentemente nunca poderia ter. Seu olhar voltou aos meus olhos e pude ver o quão escuros eles estavam por pouco tempo antes dele fechar os olhos e soltar um suspiro.

O moreno colocou um sorriso no rosto logo depois com muita facilidade, me fazendo duvidar se o que houve ontem foi real, pois ele parecia até simpático agora. Ele se apresentou para a turma enquanto se sentava na cadeira, logo depois falou pra abrirmos na página 160 e fazermos a atividade que estava ali. Observei-o mexendo em alguns papéis e revirei os olhos, mas acho que se sentiu observado e olhou por toda a sala até parar em mim. Peguei meu caderno rapidamente, abri o livro e comecei a fazer. Terminei em questão de 10 minutos e fui pegar visto como todos da turma estavam fazendo.

Fiquei esperando pacientemente ele observar as questões pra ver se estavam certas. Assim que ele esticou meu caderno pra mim, eu peguei e acidentalmente toquei seus dedos. Franzi a testa e voltei apressada ao meu lugar.

Fui às últimas folhas da matéria de matemática e fiquei rabiscando. Rapidamente eu me desliguei do mundo e foquei em apenas em mais um dos meus rabiscos bobos, porém não os deixo de lado por nada.

Sinto alguém me cutucar e olho pra trás com uma cara nada agradável, mas ela aponta pra frente, fazendo um arrepio percorrer todo meu corpo. Virei-me lentamente encontrando um par de olhos verdes olhando pra mim como se esperasse algo vindo de mim, se ele disse alguma coisa eu não escutei nada.

— Perdão, não escutei.

— Venha pegar sua atividade avaliativa, por favor.

— E você pode passar isso no seu primeiro dia como professor?

— Se estou passando é porque eu posso. Não servirá como nota individual e sim da turma, para que eu possa saber o que sabem ou não. Mas se você não quiser fazer, não terei nenhum problema ao saber que não é capaz de acompanhar a turma. – sorriu sarcástico e me fazendo revirar os olhos e ir pegar a bendita folha.

O conteúdo era do ano passado, poucas coisas desse ano estavam na avaliação, talvez por ser início do ano letivo ainda.

Assim que terminei entreguei a ele e fui sentar-se, observando as caras de surpreendido pelas minhas respostas ou contas na prova, assim que ele me olhou e viu que estava sorrindo fez uma careta, olhou pra minha prova e negou. Revirei os olhos sabendo que ele estava apenas fingindo então não dei bola e continuei meus rabiscos enquanto o mesmo continuava a correção de algumas provas, a cara dele era tão engraçada quando vinha uma prova ruim que ele chegava a bater a mão na testa e cantar um trecho de uma música brasileira do Roberto Carlos, se não me engano. Era assim "Jesus Cristo! Jesus Cristo!" o que me fez rir igual uma hiena e o restante da turma também.

𝘔𝘦𝘶 𝘘𝘶𝘦𝘳𝘪𝘥𝘰 𝘗𝘳𝘰𝘧𝘦𝘴𝘴𝘰𝘳 (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora