Capítulo 2 - Fishing man

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N/A: Eu recomendaria ler enquanto escuta alguma música que te lembre o mar. É isso, boa leitura! (P.s: Eu escrevi ouvindo o cover da Roadtrip de Feels do Calvin Harris e Solo da Clean Benedit feat Demi.)

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 O dia nem havia clareado direito quando Mikey notou que Rye não estava na cama. Ele abriu os olhos bem a tempo de ver o garoto saindo. Sexta-feira é dia de pesca, ele tinha esquecido desse detalhe. Como o turno no centro só começava as oito ele apenas virou pro lado e voltou a dormir.

 Enquanto Mikey dormia Rye entrou no carro e seguiu pelas ruas até o local da praia onde funciona o descarregamento de peixes da companhia Beaumont, ao seu lado estava todo o equipamento de pesca. Ele havia deixado um bilhete para Mikey na mesa já que o garoto é bem esquecido.

— Bom dia Rye! — Chris, um dos pescadores que trabalha para os Beaumont cumprimenta Rye assim que ele chega.

— Bom dia Chris, como vai?! — Rye dá início a uma pequena conversa animada sobre a família de Chris e como as coisas estão indo bem, até que alguém o chama.

— Preciso ir. — Ele se despede e vai até o Pérola da Maré, o barco da família Duff. — Bom dia família! — Ele fala animado enquanto entra no barco com a ajuda do Jack, um garoto irlandês, 2 anos mais novo que Rye, com cabelos castanhos e olhos incrivelmente verdes.

— E ai riquinho! — Jack faz um high five com o amigo e depois pega a mochila dele. — Como estão as coisas lá no seu centro de pesquisa?!

— Estão indo, e aqui? — Rye o segue para dentro do barco para colocar o resto das coisas.

— Ah, meu pai continua o cara mais mandão do mundo, então acho que nada mudou. — Jack brinca sorridente.

— Eu ouvi isso hein garoto. — Uma voz grossa soa da porta por onde os meninos entraram.

— Tio! — Rye vai até o homem e o abraça.

— Ryan! Meu garoto! Como está?!

— Bem. E o senhor?

— Poderia estar melhor se meu filho não fosse um ingrato. — Ele brinca. Ryan adora essa interação de pai e filho que acontece na família Duff. Ele jamais teve isso. Na sua casa todos se tratam com formalidade e brincadeiras estão fora de questão. Acho que por isso ele sempre foi meio rebelde, e também por isso se apaixonou por alguém como Mikey.

[...]

 Já era quase noite quando começou a chover, mas eles não tinham tido um dia muito bom, ainda não tinham fechado com o mínimo de peixes do dia então o Sr. Duff avisou que passariam a noite no mar. As duas irmãs mais velhas de Jack e a mãe apareceram com um ensopado quente e casacos grossos. A noite seria pior, mas Rye não liga para isso, o mar é sua segunda casa e ninguém o entenderia melhor do que aquelas pessoas bem ali, reunidos em volta de uma lanterna grande cada um com um pequeno prato cheio de ensopado bem quente, isso é a definição de lar para Ryan. Isso e estar em casa com Mikey.

— Droga, gente eu já volto, vou tentar avisar ao Mikey. — Ele se levanta.

— Use o rádio, vai conseguir se comunicar melhor. — O Sr. Duff fala.

— Obrigado. — Rye sorri e então sobe até a cabine do capitão.

 Não é diferente dos filmes que se vê na televisão, na verdade os filmes são bem realista em todos os detalhes. O garoto vai até um canto onde fica o rádio e, como já sabe de cor os números para contactar o rádio da própria casa não demora muito para o chiado sumir e a voz do Mikey aparecer.

Unknown life || Randy (Dropped)Onde histórias criam vida. Descubra agora