Capítulo 11

91 9 19
                                    


Jihoon está tão afastado de Kuanlin, mas ele está distante de Jihoon?

Acordo com dor de cabeça e nas costas. Percebo meu celular tocar, deve ser o motivo que me acordou. 

-oi?

É estranho o fato de Guanlin estar me ligando as seis da manhã. 

-oi...

-o que foi? Sua voz está estranha!

-pode vir me ver? Eu me sinto sozinho, meus amigos precisam resolver as coisas para mim...

-eu preciso trabalhar, ainda é sexta-feira também. -suspiro ouvindo sua respiração pesada.

-eu estou no hospital, Jihoon.

-o que houve?? -meu peito doeu. Como sou idiota, ele está mal e não posso ajudar.

-fiquei sem ar, fortes dores nos pulmões e peito. Eu preciso de você, mais do que ja precisei alguma outra vez!

-Ah... Eu vou ver se consigo, espera!

Mando mensagem para Daehwi, pergunto se eu poderia ficar fora por hoje. Ele não responde rápido, então preciso esperar.

-você está bem, Jihoon? -Guanlin fala na chamada, com uma voz embargada de sono e um tanto manhoso (?).

-estou sim, vou me trocar enquanto isso!

-queria te ver...

-Que? -me ver pelado? Que?

-sinto sua falta, está muito corrido para mim esta semana.

-entendo... 

Termino de me vestir e entro no chat, Daehwi perguntou o por quê de eu não trabalhar hoje. Apenas disse que um amigo precisava de mim no hospital, ele aceitou. 

-vou pegar uma mochila e vou ai, ok? Qual hospital é? 

...

Desligo a chamada. Pego a mochila e saio de casa, vou ao metrô e entro correndo para pegar o que estava quase partindo. Coloco meus fones e ouço a música Fix You do Coldplay, meus ouvidos agradecem tal obra.

...

Chego no hospital e preciso esperar uma hora para o horário de visistas. Por enquanto vou para a lanchonete, pois estou quase vomitando de fome, sabe quando seu estômago se contorce por comida? Odeio essa sensação.

...

Passado uma hora, entro no quarto de Kuanlin e vejo o mesmo dormindo. Pego a cadeira do lado e sento ali, vejo a agulha do soro e para o sangue enfiados em seu braço. Coisas assim me dão agonia, odeio me machucar, odeio dores e ainda mais agoniantes.

Chego mais perto e acaricio seu outro braço do meu lado. Ele é tão sereno, tão calmo e fofo. Verdade... ele é um artista, as vezes esqueço que esse rapaz não é apenas um garoto normal. Suspiros, talvez seria mais fácil.

-eu te amo... -ele fala baixo e ainda de olhos fechado. 

Nesse momento meu coração acelerou, pensei que estaria acordado mas está sonhando. Quem ele ama? Me levanto e passo minha mão em seu cabelo macio. Percebo que seus grandes olhos me fitavam, estou avoado, o que é isso que me incomoda?

-você veio! -ele sorri.

Seus olhos quase se fecham de tão sorridente que ele é. Ele tosse,  tosse e tosse.

-droga, ainda dói um pouco... -ele fecha os olhos por uns instantes, me olha novamente e sorri.

Droga.

♡ Nothing Without You (Panwink) ♡Onde histórias criam vida. Descubra agora