Isso não é um encontro!

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Pov Kirishima.

Bakugo e eu estávamos indo a um encontro, ele não queria admitir, ele dizia "Cala a boca! A gente não está num encontro, somos apenas amigos saindo!"

Ok, Talvez não fosse um, mas na minha mente era.
O metrô estava meio lotado, Bakugo estava em pé com uma cara de poucos amigos, provavelmente com raiva por eu ter encontrado um lugar 'pra sentar e ele não.

–Senta aqui! – Eu disse com um sorriso e batendo no meu colo com as duas mãos, como uma mãe chamando um filho para sentar com ela.

Algumas pessoas ao nosso redor nos olharam meio espantados.

–Kirishima pelo amor de Deus! Seja normal! – Bakugo disse num quase grito.

–Ué, mas nós estamos em um encontro, a gente é quase um casal, só falta um beijo. – Falei meio confuso, eu realmente pensava assim, e não entendia porquê ele não.

–Puta que pariu, não estamos em um encontro! Pare de agir como se tivesse alguma doença! – Ele estava muito vermelho, parecia que ia explodir.

–Eu não estou doente, minha saúde está "top" – Disse fazendo um sinal de OK.

–Kirishima, pare de agir assim! Seu doente!

–Mas esse é o meu jeito! E você que parece estar doente, todo vermelho, vai explodir? – Disse sorrindo largo, ele iria explodir sim.

Uma mulher ao meu lado não conteve a risada, foi um riso curto, como se ela estivesse se segurando e em um momento de descuido o riso escapado.

Havíamos chegado no nosso ponto, iríamos descer.

–Porra! Vamos descer dessa caralha! – Ele gritou, algumas pessoas se assustaram, puxou meu braço, e nós descemos.

[...]

Estávamos quase chegando no cinema, me aproximei um pouco de Bakugo enquanto nós andávamos e peguei sua mão, estávamos de mãos dadas.

–O que está fazendo? – Ele perguntou num grito.

–Estamos em um encontro, as pessoas fazem isso. – Disse sorrindo e apontando para nossas mãos dadas.

–Kirishima, não estamos em um encontro! – Ele disse claramente bravo, virando o rosto para mim.

Dei um selinho demorado nele, ele agarrou minha cintura me puxando, colando nossos corpos, e pediu passagem com a língua.
Empurrei ele de leve, apenas para separar o beijo, e saí andando.

–O que? Você me beijou! Agora volte já aqui e termine de me beijar! – Ele gritava ainda parado no mesmo lugar.

–Mas você disse que não estávamos em um encontro, beijos só acontecem em encontros! – Me virei para ele que ainda estava parado do outro lado da rua.

–Pois bem, agora isso é um encontro, venha me beijar, agora! – Ele atravessou a rua e estava claramente muito bravo.

–O filme Bakugo! Vamos logo! – Peguei sua mão e o puxei, ignorando o que ele havia falado.

[...]

já estávamos dentro da sala esperando o filme começar, ele estava impaciente com a demora.

–Sente no meu colo – Falei num sussurro com um sorriso, eu achava muito lindo a forma como as mães colocavam suas crianças no colo, era um ato de proteção e cuidado, exatamente o que eu sentia que deveria fazer com Bakugo.

–Kirishima! Pare de ficar pedindo essas coisas! – E lá estava Bakugo corado de novo.

Assistimos o filme, foi tudo bem calmo, em meio ao filme Bakugo segurou minha mão e entrelaçou nossos dedos, e quase no final, me beijou, dessa vez de língua. Voltamos para minha casa, ainda de mãos dadas, era definitivamente um encontro.

Ele estava passando uns dias comigo, ficando na minha casa, então entramos juntos. Nós trocamos de roupa, vestimos roupas confortáveis, e ele estava tão lindo, sem blusa, com um shorts folgado, com certeza o homem mais lindo que já vi. Eu estava no sofá, esperando ele pedir uma pizza 'pra a gente comer e ir dormir, até que ele sentou do meu lado e foi logo me beijando, passando a mão por todo meu corpo e me puxando pela cintura.

–Quer que eu sente no seu colo agora? – Ele disse com uma voz grossa em um sussurro, que foi mais na minha nuca do que no meu ouvido, me arrepiei.

–Sim! – Eu disse empolgado, afinal, finalmente Bakugo iria sentar no meu colo, como um bebezinho, tão fofo.

Mas ele começou a tirar a roupa, me espantei, mas antes que eu pudesse dizer algo, ele já estava só de cueca e pronto para tirá-la.

–B-Bakugo? Eu não estava falando disso!

Eu não sei beijar • Kiribaku Onde histórias criam vida. Descubra agora