Capítulo 7

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Jordan

O dia amanheceu e eu já estava de pé. No andar de baixo as vozes podiam ser ouvidas. Kimberly discutia com seus pais enquanto o pequeno Mathews choramingava.

Terminei de me vestir e logo desci para me juntar a eles. Assim que cheguei, o clima pareceu amenizar.

— Bom dia — saudei me fazendo educado.

Kimberly exalava um ar irritado.

— Pretende sair agora na parte da manhã, Jordan? – Celine quis saber.

Franzi o cenho mediante a expectativa que vi no rosto dela.

— Tenho que correr atrás dos documentos para minha contratação no serviço — expliquei.

— Se importa de levar a Kim no Colégio?

— Ah, mãe, pelo amor de Deus! — Kimberly explodiu levantando-se.

A senhora Celine se irritou e espalmou ambas as mãos na mesa.

— Sente-se e termine o seu café — apontou com ira. Voltou a me olhar. — infelizmente, eu não confio mais na minha filha, Jordan. Não tenho certeza se ela irá para a aula ou não.

Mirei o olhar na Kimberly, mas ela estava de cabeça baixa. Suas bochechas estavam rosadas. Seria raiva ou constrangimento?

— Sem problemas — falei. — Tenho permissão para usar a moto que está na garagem?

Vi que os olhos dela se arregalaram, e uma sombra trespassou por seu rosto.

— Não — respondeu sem pestanejar.

— Você precisa se desapegar das coisas dele, Celine – A voz do Saxton se fez presente pela primeira vez. — Deixe a moto na mão do Jordan. Ele precisará de um meio de transporte agora que vai trabalhar e estudar.

— Mas...

Ele a cortou:

— Chega desse assunto! Um homem precisa de tranquilidade em casa para conseguir trabalhar em paz — murmurou fadigado. — Jordan ficará responsável pela Kimberly a partir de hoje. Entregue as chaves da moto para ele.

O silêncio reinou em absoluto depois de seu decreto. Saxton tinha o temperamento calmo, mas sabia ser forte na hora de impor seu lugar de genitor daquela família.

Minutos depois, Kimberly e eu nos vimos sozinhos na garagem enquanto eu preparava a moto. Ela estava sorrindo enigmática para mim.

— Essa moto era do meu irmão — falou. — Por isso ela não queria que você usasse. — Revirou os olhos e caminhou até mim com sua mochila pendendo no ombro direito. Eu estava prestes a empurrar a moto para fora quando observei Kimberly retirar um violão do alto de uma prateleira. Sorrindo, ela dedilhou algumas notas e me olhou: — Está faltando duas cordas — queixou-se, enquanto recolocava o instrumento novamente no lugar que havia tirado há pouco.

Subi na moto e indiquei o assento atrás de mim com a mão para que ela se ajeitasse na garupa.

— Eu não sabia que você sabia tocar violão, garota sorriso — comentei sem esconder a surpresa na voz. Virei meu corpo para ela e encontrei com seu rosto bem próximo. O aroma doce que saía de seus lábios ameaçou me intoxicar. — Você é uma caixinha de surpresas, eu confesso.

Selando nossos lábios sensualmente, ela terminou lambendo-os.

— Sou como um anjo.

Sorrindo, eu me ajeitei enquanto colocava o capacete. Pequenas mãos quentes se enrolaram em minha cintura.

INSOLENTE (APENAS DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora