Capítulo Dois.: Padre, carrasco e pecador.

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Memórias consomem
Como se abrissem a ferida
Eu estou me criticando de novo
Vocês supõem
Que estou seguro aqui em meu quarto
A menos que eu tente começar de novo
...
Eu não quero ser aquele
Que as batalhas sempre escolhem
Porque, por dentro, percebo
Que eu sou o único confuso
...
Eu não sei pelo que vale a pena lutar
Ou por que tenho que gritar
Eu não sei por que provoco
E digo o que não quero dizer

Breaking the Habit.- Link Park

~♡~

Eu me importo, sempre me importei com tudo, porém é mais fácil fingir, é uma camada protetora tão boa de se colocar; não é fria e nem quente, não machuca de imediato, ela corroe de dentro para fora, e quando você percebe a ferida já está exposta, mas ao em vez de tratar, coloca-se mais daquela camada protetora por cima.

Prefiro fingir que sou uma boa garota, fica mais fácil parecer, gosto de fingir que está tudo sobre controle quando me ajoelhou em frente ao vaso e vômito tudo o que como, me pareceu o certo quando comecei. Perdi o peso que minha mãe queria, mas não foi o bastante. Nada é o bastante. Pensei estar fazendo o que é certo, me pareceu certo abandonar e esquecer as pessoas que sabem como minha mente funciona, me pareceu certo nutrir todas as magoas pelos meus pais; muita coisa me parece certa. Nesse momento estou em frente a um padre confessando todos os meus pecados enquanto o carrasco espera para ceifar minha vida, um tanto dramático confesso, mas minha mente e corpo se sente dessa forma, todo os pecado pesam em meu peito e isso me consome todos os dias.

Cansei de estar sentada em minha sala, com a televisão desligada olhando para a tela preta, ou em meu quarto observando um céu estrelado em uma noite escura de verão, foi uma maravilhosa ideia o papel de parede. Me lembra das noite quentes e frias do verão, quando me deito no chão quente aquecido por um longo dia de sol, observo as estrelas e seus lindos formatos, a escuridão das noites nas áreas rurais me dá esse presente, costumava passar horas deitada apenas observando.

Tem momento que me sinto plenamente feliz, não tem muitas coisas que consegue arrancar aqueles momentos de felicidade de meu peito, quem os arranca sou eu, costumo guarda-los nas músicas, Beliver de Imagine Dragons é uma das músicas que mais me inspira e me trás bons sentimentos, até mesmo os tristes momentos são bons ao som dessa musica, costumo guardar trechos marcantes ao som das músicas, quando eu choro por um personagem tenho a música para me consolar, talvez, vendo por um lado eu sempre tenho a música, as minhas músicas são as únicas que não me abandonam. Até mesmo as mais longas noites estreladas de verão acabam, elas vão embora dando lugar ao inverno, homens e mulheres veem e vão, fazem amigos se apaixonam; mas as inimizades duram mais que as amizades e os eternos amantes, pais abandonam seus filhos a própria sorte, a tristeza é uma das maiores causas de morte, crianças morrem todos os dias de fome e eu aqui lamentando um peso em meus ombros que nem ao menos posso ver, estou aqui triste enquanto poderia estar ajudando as pessoas. Eu sou tão pequena, uma tola!

Um dia quis ser grande, tive grandes sonhos, é lamentável ver todos os seus sonhos virarem pó, sendo apenas você a culpada. Quando eu era criança, sonhava em descobrir o mundo, mas tive a triste notícia dada pelo meu professor, não poderia ser uma conquistadora, uma descobridora, digo que logo achei uma nova ideia, irei sim ser uma descobridora, poderei atravessar o mar e conhecer cada lugar, não importa se cada terra nesse mundo tem um nome, conhecerei a todas e outras mais, irei para o espaço e o conquistarei. Disse a mim mesma que seria astronauta, não importava mais para mim não poder empunhar uma espada e lutar bravamente muitas batalhas, não importava mais ser pequena, eu trabalharia parar ser grande. Infelizmente trabalhei tanto que crescia vendo assunto que me machucaram, mulheres não podem se tornar astronauta, ou melhor, você não pode se tornar, infelizmente acreditei em tudo o que me disseram e parei de acreditar em mim mesma.

As Cores do OutonoOnde histórias criam vida. Descubra agora