Capítulo 7

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Esse capitulo é meio confuso... Hehe







Estava ouvindo música e andando pelo corredor da escola, que estava estranhamente vazia hoje. Tinham poucos alunos perambulando de um lado para o outro.

Desbloquiei a tela do celular pra mandar uma mensagem a Priscila e pergunta onde estava todo mundo, foi nessa hora que um mão me agarrou pelo braço e me arrastou para uma salinha pequena.

Quando a mão me soltou eu dei um soco na cara de quem quer que fosse, por puro reflexo. O soco fez um barulho seco no rosto da pessoa, mas acho que doeu mais na minha mão do que nele.

– Ai! – eu conhecia aquela voz. – Precisava bater? – choramingou.

Passei a mão para arrumar meu cabelo, que havia sido bagunçado no caminho. A sala que estávamos era um pouco apertada, o que nos obrigava a ficar quase colados. Tinha muito poeira ali também.

– O que você quer, Junior? – perguntei impaciente.

– Ué, quero conversar. Aquele dia você saiu igual um doido. E quero te contar um coisa também. – se aproximou.

– Sai pra lá. – tentei empurra-lo, sem sucesso. Eu tinha um corpo legal, mas Junior era maior e mais forte que eu. – Que merda você ta fazendo? – senti algo duro encostar na minha cintura. – Isso é seu...?

Ele riu, e se afastou um pouco, escorando na parede oposta à porta, que era onde eu estava encostado.

– Sobre aquele parada de... Bom, sobre meu amiguinho ser pequeno...

Levantei a sobrancelha. Pelo volume que eu senti ali, não tinha nada de pequeno. Aliás, que tipo de conversa estranha é essa?

Fiquei em silêncio e ele continou falando:

– Vou te explicar umas coisas... A um tempo atrás eu estava ficando com uma menina... – disso eu já sabia, quer dizer, eu e toda a escola. – Depois de um tempo juntos eu acabei traindo ela com uma menina de outra escola. – típico dele. – A Julia, que é a menina que eu estava, começou a inventar umas fofocas por ai. Que eu tinha pau pequeno e tals...

Interrompi ele.

– O que eu tenho a ver com isso?

Ele suspirou e continou.

– Eu não sei onde você ouviu essa conversa. Já que só estava rolando entre as meninas, e você não é muito de andar com garotas, só com sua amiga. O pessoal do time também ficava me zuando, mesmo sabendo que era mentira. Ai eles disseram que se eu... Bom... Fizesse você me da uma "moral" e filmasse eles iam parar de pegar no meu pé.

– Isso ta muito estranho. – falei. – O que eu tenho com isso?

– Ah, fala sério, Gui. Você é o cara mais difícil da escola. Você não fica com ninguém aqui dentro. Os caras queriam ver se eu conseguia.

Tive que rir.

– Não seria mais simples você tirar uma foto tipo... Mostrando seu equipamento para as meninas?

– E ter um nude vazado? – ele levantou a sobrancelha. – Só queria te falar isso mesmo, pra não pensar coisa errada.

Ai meu Deus, onde fui amarrar meu burro?

– Já vou indo, tô meio atrasado. Graças a você. – falei me virando e abrindo a porta.

– Espera. – pegou no meu ombro e me virou. – Eu ainda quero...

– Quer o quê, cara? – falei confuso.

Ele chegou mais perto, se é que isso é possível. O lugar era tão pequeno que eu poderia sentir os nossos corpos se fundindo.

– Sair com você!

– Achei que você só queria isso antes por causa da sua grande reputação. – ele riu do que falei. Logo em seguida eu abri a porta e sai. – E mesmo que você ainda queria sair comigo, eu não quero. Agora tchau! – não sei porque dei tchau se a gente estudava na mesma sala.

– Saiba que quando eu quero alguma coisa, eu quero!! – quê? – E não vou desistir de te pegar.

Ele estava quase gritando, dada as circunstâncias da nossa distância. Não sei porquê, mas acabei sorrindo pra ele quando olhei pela última vez em sua direção.

Quando cheguei na sala de aula a professora já havia passado matéria no quadro.

– Da próxima você não entra! – ela disse sem olhar para mim. Rosana era a professora mais legal da escola, mesmo sendo rígida. As aulas de sociologia nunca foram tão legais.

– Olha quem chegou. – Priscila disse. – Ele mesmo, Atrasado Mello.

Sentei na cadeira do lado dela e mostrei o dedo do meio. Enquanto pegava o caderno, Junior entrou na sala, sem olhar para mim, e sentou perto de seus amigos.

– Aliás, tenho fofocas super quentes. – falei

Prih tirou toda a atenção de seu caderno e olhou para mim. Conhecendo minha amiga como conheço, sei que ela já deve estar morrendo de curiosidade. Moredeu a ponta da caneta e fez um gesto com a mão, me mandando prosseguir.

– Depois eu conto. Não quero levar outra bronca da professora. – e não queria mesmo, mas também queria deixar ela um pouco curiosa.

Seu olhar de curiosidade logo se transformou em raiva. Passou a mão no seu cabelo azul e me fuzilou.

– Não acredito que fez isso! – e tacou sua borracha em mim. Protestei e ela continuou. – Sua sorte é eu não ter uma faca aqui, senão te castrava.

Passei a mão na cabeça, onde a borracha tinha acertado. Realmente estava doendo. Dei uma olhada na sala, daquelas que a gente faz no altomatico mesmo. E meus olhos passaram pelo fundo da classe, pude ver Junior me olhando. Ele tinha um sorriso no canto do rosto.

Uai, esse menino não era hetero? Depois os Bi é que são indecisos, né!?

Não dei muita atenção a ele e continuei olhando a sala. Quando uma cena fez meu corpo parar na hora.

– Ei. – gritei levantando e indo em direção a mesa de uma garota loira e bonita, Larissa. – Essa caneta é minha. – tomei a caneta da mão dela e voltei para meu lugar, ignorando os olhares dos meus colegas de classe.





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Clica nessa estrela ai.

Só queria dizer que o aumentativo de Elena é EleNão. Bjs

Algemas da Paixão (Gay) Onde histórias criam vida. Descubra agora