Capítulo 13

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Gareth atravessou rapidamente a trilha da floresta, Firth ao lado dele, seu capuz puxado sobre sua cabeça, apesar do calor. Ele quase não podia conceber que ele agora se encontrava na situação que mais tinha querido evitar. Agora, havia um cadáver, um rastro a seguir. Quem soubesse quem era aquele homem, poderia ser indagado. Firth deveria ter sido mais cauteloso em seus tratos com o homem. Agora, o rastro poderia terminar conduzindo a Gareth.

"Eu lamento muito." Firth disse, apressando o passo para alcançá-lo.

Gareth ignorou-o acelerando a marcha, furioso.

"O que você fez foi tolo e fraco." Gareth disse. "Você nunca devia ter olhado em minha direção.

"Eu não tive a intenção. Eu não sabia o que fazer quando ele exigiu mais dinheiro."

Firth estava certo; havia sido uma situação complicada. O homem era um porco egoísta e ganancioso que mudou as regras do jogo e merecia morrer. Gareth não desperdiçaria uma lágrima nele. Ele apenas rezava para que ninguém houvesse testemunhado o assassinato. A última coisa de que ele precisava era deixar um rastro. Haveria um enorme escrutínio ao consumar-se o assassinato do seu pai e ele não podia dar-se ao luxo de deixar o menor rastro, nenhuma pista a seguir.

Pelo menos agora, eles estavam em Blackwood. Apesar do sol de verão, estava quase escuro ali, os imponentes eucaliptos bloqueavam cada facho de luz. Isso combinava com o seu humor. Gareth odiava esse lugar. Ele continuou a caminhada pelo caminho sinuoso, seguindo as indicações do homem morto. Ele esperava que o homem tivesse dito a verdade e que o caminho não o levasse a um paradeiro errado. A história toda poderia ser mentira. Ou poderia ser que o caminho conduzisse a uma armadilha, a algum amigo dele esperando para roubar-lhes mais dinheiro.

Gareth repreendeu a si mesmo. Ele tinha confiado muito em Firth. Ele deveria ter lidado com tudo isso sozinho. Como ele sempre fazia.

"Pelo seu bem, espero que este seja o caminho que leva à casa da bruxa e que ela tenha o veneno Gareth." Gareth disse sarcasticamente.

Eles continuaram percorrendo cada trilha, até que chegaram a uma bifurcação, tal como o homem havia dito. Tudo parecia estar bem e Gareth estava ligeiramente aliviado. Eles seguiram pela direita, subiram a coluna, e logo dobraram novamente por outra bifurcação. As instruções eram verdadeiras e diante deles realmente estava o caminho mais escuro de um bosque que Gareth havia visto. As árvores eram incrivelmente grossas e deformadas.

Gareth entrou no bosque e sentiu imediatamente um calafrio correr por sua espinha, ele podia sentir algo maligno pairando no ar e mal podia acreditar que ainda era dia.

Justo quando ele estava ficando cada vez mais assustado, pensando em dar volta, o caminho diante dele terminou em uma pequena clareira. Estava iluminado por um único facho de luz solar que irrompia através das árvores. Em seu centro estava uma pequena casa de pedra. A casa da bruxa.

O coração de Gareth acelerou. Ele entrou na clareia, olhando ao redor para assegurar-se de que ninguém o observava, para estar seguro de que não era uma armadilha.

"Você viu? Ele estava dizendo a verdade." Exclamou Firth com voz animada.

"Isso não significa nada!" Garrett o repreendeu. "Permaneça aqui fora e fique de guarda. Bata à porta se alguém se aproximar. E mantenha a boca fechada."

Gareth não se preocupou em bater à pequena porta de madeira em forma de arco, diante dele. Em vez disso, agarrou a alça de ferro, abriu a porta de dois centímetros de espessura e abaixou a cabeça quando entrou, fechando a porta atrás dele.

Estava escuro lá dentro, o lugar estava iluminado apenas por umas poucas velas espalhadas. Era uma cabana com apenas um cômodo, desprovida de janelas, envolta em uma energia densa. Ele ficou parado, sufocado pelo silêncio espesso, preparando-se para o que quer que fosse. Ele podia sentir o mal ali. Isso fazia sua pele arrepiar.

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