Capítulo 7 - Regina

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Olá só queria dizer que está história vai deixar de estar em pausa e que eu vou recomeçar a publica-la

Regina -

Aquele rapaz do estábulo não me saia da cabeça. Eles tinha uns lindos olhos, e uma boca perfeita. Porque é que ele não me saia da cabeça?

Eu não podia gostar de ninguém. Não, eu não podia. Esse alguém acabava sempre por se magoar. Podia não ser a minha culpa, mas eles acabavam sempre por sair magoados.

Eu não sei, mesmo que eu possa pensar no rapaz de uma forma mais especial, tenho a certeza que ele apenas pensa em mim como mais uma rapariga mimada, e so tinha agido assim para ser cortês. Ele não devia sentir nada por mim. Nem mesmo o mais pequeno sentimento positivo.

No entanto, não o consigo tirar da cabeça, e como se ele fosse uma marca de gado. Permanentemente marcado no meu cérebro, sem nunca me dar a hipótese de pensar noutra coisa além dele.

- Regina, amor, desça até à cozinha. - ouvi a minha avó dizer do andar de baixo.

Eu sai da minha cama e desci as escadas que estavam em frente à porta do meu quarto. Quantas vezes eu não olhei as escadas enquanto a hipótese de descer e procurar pelo rapaz passava pela minha cabeça jovem. Quantas vezes o desejo de o encontrar e descobrir todos os mais pequenos pormenores sobre ele não me abriram caminho pelos pensamentos que eu tentava criar para evitar que os outros viessem a tona.

Talvez não fosse indicado, ou certo uma rapariga da minha idade pensar num desconhecido com tanta intensidade. Mas o sorriso dele não me saia da cabeça. A forma como ele falava, como ele acariciou o pelo suave nas costas da egua.

Porque é que eu não conseguia parar?

Eu parei na entrada da cozinha. A minha avó estava de costas para mim. O seu cabelo branco ondulado passava-lhe o meio das costas. Um lenço vermelho impedia o cabelo de cair sobre a sua cara. Uma fina camada de suor cobria a sua testa, devido ao trabalho que fazia. Não só na cozinha mas fora dela. A avó era uma trabalhadora, eu sei que ela faria de tudo para ver um trabalho concluído, não se importando com o tempo que poderia demorar até estar da forma como ela queria. No entanto, a idade ja lhe pesava no corpo. As rugas amontoavam-se nos cantos dos seus olhos e nos cantos da boca. Um indício do seu sorriso sempre presente.

Não ias acreditar que éramos família se nos visses juntas. Os cabelos brancos da avó contrastavam com a escuridão dos meus. Os seus olhos claros que reflectiam a luz do sol, pareciam brilhar em comparação aos meus olhos negros. A sua aura era uma de completa positividade. Eterna alegria. Não era igual a minha. A minha revelava uma dureza, negatividade.

Solidão.

Apesar de todas as palavras que me podiam descrever descrever  nenhuma iria ser essa. No entanto, no centro do meu ser, era esse o sentimento que reinava. Uma sempre presente solidão que me fazia enfrentar o dia com uma abordagem negativa.

- Ajuda-me a preparar o almoço, Regina. - ela disse enquanto sorria para mim.

Eu não lhe respondi ao sorriso mas apressei-me para ajudar a minha velha avó. Ela e o meu avô era toda a família que me restava. Tudo o que eu tinha da minha mãe.

Ajudei a minha avó a cortar vegetais crescidos na horta que se encontrava atrás da casa. Os meus avós plantaram a sua própria comida. Eles não confiavam naquelas comidas estranhas que agora eram vendidas pelos mercadores. "Comidas Do Outro Mundo" era  o o o meu avô lhes chamava. Eles preferiam aquele tipo de comida mais tradicional, difícil de encontrar hoje em dia nos mercados da cidade. O Rei não investia em manter a tradição e ao mesmo tempo deixar entrar a novidade.

Once Upon a... Villain (Slow Updates)Where stories live. Discover now