Once Upon a... Villain (Slow Updates)

Capítulo 5 - Úrsula

Úrsula -

Hoje levantei-me cedo, mais cedo que o habitual, não consegui dormir nem mesmo as minhas costumais 2 horas. As minhas olheiras estavam maiores e não havia nada que pudesse ou quisesse fazer.

Quando não se tem amigos, chega-se a conclusão que não há muito que valha a pena viver.

A minha irmã, Juliana, já estava levantada, porém, ela estava linda como sempre. Os seus olhos brilhavam, os seus cabelos pareciam rubis, ela não tinha olheiras - acho que nunca a vi com olheiras.

Ela olhou para mim quando me viu e fez uma cara de nojo. Eu sorri para ela, para ela pensar que não me afetava, mas a verdade e que me afetava e muito. E, ela não sabia o quanto.

A minha mãe saiu do seu quarto apenas meia hora depois de nos sairmos dos nossos.

~*~

Já estávamos na escola. A minha irmã estava com os amigos dela e eu como era normal, estava sozinha. Ninguém se atrevia a chegar perto de mim, eu era assim tão feia? E, talvez fosse.

Andei até a minha sala, e as pessoas afastaram-se para eu passar, com medo de que se me tocassem iam ficar parecidos comigo.

As sereias e os tritoes são conhecidos pela sua beleza excepcional, logo, eu também me afastaria se eu fosse algum deles. Mas agirá que sou eu que estou no lugar do amaldiçoado, eu percebo que a solidão causa mais dores do que os olhares frios e distantes.

Eu ainda não sei o que fiz para merecer esta maldição. Não acho que traga algo de bom.

Já há alguns dias que tenho sentido um poder estranho crescer dentro de mim, ele e negro. Não sei do que se trata mas não vou dizer a ninguém. Se for alguma coisa importante eu aprendo a controla-lo.

Sim, eu vou aprender a controla-lo. E depois vou-me vingar de todos estes monstros que vão a escola comigo, porque eles não mostram a sua verdadeira aparência, mas eu mostro.

Estava agora numa sala de aula qualquer, a ouvir um Tritão qualquer a falar sobre o Oceano  Que seca. Sinceramente eu nem olhava para ele, eu estava a olhar para a janela a espera que alguma coisa mais interessante acontecesse mas não acontecia nada...

- Úrsula, sua vaca, não queres responder a minha pergunta? - o atrasado do Tritão acabou de me chamar vaca?

Senti a raiva crescer dentro de mim e ao mesmo tempo aquela força negra que eu sentia, cresceu também.

Com um gesto de mão, o professor atrasado ficou colado na parede.

- Tu não acabas-te de me chamar vaca. Tu sabes com quem é que estas a meter-te? - eu perguntei. Bem, não era bem eu. A minha voz estava mais demoníaca, e rouca.

- Eu... estou... a... falar... com... a... vaca... da... sereia... amaldiçoada...- ele disse enquanto procurava por ar.

Eu sorri. Não era um sorriso normal, era demoníaco. Eu sorriso que eu sabia que não era meu. Mas que a partir de agora seria. Os meus olhos brilharam, o preto que os enchia, ficou mais negro ainda é ocupou todo o meu olhar.

- Sim, a sereia amaldiçoada. - eu disse, com escárnio na voz. - Agora vais ver o que posso fazer, podes e não sair inteiro.

Is seus olhos arregalaram-se, enquanto eu mexia uma das minhas mãos e o afastei da parede, e depois com a outra o comecei a dobrar. Podemos ouvir o barulho dos seus ossos a partir, a pele a rasgar. Passado alguns segundos o último pedaço de pele soltou-se e ele agora era dois. A sua barbatana estava longe do seu tronco. E de la saia sangue, muito sangue. Uma poça formou-se a volta do Tritão, e os seus olhos já não tinham o brilho da vida.

Olhei em volta e vi o olhar arregalados de toda a gente. Eu sorri para eles, e eles saíram da sala a nadar depressa.

~*~

Já sai da escola a algumas horas, um bando de locais andava a minha procura, não é normal haver muitas mortes, na mar, mas este grupo era igual a polícia dos Humanos. Eles investigavam e como já sabiam que era eu, andavam a minha procura. Já não ia voltar para casa. Não é que tivesse saudades porque não vou ter. Eu nunca fui amada la. Na verdade tratavam-me pior em casa do que na escola. So tinha que ir buscar as minhas coisa, e isso não demorava nada. Eu sabia que agora não estava ninguém em casa, portanto podia ir lá e sair sem que ninguém soubesse.

A partir de hoje, eu seria uma fugitiva.