XV - La-la-Land

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Griffin empurrou os óculos de sol no topo da cabeça enquanto seguia na beira da piscina para a festa de Claus e Daisy.

O Four Seasons não conseguira cumprir todas as exigências de Claus, de modo que o evento de sua nova namorada havia sido transferido para a mansão de Bel Air que ele e sua esposa compartilhavam ao estilo de Hollywood.

A camiseta do Nirvana, calça jeans surrada e chinelos eram a maneira de Griffin dar o dedo do meio a Claus e também ser útil quando precisava se esconder em uma multidão de garçons e recuperar o fôlego. Ele sentiu como se estivesse longe dessa merda por meses, em vez de alguns dias. Seattle ocupou o fundo de sua mente; LA parecia um lugar estranho.

A multidão era formada pelos que atualmente se alimentavam de alface e sugavam martinis, os que tinham melhores lugares para ir, mas que ali estavam. Seus assistentes pessoais é que atendiam o pedido para compor a lista vip como um favor de seus chefes (excelentes condutores de fofoca) e conhecimento superficial. Pessoas que viviam para espetáculos como este.

Era como um circo para ricos e famosos; se tivessem muita sorte, haveria algo como Daisy se embebedando e jogando Lina na piscina. Griffin, claro, estava lá por amor e por apoio moral. E para impedir que Lina se afogasse na banheira de hidromassagem.

- Griffin!

Ele ouviu o sotaque australiano em seu nome e virou-se com um sorriso. Jules, o assistente sôfrego de Daisy, seguia em sua direção, com duas margaritas gigantes em mãos.

- Duas pra mim?

- Deus! Não, você precisa buscar a sua, amor. Herr Claus está de mal humor e Daisy é uma vadiazinha. Eu vou precisar das duas para passar as próximas horas. - ele disse secamente, então tomou um longo gole como pontuação. - Dê-me um número na escala Richter, por favor.

Griffin o ignorou quando pegou uma das bebidas para si mesmo.

- Ele é um doze, ela é um cinco. Eu a vesti, dei a ela um Valium e a fiz comer. Deveríamos ficar bem, desde que Claus não foda Lina no trampolim.

- Eu realmente acho que ter os três ao redor de uma grande piscina cheia é uma idéia terrível.

- Oh, e eu não sei?! Algumas cascas de banana e todos os nossos problemas poderiam ser resolvidos.

- Jules! - Griffin olhou sério para ele.

- O quê?

- Não há sal suficiente. - disse ele, apontando para o copo.

***

Depois de uma bebida e a boa conversa com Jules, Griffin se sentiu fortalecido o bastante para procurar Daisy e passar por Claus, a quem ignoraria completamente.

Na casa da piscina, ele encontrou sua amiga andando em círculos ao redor do pequeno quarto, os saltos estalando no chão de madeira. Do aperto de suas mãos contra o peito, ele imaginou que isso estava acontecendo desde que Jules saiu. Griffin estampou um sorriso no rosto e abriu a porta, batendo quando entrou.

- Linda garota! Eu lhe disse que o rosa era a perfeição. - Ele abriu os braços e se preparou para o impacto quando Daisy correu para lhe dar um abraço.

- Você está atrasado, mas eu te perdoo. - Ela teatralmente fungou, evitando a camisa branca com o rosto fortemente maquiado. - Você cheira bem.

- Os elogios não levarão você a todos os lugares. Além disso? Jules me obrigou a beber uma margarita.

- Ele me deu um Valium. E uma banana.

Amor & Lealdade (Fidelidade, Amor e Devoção #2)Onde histórias criam vida. Descubra agora