Amor & Lealdade (Fidelidade, Amor e Devoção #2)

XXVI - Lei e Ordem

Jim passou uma semana se encontrando com advogados. Os de seu pai, os da polícia, os da prefeitura.

Tantos advogados que ele começou a sonhar em usar palavras legais. Todos diziam a mesma coisa: Ingersoll não tinha um caso real, era apenas uma ação pela publicidade e um juiz provavelmente a descartaria a qualquer momento. Qual o momento seria esse, ninguém poderia dizer a ele.

O último advogado que ele chamou era o de Ed; ele queria que todo o dinheiro que lhe restasse fosse depositado em uma instituição de caridade com os projetos todos em nome dos Kelly, para serem decididos mais tarde. O homem concordou. Eles consideraram colocar a casa no mercado, mas Jim teve segundas ideias.

Ele pagou os impostos anuais e contratou um trabalhador para os reparos manuais e contra os possíveis vandalismos. Ele não estava pronto para deixar essa parte de Ed ir ainda. Ele sentou Griffin no sofá e respirou fundo.

- Estou me aposentando.

- O quê? - Griffin estava claramente atordoado; então uma carranca se formou em seu rosto. - Não deixe que aquele idiota te tire do departamento.

- Nao é por ele. Isto não é sobre o processo. Eu estou apenas pronto para seguir em frente. Próximo capítulo da minha vida e coisas do tipo.

- Isso é uma crise de meia idade?

- Não. Talvez um pouco, mas de um jeito bom. - Jim colocou as mãos nos ombros de Griffin. - Mas eu tenho que avisá-lo, sou péssimo em relaxar. E é muito provável que serei um idiota quando ficar entediado.

- Ok. - Griffin refletiu sobre isso. - Eu não gosto de levantar cedo.

- Eu posso trabalhar isso.

- Combinado.

- Combinado?

- Você está me pedindo pra ficar aqui com você, cara aposentado? Porque eu estou dizendo sim.

- Isso é só porque você está sem casa?

- Não, é porque eu amo você. Seu idiota.

***

Jim foi a capitã Trainer e informou sua decisão final. Ela não pareceu surpresa.

Ele também pediu que ela ajudasse Terry Oh a encontrar outro departamento porque ela não queria que a força perdesse um grande policial. Ela prometeu ajudar. Ele deixou o escritório dela se sentindo mais leve e - ousou pensar - mais alegre do que ele tinha sido em muito tempo.

- Quanto tempo você tem? - Terry perguntou quando ele voltou para sua mesa.

- Cinco semanas e eu estou fora. Preciso preencher uns relatórios. Dan Uria provavelmente está vindo para ajudá-lo.

- Ele é um cara legal. - Terry girou a cadeira. - Cara, isso é estranho.

- Sim é.

- Nunca pensei em ver você se aposentar de livre e espontânea vontade, Jim. Eu pensei que eles estariam forçando você a sair dassa cadeira.

- As coisas mudam. - Jim encolheu os ombros. - Talvez eu tenha mudado.

- Ok, isso é ainda mais estranho. - Terry bateu os pés. - Então... Griffin.

- De mudança. Está ficando comigo. É meu namorado. - Jim deu um olhar ao parceiro. - Pronto! Eu quem disse e está feito. Sem insinuações ou perguntas insistentes.

Terry não disse nada, mas abriu um sorriso ridículo. Então desapareceu atrás da parede do cubículo.

- Você está mandando mensagens para todos, não é?

Terry gargalhou.

***

Quando Jim chegou em casa, Griffin estava deitado no sofá assistindo a um filme. Ele não parecia muito satisfeito com sua escolha, mas não olhou quando Jim entrou.

- É bom, hein? - Jim perguntou quando se juntou ao namorado no sofá. Levou apenas um segundo para reconhecer uma jovem Daisy Baylor na tela. - Você escreveu isso?

Jim colocou o braço sobre os joelhos de Griffin. Ele assentiu.

- Primeiro filme. O dela e o meu. - Griffin disse morosamente.

- Você já teve alguma notícia dela?

Ele balançou sua cabeça.

- Jules acha que ela pode estar em Nova York, mas eu não sei.

- A papelada...

- Tudo resolvido. O projeto de Ed é meu. Limpo e claro. - Griffin suspirou quando se sentou e desligou o aparelho de DVD. - Ela fez isso por mim no final.

- Eu sinto Muito.

Griffin subiu no colo de Jim, entrelaçando seus corpos juntos.

- Não sinta. Eu tirei você da corporação, sem mencionar que posso manter minha promessa para Ed. Isso não é nada para lamentar.

- Eu não sou nada para lamentar.

- Nem um pouco.

- Em cinco semanas, estaremos ambos desempregados.

- Impressionante. Vou deixar a barba crescer.