Tensão

29 2 0
                                    

Santana 17h e 45min uma tarde com muitos perigos a solta, o sol se pondo cedo, para que no outro dia venha nascer renovado, chegaram por fim no posto, alguns veículos deixado para trás na correria para sobreviver, Ralfe verifica se há alguma gasolina naquelas bombas com sinais de ferrugem, algumas lojinhas perto do posto para distração do antigo público que passava por ali todos os dias.
Breno escuta um som vindo de uma das lojinhas, o som soar como alguém tossindo baixinho, então ele não liga muito, voltando a olhar de todos os ângulos para da uma boa cobertura à Ralfe enquanto tira gasolina da bomba para sua garrafa pet de 2L, ele escuta novamente desta vez foi o som de alguém tossindo um pouco alto, não dava para saber pois todas as lojas em suas entradas era de vidro e o som que vinha de dentro estava abafado.
Breno olha para Ralfe e resmunga – Você ouviu isso?
- O que?
- Tipo alguém tossindo!
- Deve ser coisa da sua imaginação – Ralfe apertando a válvula do tanque pra sair gasolina.
- Porra... – Breno diz – Não estou paranoico não.
O barulho da bomba que Ralfe está apertando faz-se um som pouco alto ao pé de seu ouvido, mesmo com o barulho ele responde – Porra digo eu é olha o que vem ali – Mostrando com seu indicador para uma grande quantidade de zumbis vindo em direção a eles.
- Relaxa cuidarei disso – Breno pega sua faca com a esquerda e com a direita segurando sua arma olhando para a multidão.
Ralfe já começando a suar de nervoso com a situação, precisando ajudar seu amigo, desliga a bomba e sai junto com Breno para encarar a multidão que está vagando por àquela rua que tem poucas casas e um grande bosque bem á frente do posto, Ralfe puxando seu machadinho tenta acompanhar o ritmo de Breno que está mas a sua frente.
Ralfe que está ao lado de Breno exclama – Minha nossa! Que porra é isso?
- O que irmão?
- Esse nojento todo carbonizado cheirando a carne assada humana, com seus dentes amostra, sem nem uma pele ao redor da boca – olhando para um zumbi que vinha em sua direção com um ferro atravessando seu estômago.
Ralfe contínua - Primeiro você ataca, depois eu ataco.
- Beleza.
Breno olha para os zumbis que estão se aproximando cada vez mais, com suas bocas insaciáveis de fome, por fim Breno encrava a faca na cabeça da criatura queimada, que a mesma caí ao chão. Com sua arma, Breno taca-lhe um tiro bem no olho de outro que quase o agarrou, sua pupila começa a escorrer como água em seu rosto hostil e imundo, com sua arma em mão Breno continua matando todos que vem querer agarra-lo, até que ele fica sem munição, mas por sorte eliminou oito zumbis dali.
Ralfe com seu machadinho encrava na cabeça de um que vinha querer agarra Breno por trás, o zumbi cai no chão com muito sangue escuro escorrendo do seu crânio que está aberto.
Breno se vira e fala - Obrigado aí...
- Uma mão lava a outra, mas fique atento.
- Tomarei mas cuidado.
Ralfe puxa o machado do crânio daquela coisa que faz um som como se ele estivesse puxando de um coco.
Breno segurando sua faca, com sua mão todo ensanguentado – A munição acabou – falando alto para que Ralfe escute.
- Usa a faca – Ralfe vendo que só restavam agora três zumbis para eles eliminarem.
Um zumbi trajando Bermuda jeans, moletom bege, e com a feição de garoto, provavelmente 16 anos de idade, vindo para cima de Ralfe querendo agarra-lo como se ele fosse uma presa fácil, Ralfe apenas taca-lhe o machado em seu pescoço que jorra sangue por todo o seu cirpo, o zumbi fica caído no chão, Ralfe fica perfurando ele com várias machadadas em sua cabeça até ele não se mexer mas.
Breno encrava a faca na cabeça de um que vinha querer morde-lo, o zumbi caí ao chão todo molengo, muito sangue desce de sua testa após Breno retirar a faca.
O último zumbi veio se arrastando, parecendo que estivesse sido atropelado quando estava vivo, com suas pernas moles vem arranhando o asfalto, tentando agarrar Ralfe por suas pernas, Ralfe apenas revida com seu macho tirando os dois braços daquela criatura horrenda, Breno que está vendo a situação logo encrava a faca na cabeça do zumbi, que ele fica jogado no chão.
O asfalto agora está cheio de cadáveres e muito sangue espalhado por todo o lugar, impossível ver a cor escura daquele asfalto.
Os dois voltam para o posto Ralfe pega a garrafa pet com gasolina e desta vez ele escutou alguém tossindo.
Ele para e vê se escuta de novo, até fala para Breno que está a sua direita – Agora eu ouvi.
- Ouviu?
- Sim ouvi o que você tinha escutado a poucos minutos atrás.
Breno até chega a bagunça com ele - Deve ser coisa da sua cabeça.
Continua falando com a garrafa em mãos – Veio dessa loja aí – Ralfe apontando para a loja de descartáveis.
Breno tem uma preocupação maior em mente pois está sem munição – Cara vai ser mata-mata.
Ralfe põe a garrafa no chão e continua falando com seu amigo – Vamos rápido está para anoitecer logo, logo.
Os dois vão andando em direção aquela loja de descartável, que por sinal a porta está coberta com cadeiras, impedindo á passagem, Ralfe com seu machadinho em mãos quebra a janela de vidro, o impacto de seu machadinho faz cair muito caco de vidro no chão. Breno se adianta e vai na frente verificando nas seções daquela mísera loja, onde vários copos, confetes e pratos descartáveis espalhados por todos o chão daquela loja, Breno verifica que á uma porta dentre aberta na parte de trás daquela loja, e segue em direção a ela, segurando a maçaneta da porta, dá-lhe um empurrão na porta de madeira, ao empurrar a porta de madeira com toda sua força, vê uma mulher, loira, sua altura mediana, segurando uma arma em sua mão e com um ferimento em sua perna direita.
A garota fala apontando a arma em direção a cabeça de Breno - Quem é você?
Breno se aproxima daquela moça falando – Calma, Calminha aí, qual seu nome? Está tudo bem não viemos lhe machucar.
A moça com sua feição de assustada olha para Breno – Me chamo Manuela Moura.
- O que faz perdida aqui?
- Eu me perdi quando estava indo para Macapá, vieram alguns zumbis partindo pra me atacar mas eu correr e acabei me batendo em um ferro - Manuela continua falando – só lembro que entrei nesta loja, me trancando por quase 12h, achei que eu fosse morrer.
- Desculpa não ter me apresentado, que bela educação me deram - Ele rir para a moça - Eu me chamo Breno.
O chão daquele banheiro dos funcionários está todo coberto de sangue, onde havia lajota agora é impossível de vê-la de novo.
- Pelo visto você precisa de ajuda realmente - Breno segura a moça pondo o braço dela por cima de sua cabeça.
- Eu estou meia tonta, e sentindo muita dor aqui – Apontando para o ferimento que está exposto em sua perna.
- Sim acho que ainda temos medicamentos na Van.
Ralfe que está parado na porta de madeira sem saber o que fazer, com suas mãos gélidas é um pouco preocupado com a situação que se encontra a moça, segurando sua machadinha vai andando na frente para dar apoio ao seu amigo, que está á carregar Manuela dentre os braços.
Olhando em todos os lados Ralfe não vê nem um perigo ali, parado sobre o piso do lado de fora daquele lugar Ralfe da o sinal para Breno com suas mãos, o chamando a atenção que a área está limpa.
Breno vai andando com a moça em seu braços exclamando para Ralfe – Por favor! Pegue a garrafa de gasolina.
- Sim deixe comigo e siga andando, estarei logo atrás de você.
A noite cai, as ruas começam a fica escuras demais, o sol já havia descansando para surgir amanhã renovado, apenas era possível ouvir passos e grunhidos de zumbis passando um pouco longe deles, Ralfe vai com sua machadinha matando todos que tentam se aproximar de Breno e Manuela.
Os ventos sopravam fortes passando em seus ouvidos, parecendo que alguém o estivesse soprando nos seus tímpanos.
Chegando na Van depois de uma caminhada de tensão, Ralfe abre a porta de trás e sobe para segurar Manuela enquanto, Breno que está na parte de trás da Van segurando ela ajudando Ralfe também a colocar ela dentro da van, depois de tanto trabalho Breno sobe na van para ficar dando os cuidados necessários a pobre Manuela, Ralfe com a garrafa de gasolina em suas mãos coloca no tanque de gasolina da Van.
Ralfe então pega a garrafa pet que está no chão, gira a tampa, abre o tanque de gasolina e derrama o líquido lá dentro, ele anda em direção a porta de motorista do veículo.
Dentro da Van Breno procura pela mochila com medicamento, olhando em tudo como uma câmera 360° por fim o à encontra, pega a mochila lilás, abre o zíper nas pressas, virando a mochila derrama todos os frascos que tem dentro da mochila no chão da van, Breno parece desesperado então procura uma forma de limpar o ferimento de Manuela, pegando uma garrafa de whisky quase vazia.
Olhando para Manuela com a garrafa em mãos fala – Isto irá limpar o seu ferimento, com certeza vai doer muito, então aguente firme.
- Sim, manda ver eu estou confiante no seu talento – deitada no alumínio de trás da van.
- Tome morda isto – entregando a ela uma camisa branca.
Breno então joga o líquido da garrafa sobre o ferimento de Manuela, a pobre começa a morder com sua boca a blusa branca para amenizar a sua dor, Breno continua jogando o líquido, até que decide então abrir uma cápsula de Amoxílina e jogar o pó sobre o ferimento de Manuela, ele aproveita e rasga um pedaço da blusa de Manuela para enrolar o ferimento, pois ali seu serviço já está por completo, agora ela pode ficar aliviada.
Manuela tira a camisa de sua boca e falando com Breno – Agradeço, agradeço muito mesmo por isso.
- Não precisa agradecer apenas estou fazendo o que aprende no meu treinamento do exército.
- Posso pedir um favor a você?
- Pode dizer?
- E eu antes de fugir dos mortos e parar no banheiro daquele posto.
- Sim continue? – Breno falando com Manuela
- Então o meu grupo deixou escrito nessa carta onde estariam, caso eu acordasse e eles me deixaram lá para não carregar peso durante a fulga. – Manuela entregando o bilhete a Breno com o endereço do local onde eles poderiam estar. 
No bilhete está escrito - partimos viagem sem você, pois você estava desacordada e não tínhamos como proteger você e nos proteger desta maneira, partimos para o centro de refugiados nos encontre lá, a propósito desculpa por tudo assinado: Flávio Gomes - Seu amigo que deixou a carta manoescrita.
Em quanto isso Ralfe dirigindo o veículo em direção a Macapá, com quase 20min dirigindo a lata velha, para o carro no meio da estrada e olha em direção a Breno com as mãos no volante, Ralfe parece está cansando querendo algum lugar para descansar, poucos metros onde a van está parada havia um loteamento Tucuju muito chique por sinal, antes disso tudo ter acontecido.
Ele chama a atenção dos dois que estão conversando atrás do carro – Sério precisamos descansar um pouco.
Breno deixa Manuela descansar e passar para frente do carro, sentando no banco de carona olha em direção ao loteamento.
Com um tom de preocupado – Sim podemos entrar aí e verifica uma casa pra gente passar apenas está noite.
- Sim, tenho quase certeza que há pessoas em uma dessas casas – Breno falando a Ralfe.
- Será possível mano?
- Claro o exército não conseguiu levar todos lembra?
- Lembro sim mas a gente não e nenhum salva vida – Breno falando para Ralfe que está sentando do seu lado no banco.
- Eu sei disso mas quanto mas gente melhor para o nosso grupo ficar fortalecido.
Ralfe continua falando com Breno - Então vamos nessa, ligarei a Van temos que andar juntos para não se perder como da última vez que fiquei dois dias longe do nosso grupo – Ralfe lembrando a Breno quando tinham um grupo de seis pessoas mas todos se perderam no tumulto pra tentar fugir até a área segura.
Breno olha para Ralfe – O que faremos com Ela?
- Sei lá, alguma ideia?
- Manuela precisa descansar mas do que a gente – Ralfe vendo a situação da pobre moça.
- Eu sei disso, mas tem muita fumaça vindo dessas merdas!
- Pois é, eu vou continua viagem então – Ralfe verificando a situação do loteamento.
- Só por uma noite! Não vai fazer mal para ninguém não é?
- Concordo com você.
A van continua parada próximo ao portão daquele quarteirão onde fica localizado o alguns dos loteamento mas populares da rodovia coração, com algumas árvores espalhadas pelas ruas daqueles loteamento, casas de luxos com alguns geradores de energia e um grande parque localizado na área central daquele quarteirão, Ralfe liga novamente o carro e segue em direção aquele bairro dos ricos, a procura de uma casa segura para passarem a noite em paz e seguirem viagem logo pela parte da manhã, parado em frente ao portão Ralfe desce da van e escancara o portão para que a van possa passar.
Ralfe volta para a van falando com o Breno – Temos que descansar está muito escuro a estrada para seguirmos viagem o que você acha?
- Sim por mim tudo bem – olhando para Manuela que está cochilando na parte de trás da van – Ainda mas que ela precisa descansar, pois seu ferimento foi feio demais.
- Vou procura um lugar agradável e estacionar o carro na beira da estrada já que aqui são poucas casas que existem.
- Espera aí, há um loteamento logo na nossa frente, só espero que não tenham tocado fogo lá também.
- Pois é, eu soube que eles estavam queimando os infectados antes de partirem a caminho da capital – Ralfe relembrando o que havia visto.
- Positivo, o pessoal do exército incendiou tudo mesmo, mas eram muitos, essas coisas não morre nem com fogo – Breno se manifestando o que havia ocorrido no passado.
Sem se preocupar com o que veria pela frente Ralfe acelera a van em busca de um lugar para eles passarem aquela noite, andando naquela rua com casas de ambos os lados, algumas incendiadas, outras destruídas as suas janelas de vidros, muitos destroços jogado no gramado na frente daquelas casas, Ralfe contínua dirigindo o carro até que por fim encontra um possível lugar para eles passarem aquela noite.

Os Mortos Bem-vindo ao meu mundoOnde histórias criam vida. Descubra agora