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Daniel Roocks, New York
Terça-feira, 10:40 p.m.

A lua me ajudava a pensar como seria meu serviço de hoje. Memorizei tudo sobre a minha vítima. Rebeca Martini, 20 anos, jornalista, mora no apartamento número 23, Brooklyn. Há mais de uma semana que eu tenho tido contato com Rebeca, mas hoje evoluiríamos para outro passo, caso meu plano dê certo. A pessoa que me pediu para matar Rebeca, foi seu ex-namorado. Parece que não foi um término legal para ele, e será muito menos para a garota.

Minha ideia inicial é fazer sexo, daqueles bem selvagens, onde sem querer, ela terá uma falta de ar. Mas caso Rebeca resista às minhas provocações, será uma pena. Não estou afim de sujar aquele apartamento de sangue. Além de manchar tudo com aquela coloração vermelho escuro, limpar é entediante e gasta muito tempo. Matar por asfixiamento é a coisa mais fácil que existe, principalmente durante o sexo.

As ruas do Brooklyn são estreitas, e à noite com tantos carros estacionados, elas ficam parecendo minhocas, daquelas bem magrinhas. Em uma casa de festa, estava tendo um show, provavelmente muitas pessoas não conseguiram entrar. A calçada está cheia de gente. Adolescentes e adultos, todos drogados e bebâdos. Como eu odeio as drogas.O apartamento fica em uma parte afastada. Ótimo, não vou chamar muita atenção.

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Estou de frente para o prédio verde e pequeno. Apenas cinco andares e bem estreito, parece até uma casinha de boneca, por fora, pois por dentro...
Algo que devia ser uma recepção, aparenta ser um porão. As paredes são beges e sujas, como se alguém tivesse escalado elas. O piso é de madeira marrom e rangente, e a cupins em alguns móveis. A escada é de madeira, no mesmo tom que o piso, o corre-mão é velho e falta pouco para cair junto com a escada. Meu apartamento não é lá essas coisas, mas pelo menos minha escada não tem o risco de cair quando eu estou subindo.

Vamos lá, Daniel! Você nunca trava, e agora está com medo de bater em uma porta? Pensei

Estou ponderando de frente à porta, a uns cinco minutos mais ou menos. Minhas mãos se cruzavam umas nas outras, e eu estava andando em círculos, em seguida crio coragem para bater na porta. Rebeca logo abre a porta, e me recebe com um sorriso tedioso.

— Boa noite, Daniel! - Diz me puxando para dentro do apartamento.

— Boa noite. - Respondo de uma forma seca.

O apartamento em si é até que "ajeitadinho" para o resto do prédio. Ele é todo branco e simples, não a nenhum tipo de decoração nas paredes, apenas um vaso de flor encima de uma mesa de centro decorava a sala, que é junta com a cozinha. No balcão da cozinha, um baú de madeira me chamou atenção, depois preciso ver o que tem nele, anoto mentalmente.

— Então, o que você veio fazer aqui? - Ela pergunta se sentando no sofá. - Quer comer algo, ou beber alguma coisa?

— Não, obrigado. Eu marquei de nos encontrarmos aqui, pois eu quero conversar mais com você, te conhecer mais...

— Conhecer em que sentido? Pois você já sabe bastante sobre mim. - A garota falou se levantando e pondo as mãos em meu peitoral com uma feição maliciosa. - E eu quero que você conheça outra parte, se é que você me entende!

Nem precisei apelar, ainda bem!

Beijo Rebeca fervorosamente. Nossas bocas não se encaixam, não é um beijo perfeito, nada está perfeito. Fomos caminhando devagar até o quarto, parecia uma eternidade. Suas mãos foram em direção de minha camisa, a levantando um pouco.

— Calma, princesa... Vamos devagar, do meu jeito!

— E como é seu jeito? Com algemas e chicotes? - Diz irônica.

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