Feitiços

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-Feitiço de glamour, feitiço de ilusão -ele lê casa letra com a empolgação quase saindo pela boca​.

-Perfeito! Quais são os materiais?

-Duas velas azuis, um espelho grande, um fio de barba de duende, e um pouco de pó de fada.

-Pela Mãe! Qual fada daria um pouco de seu pó mágico para isso? -pergunto já sem esperança.

Ele pensa um pouco e encosta o livro no rosto como se fosse o beijar.

-Ou elfo! -ele grita.

-Gratidão!

-Porque vocês estão gritando? -Bread pergunta passando a mão no rosto.

-Vamos te dar asas!

Os olhos dele cresce.

-Sério?

-Sim! Mas de mentirinha.

-Afs -ele fecha a cara e sai batendo o pé.

Fico olhando quando ele sai pela porta saindo do meu campo de visão.

-Você está fazendo o melhor que pode -Victor aperta meu ombro.

Eu dou um sorriso e beijo a mão dele.

-Eu sei.

Suspiro e estralo o dedo. Aparece de repente: velas, um espelho grande e um caldeirão no chão.

-Uau -Victor se encanta.

-Vamos agora atrás de um duende!

Pego Victor pelo braço e o arrasto até a porta da frente, Bread está sentado em um toco de árvore na sala, ainda com cara fechada.

Eu solto a mão de Victor e vou até ele, me agacho e olho ele nos olhos:

-Escute, você não pode sair da árvore, tudo bem? 

-E se eu sair?

-Você será expulso de Fantasy, e terá que voltar para a sua vidinha normal.

Me levanto.

-Você quer isso?

-Não -Eu acho que ele entendeu.

-Mas se você ficar aqui e se comportar, eu te trago algo especial.

Ele ri.

-Agora sim.

Eu e Victor voamos até o bosque, que é um pouco antes que a escola. Descemos na beira do lago.

-Olá Alex, Victor! -ouço uma voz atrás da gente.

Meu velho amigo, a pessoa certa!

-Olá Dentinho!

-Olá! Nossa! Você já conseguiu evoluir?

-Sim, eu e Victor!

-Eu sabia que vocês iriam evoluir mais rápido do que os seus demais colegas. Mas, como foi?

-Nós não podemos explicar agora -Victor toma a frente- mas nós precisamos de sua ajuda!

-O que desejas?

-É que nós precisamos de um fio da sua linda barba.

-É o quê? -ele pula para trás e abraça a barba, era engraçado pois ele era do tamanho dos meus joelhos e pulando parecia um coelho- Você sabe quanto tempo levou para crescer essa belezura?

-Eu sei Dentinho! Mas nós precisamos muito! -Tenho explicar.

Mas uma pequena pedra se levanta do chão e com um movimento da mão do duende a pedra se lança em minha direção, eu rapidamente crio magia em minhas mãos e seguro a pedra com a magia e logo a explodo em vários pedacinhos.

-Isso não é justo! Nós duende já somos pequenos e ainda por cima só conseguimos movimentar pequenas pedras!

-Por favor, Dentinho! -Victor vai até ele.

-Afs, está bom! -ele enfia a sua pequena mão na sua barba e fecha os olhos, e retira a mão da barba e a estende para nós.

Quatro grandes fios de barba de duende.

-Muito obrigado Dentinho! -Victor o agradece e dá as costas.

-Por nada, mas vocês estão me devendo uma hein?

-Tudo bem, pode deixar! -digo pegando os fios e abrindo as asas.

-Tchau Dentinho -Victor agradeçe mais uma vez já voando no céu.

-Tchau.

Voamos pela beira do rio até chegar em casa novamente, sem erros.

Entramos e encontramos Bread dormindo novamente.

-Pelo menos agora temos um tempinho- digo pensando alto.

Levamos tudo para a cozinha, acendemos a vela e colocamos o caldeirão encima da lareira com água do lago.

-Falta mais alguma coisa Victor?

-Não. Estão tudo aqui!

-Então vamos começar.

Vou até o caldeirão e coloco o fio de barba do  Dentinho e balanço as mãos em cima do caldeirão que começa a cair várias faíscas brilhantes.

-Agora, colocar o espelho no meio das duas velas.

Peguei o espelho e coloquei no meio das duas velas que já estavam no chão posicionadas.

-Agora, nessa parte precisamos de Bread.

-Eu vou lá chamar ele...

-Me chamar pra quê? -Bread aparece atrás de mim.

-Minino, você não estava dormindo?

-Você precisa ficar na frente do espelho Bread.

-Ok -ele vai até o espelho e se fica em pé se admirando.

-Agora pegar a poção e passar nas costas dele dizendo o encantamento.

Eu pego um pano, molho na poção e passo nas costas nua dele.

-Pela força da terra! Que a mim foi concedida! Por um duende amigável! Sua assa é construída!

Me afasto enquanto o líquido nas costas de Bread começa a pegar forma de asas e a se expandir para cima. Alguns segundos depois, um par de asas perfeitos.

-Isso foi de mais!

-Parabéns Victor!

-Obrigado, eu sei que eu sou demais!

-Agora eu posso brincar lá fora?

-Só falta uma coisa -digo- o seu nome a partir de agora vai ser....

-Que tal Enzo? -Victor da a sugestão.

-Gostei -Bread aprova.

-Então... Que assim seja.

-Posso ir lá fora agora?

-Pode Enzo -Victor ri.

-Ebaaa - ele sai correndo abrindo a porta.

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