Insuportável

Cap 17

Levi's pov on

Essa Hanji está maluca, é isso. Não tem possibilidade alguma de eu realmente estar... bom... apaixonado pela Misuki. Aquela garota é completamente diferente de mim. Enquanto eu quero silêncio, ela quer festa, enquanto eu penso em alguma estratégia, ela vai e segue seu coração... ah, nunca daríamos certo.
Deixo a sala onde eu e Hanji conversamos e subo as escadas para ir até o quarto da garota que invade tanto meus pensamentos para ver se ela já arrumou as malas.
-Isso é bobagem... Eu nunca que...
Enquanto andava, chuto algo sem querer e tropeço.
-Ai, caramba. O que é que...
Me levanto e olho para o chão procurando pelo que tropecei, e me assusto com o que eu realmente tinha chutado.
-MISUKI.
A garota estava desmaiada no chão, com metade do corpo para fora do quarto, ou seja, eu tropecei nos pés dela.
-Levi, o que houve?
  Hanji chega correndo ao local, pois provavelmente deve ter ouvido.
-A Mi desmaiou. Vou levá-la de volta ao hospital.
Pego-a do chão e a carrego como carreguei enquanto ela estava ferida, e sou acompanhado por Hanji.
  Saio do quartel com Misuki em meus braços, indo para a carroça mais próxima, mas uma vez ou outra eu era questionado sobre o estado dela por alguns soldados, mas eu sempre passava reto, pois parecia que minha vida dependia daquilo.
-Ai, meu Deus, o que aconteceu com ela, Capitão?
  Encontro no caminho uma certa pessoa de quem eu estava com raiva.
-Sai da frente, Eren.
-Ela é minha irmã, capitão Levi. Eu quero saber.
-SAI LOGO.
  Coloco-a para trás de mim, como se eu protegesse Misuki de algum mal.
-Me deixe vê-la, por favor. Ela é minha irmã.
-ELA NÃO É SUA IRMÃ, AGORA SAIA DA FRENTE PRA EU PODER LEVÁ-LA AO HOSPITAL.
  Desvio de Eren sem paciência, indo de encontro com Hanji, que já me esperava dentro da carroça. Entro dentro da mesma e apoio a cabeça de Misuki em meu colo e seus pés, no colo da quatro-olhos.
  A carroça vai direto para o hospital, e eu só esperava que Mi ficasse bem...
-Levi, admita.
  Já sabe quem perguntou isso.
-Admitir o que, praga?
-Você sabe muito bem.
  A tenente disse, cruzando os braços.
-Olha, não é hora e nem momento pra isso. Ah, já chegamos.
  Pego Misuki no colo novamente e a levo para dentro do hospital para ser examinada.
-Capitão Levi?
  Um médico se aproximava e nos guiava para sua sala, onde entramos na mesma.
-Dr. Saito, esta garota desmaiou, e não há quedas ou pancadas para isso. Pode nos dizer exatamente o que houve?
-Deixe-me vê-la.
  A coloquei na cama e o doutor começou a examina-lá. Eu e Hanji nos sentamos em duas cadeiras que haviam lá dentro e esperamos o diagnóstico. Eu estava estranhamente impaciente, meus pés tremiam e eu olhava a sala em volta. Havia uma prateleira com alguns livros, um relógio, uma pequena pia...
-Ela sofreu uma pancada no lobo frontal do cérebro esses dias, certo?
  Afirmo pra ele.
-Está tudo bem com sua namorada, capitão. A única coisa que aconteceu foi que ela sofreu fortes emoções. Coisas assim podem ocasionar desmaios e enjoos para alguém emocionalmente fraco. Leve-a para casa e deixe-a em repouso, e tudo estará normal.
-Ok. Ela acordará logo?
-Daqui a pouco. Se quiser esperar aqui dentro, tudo bem. O hospital não está tão cheio.
-Prefiro esperar aqui, Dr.
-Certo. Eu irei pegar um café para tomarmos. Por favor, esperem.
  Ele sai da sala e Hanji olha para mim esperançosa.
-O que foi, embuste?
-Você viu como o Dr. se referiu à Misuki?
  A tenente bate umas palminhas rápidas.
-Hein?
-ELE CHAMOU MISUKI DE "SUA NAMORADA", LEVIII.
  Hanji me pega pelos ombros e me chacoalha como um boneco. Logo, dou uns tapas em seus braços e arrumo minha blusa.
-Tch, não fique esperançosa só por isso, quatro-olhos. E cale a boca também, estamos em um hospital, demente.
-É o destino.
-Não, não é.
-QUER PARAR DE NEGAR.
-NEGAR O QUE?
De repente, ouvimos um barulho vindo da cama. Meu coração já começa a acelerar.
-MISUKI.
Levanto-me e vou até ela em uma velocidade um pouco mais rápida que o esperado, e Hanji já me olha com um sorrisinho malicioso no rosto... a única coisa que eu faço é revirar os olhos.
Para a minha infelicidade, Mizuki só havia virado a cabeça. Acho que ela não desmaiou... Ela está só dormindo -_-.
-Ela está bem?
-Mi está completamente bem, quatro-olhos. Ela só passou de inconsciente para adormecida.
  A mulher dá um assobio.
-Oooolha, você a chamou pelo apelido.
-E...?
-Você está fazendo progresso >:3.
-Daqui a pouco, vai ser meu punho que vai fazer progresso com sua cara, idiota.
-Hehe... EU VOU AO BANHEIRO.
-O que? Nem pense em...
Hanji, que sai correndo para abrir a porta, dá de cara com o médico e derruba o café que o mesmo trouxe.
-AI, MEU DEUS, DESCULPA.
-T-Tudo bem, eu posso.
-NADA DISSO, EU VOU AJUDÁ-LO AGORA MESMO.
Ela puxa o dr. para longe, deixando tudo no chão.
Suspiro, desistindo de tentar entender aquela cabeça fanática por titãs e começo a olhar para Misuki.
Ela está dormindo tão serena e tranquila, nem parece aquela garota elétrica e energética que vejo todos os dias. Seus lábios estão entreabertos, mostrando que está respirando pelos mesmos... provavelmente está com rinite atacada, pois no hospital mesmo ela estava com o nariz escorrendo. Sua língua molha suavemente seu lábio superior, mostrando a secura de sua boca e apenas comprovando minha teoria.
  Misuki está sonhando, tenho certeza disso... Ninguém fala dormindo sem estar em algum sonho.
-Vou buscar a batata.
Sorrio levemente com as coisas que ela diz, pois é bem a cara dela sonhar com coisas malucas.
Pego um livro na estante para folhear... "E o vento levou", um bom nome para livros. Procuro por mais alguns na prateleira... "Cérebro humano e suas funções"... "Psicopatas podem amar?"... "Aliados da Natureza"...
-L-Levi...
Me viro para a garota, esperando encontrá-la sentada.
-Misuki, você acordou?
-N-Não faça isso, Levi, por favor.
  Han?
-Oi?
Será que ela está dormindo ainda? Seus olhos estão abertos...
-Não quero que se machuque... Mas não me abandone.
Ela está chorando. Provavelmente está tendo um pesadelo, mas... comigo?
Me aproximo dela e limpo uma das lágrimas que escorriam pela sua bochecha. Ela deve estar sofrendo naquele sonho.
-Não me deixe, Levi, eu imploro.
Certo... Ela está sonhando comigo e implorando para não deixá-la. Fecho seus olhos abertos (dormir com olhos abertos... isso é muito bizarro) e olho em volta para me certificar de que não há ninguém, apenas para depositar um pequeno beijo em seus lábios.
-Eu estou aqui e não tenho a mínima intenção de te deixar, Misuki.
Parece que as lágrimas dela vão secando, para finalmente dar lugar à um sono tranquilo e sossegado. Vendo aquela cena, suspiro longamente e me dou por vencido.
-Aquela quatro-olhos imbecil tinha razão... estou ferradamente apaixonado por você.
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oii, o que acharam do capítulo? Vote e comente, isso me motiva muito a continuar ;*
Eu sei que estou focando muito no Levi, mas no próximo capítulo isso irá mudar um pouco :3.