Cap 29

4.7K 462 142
                                    

  Misuki's pov on

Após ser salva por Levi, estávamos voltando para a cidade. Claro, eu estava indo no mesmo cavalo que o capitão, pois minha perna está doendo muito.
-Então... Obrigada por me salvar.
-Disponha, Nanica.
Esse apelido de novo -_-.
-O que a Hanji e o Erwin fazem aqui?
Decido tirar essa dúvida.
-A maldita quatro-olhos nos seguiu o tempo todo, e o loiro estava de passagem aqui.
-Então ela já sabia sobre tudo?
-Tecnicamente sim.
Minhas bochechas coraram um pouco, pensando no que ela poderia pensar.
Chegamos à cidade e fomos para um hospital cuidar da minha perna.
Ao chegarmos à porta do hospital, Levi me ajuda a descer do cavalo.
-Cuidado, garota. Além de estar com a perna machucada, vai acabar quebrando meu nariz.
-Foi mal, hehe :3.
Ele e Hanji faziam sustento para eu andar, já que eu não conseguia.
-Bom, Levi... Está bom aqui, mas eu ainda preciso comprar meu shampoo.
A tenente avisava ao me colocar sentada em um banco.
-Ei, aonde você pensa que... vai.
Ela já tinha sumido... .-.
-Tch, essa aí faz de tudo pra me irritar, eu em...
  Começo a rir baixo, chamando atenção do capitão.
-A amizade de vocês é estranha.
Comento com o mais velho.
-Como assim?
  Ele me olhava com as sobrancelhas levantadas.
-Sei lá... É estranha :3.
-VOCÊ é estranha.
  Paro de rir.
-Nosfa ;-;.
Depois de uns 4 minutos, o médico vem me chamar para entrar na sala.
  Me levanto da cadeira e me apoio em Levi.
-Só a paciente entra no consultório, por favor.
O doutor não era muito amigável .-.
-O que?
  O outro pergunta.
-Daqui a pouco ela vem, rapaz, fique tranquilo.
  Começo a seguir o médico e dou um tchauzinho para Levi, vendo o mesmo plantado ali.

Levi's pov on

Beleza... Agora eu não posso entrar com ela? Aff, regras ridículas. Onde já se viu? Aproveito que ela está lá dentro para dar uma boa lição em um certo alguém. Saio do hospital correndo e subo em meu cavalo, aquele idiota não pode esperar mais nem um minuto.
Cavalgo para a casa de Misuki, onde encontro dois policiais segurando os dois desgraçados ajoelhados.
-Olhem, é o Cabo Rivaille.
Um dos policiais falou.
-Deixem o trabalho desse aqui comigo.
Aponto para Nate, e o policial responsável por ele o solta e eu o seguro pelo cabelo.
-Escuta aqui, se você se aproximar dela mais uma vez, eu juro que te faço em picadinho.
-E o que você vai fazer, baixote?
Dou um sorriso sínico.
-Te ensinar.
-Como?
-Não ouviu falar que a melhor forma de disciplinar, é com a dor?
-Han?
Não espero para dar um chute em sua barriga e outro em suas costelas, não muito forte para quebrá-las. Depois, dou dois socos em seu rosto e piso em sua coxa. De dor, ele se abaixa, e eu começo a chutar sua cabeça como eu fiz com Eren.
-Este aqui está pronto, pode algema-lo.
Digo ao policial, que coloca as algemas naquele palhaço. Vou até Thomas, o encarando fixamente.
-Vou me certificar que seu cargo na polícia suma para sempre, seu desgraçado.
Nele, dou apenas um chute em sua barriga, mas que foi o suficiente para fazê-lo se contorcer de dor.
Ao terminar meu serviço, vou até a tia de Misuki, que permanecia de cabeça baixa.
-Escute, jovem... Me perdoe por tentar fazer aquilo... Eu...
-Olha, eu entendo seu ponto de vista afinal... Você foi ameaçada, então não teve muita escolha. Então, da próxima vez que ficar em uma situação parecida, fale comigo.
Ela começa a chorar. Acho que agora sei de quem Mi puxou essa sensibilidade.
-P-Por favor, jovem. Eu só quero ver minha sobrinha feliz. Cuide bem dela, por favor.
-Não se preocupe, Sra. Georgia, eu cuidarei.
Ao dizer isso, volto para o hospital para buscar Misuki, e a encontro na porta do mesmo conversando com um cara.
-Estranho...
  Me aproximo para ouvir melhor.
-Mas, gatinha, você disse que não tem namorado.
-N-Não, mas...
-Então qual é o problema? Vem comigo.
-E-Eu não posso, por favor.
-Mas se você não tem namorado, não tem ninguém para achar ruim, certo?
Errado. Essa situação é bem parecida com aquela... Decido acabar com aquilo de uma vez.
-MISUKI.
  A chamo, esperando que surta efeito.

Misuki's pov on

-Mas se não tem namorado, não tem ninguém para achar ruim, certo?
Aaaah, alguém me ajuda... Aquele cara me parou enquanto saía do hospital e agora não sei me livrar dele ;-;.
-É...
-MISUKI.
  Ouço a voz estrondosa de Levi soar pelas minhas costas e quase comemoro por ouvi-lo.
-Vamos logo, Mi.
-Claro. Foi maaaal, tchauzinho.
  Falo para o cara antes de ir com Levi.
-O médico falou que era pra eu comprar esse remédio aqui.
  Dou a receita para o mais velho.
-E sua perna?
-Deram apenas 6 pontos e disseram que eu teria que ficar em repouso, pra não correr o risco de abrir o ferimento de novo.
-Certo.
  Fomos andando até a farmácia, e eu percebia que, durante o caminho, Levi parecia inquieto.
  A rua estava deserta, não tinha uma única alma viva naquele lugar a não ser nós dois.
-Levi? Está tudo bem?
  Decido perguntar, pois aquela inquietação dele está me dando agonia.
-Está... Só estou incomodado.
-Incomodado com o que?
-Com uma coisa que queria te falar.
-Então fale.
  Ele para de andar e fica de frente para mim, me encarando.
-Bom... Na próxima vez em que perguntarem se você tem namorado, responda SIM, e se ainda não funcionar, me chame, aí eu dou na cara dele.
-O-O que?
  Ele estava... realmente fazendo aquilo?
-Você entendeu, nanica.
  Levi se aproximou e disse para mim, bem baixinho, audível somente para nós dois:
-Eu te amo, pequena.
  Não tive tempo de reagir, pois logo depois, seus lábios encostam nos meus. Arregalo os olhos a ponto de doer, surpresa com tudo o que aconteceu em menos de 1 minuto, mas ainda sim, retribuo ao capitão.
  Minhas mãos passavam por sua nuca raspada, nos aproximando ainda mais, como se fosse a última vez que nos veríamos.
  Meu coração estava mais acelerado do que aquela vez no acampamento, meu rosto estava vermelho -como sempre- e as mãos do mais velho em minhas costas me causavam arrepios constantes.
  Ao nos separarmos, o capitão fala em meu ouvido.
-Eu sou seu primeiro e último, nanica. Lembre-se disso.
  Respondo ao que ele tinha falado antes.
-Eu também te amo, Levi.
  Depois disso, outro beijo veio em seguida, um beijo ainda mais necessitados por ambos.
  Demorou um tempo para nos soltarmos por causa da maldita falta de ar, mas ainda continuamos abraçados.
-Eu achei que fosse te perder pra sempre.
  Digo, quebrando o silêncio.
-Eu também, a tropa não seria a mesma sem você.
  Ao falar da tropa, me lembro de Petra. O que eu ia falar para ela? Ela gostava dele e a garota HAVIA me avisado, ou seja... Não tinha como eu falar que não sabia.
-Mi? Está tudo bem? Você ficou tensa, de repente.
  Ele pergunta.
-Bom... É que... Eu acabei de me lembrar da Petra.
-O que é que ela tem a ver com isso?
  Ele me encara confuso.
-É... Ela... Bom, quando eu fui visitá-la no hospital, ela perguntou de você... e, ela me disse que...
-Ela gosta de mim, certo?
  Me assusto com a fala dele.
-Como você sabia?
-Eu fui treinado pra descobrir se pessoas estão mentindo, então descobrir uma coisa dessas é fácil pra mim.
-É... O que eu faço, Levi?
-Manda ela pro inferno.
-Ei!
  Dou um pequeno tapa em seu braço, rindo de seu comentário.
-Mas é, ué.
-Eu não vou falar isso pra minha melhor amiga.
-Então só fala a verdade, se ela não aceitar, paciência. Um amigo que não aceita a felicidade do outro, não pode ser considerado um bom amigo.
-É que... Ela foi a primeira amiga que tive em minha vida, tirando a Mikasa, que é praticamente minha irmã.
-Aí a coisa complica... Eu falo com ela, se quiser.
  Ele sugere.
-Não, você não. Tenho dó dela.
-Está insinuando o que, Nanica?
  Rimos da situação.
-Nada não... Vamos, é melhor irmos comprar esse remédio logo.
-Certo.
  Começamos a andar até a farmácia novamente, mas, desta vez, eu estava com um sorriso imenso no rosto.
===
oii, o que acharam do capítulo? Vote e comente, isso me motiva muito a continuar ;*

InsuportávelOnde histórias criam vida. Descubra agora