Capítulo 13

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Mateus

Quando cheguei vi que tinha um cara no chão se debatendo com as mãos no pescoço, estava nitidamente sem ar, pedi que se afastasse, me aproximei e me abaixei pra ver como poderia ajudar

Mateus: por favor deem espaço pra ele poder respirar

Detento 1: esta fazendo o que mauricinho? vasa daí!

Mateus: eu sou médico, posso ajudar

Detento 2: deixa ele, vasa de perto o mauricinho é médico,  você é médico não é mauricinho?

Mateus: sou sim

O detento que estava no chão estava asfixiado e sua garganta estava obstruída com alguma coisa que apertava sua traqueia, a única maneira seria abrir um atalho pra que o ar entrasse em seus pulmões

Mateus: preciso urgente de um canivete, uma caneta e uma bebida, álcool qualquer coisa, agora rápido

Detento2: fumaça traga o que o médico mauricinho pediu, vamos agilidade

Fumaça: é nenhuma

Levantei a cabeça e olhei o tal fumaça, parecia mais um graveto ambulante, o cara era tão seco que acho que a rapidez dele era beneficiada pelo vento que deveria levar ele, mas...enfim, não sei como nem onde mas ele conseguiu o que eu pedi, peguei a cachaça e molhei o local no pescoço onde eu iria fazer um corte, molhei também o canivete pra esterilizar, tirei o cartucho da caneta e também molhei com a cachaça, respirei fundo e fechei os olhos por alguns segundos

Mateus: meu Deus, me ajude a acertar no lugar certo, guia minhas mão

Abri os olhos e fiz o corte e coloquei o cano da caneta, espirrou sangue e logo em seguida o cara começou a respirar pelo cano da caneta e aos poucos seu rosto foi desinchando e voltando ao normal

Mateus: (respira fundo) obrigado meu Deus

Me levantei e os outros detentos começaram a me cercar e a bater palmas

Detento2: mandou bem mauricinho

Fumaça: esta na nossa conta parceiro

Foi quando um batalhão entra e coloca todos sentados com as mãos pra trás e levam o outro cara pra enfrentaria

Agente penitenciário; então você está querendo dar uma de Deus aqui dentro não é?

Mateus: apenas quis ajudar o.....

Agente penitenciário: e quem pediu sua ajuda?

Mateus: o cara ia morrer se não fizesse alguma coisa

Agente penitenciário: que te importa, por acaso ele é da sua família? esses animais não valem a pena, e você vai aprender que aqui Deus não tem espaço, levem ele

Dois agentes me algemaram e me jogaram na solitária, era um quarto também pequeno e apertado que eu não podia nem me sentar, cochilava de pé, e em espaços de uma hora ou mais nem sei porque perdi a noção do tempo, vinha um agente e me molhava com um balde de água gelada, tentava de todas as formas manter minha mente em estado de consciência, comecei a pensar no que meu filho tinha me falado sobre a fé e como Jesus sofreu na Cruz por mim, que um pai nunca se esquece de seu filho,

Mateus: meu pai, não se esqueça de mim (começa a chorar)

A voz de Bruna na  minha mente vinham sempre, dizendo que Deus tem sempre um propósito, que tudo tem um propósito, eu não sabia nenhuma música cristã então comecei a falar os salmos que eu tinha lido e tinha gravado em minha mente, minhas pernas ja estavam ficando dormentes e meus pés inchados de tanto ficar de pé, foi quando um dos agentes veio me buscar dizendo que tinha alguém querendo me ver, não fazia ideia de quantos dias fiquei ali, mas ao sair a simples claridade doíam meus olhos, sem dormir, sem comer e sem tomar banho, eu ja estava ficando fisicamente exausto
Continua......
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