Taekook And BDSM

*4*

A chuva que ecoava lá fora tinha dado início às seis horas da manhã, sempre em uma garoa fraca e que se intensificava a cada meia hora.

13:00 da tarde

- eu queria te conhecer bem o suficiente antes de irmos para o meu apartamento - Taehyung está deitado na cama de Jungkook, agarrado ao menor.

- hum... O que você quer saber?

- qualquer coisa, fale da sua família, seus desejos, tudo o que vier na sua mente.

- está bem - Jungkook sorri ameno e com uma pontada de vergonha - eu me mudei pra Seul quando fiz dezoito anos, foi quando eu ganhei a bolsa depois de tanto esforço. Minha mãe era contra, mas ela sabia dos meus sonhos, então não me prendeu debaixo das asas dela.
O nome dela é Jeon Sun Hee - Jeon sorri enquanto fala da mãe - ela é super protetora e direta, sou filho único e acho que por isso sempre fui mimado. Meu pai morreu quando eu tinha quinze anos e isso quase a enlouqueceu, minha omma não encontrou mais ninguém depois de sua morte, mas porque não quis. - Jeon suspirou sentindo as carícias de Taehyung em sua cintura. - tive receio de deixá-la por isso, mas tinha que seguir em frente.

- eu sinto muito...

Taehyung se virou para ficar de lado, podendo olhar Jungkook diretamente nos olhos desta vez.

- tudo bem... - Jungkook continuou - eu espero ser um grande advogado criminal um dia, sempre foi meu sonho me tornar um. Não desejo tanta coisa depois disso.

Ele deu uma risada fraca, já se imaginando tendo seu futuro do jeito que sempre idealizou. E Taehyung estava encantado escutando Jungkook falar e divagar.

- uma casa simples, mas aconchegante e grande o suficiente para caber meus filhos, eu e meu marido. Quem sabe um cãozinho também? E... Ser reconhecido pelo meu trabalho - Jungkook está corado, mas jurou ser sincero em tudo com Taehyung - parece idiota pra você? - perguntou se encolhendo mais entre os cobertores e os braços do mais velho.

Taehyung apenas balança a cabeça e se aproxima mais do rosto do moreno para lhe dar um beijo demorado, mas sem envolver línguas no ósculo. Deixou que Jungkook continuasse depois.

- eu sonho em trazer minha mãe pra cá, pois Seul é uma cidade de tantas oportunidades... Ficar bem perto dela e lhe dar o melhor que ela merece. Minha família é tudo pra mim, Tae.

O mais novo já tinha os olhos marejados enquanto falava de sua família, que agora era constituída apenas com sua mãe e ele. Taehyung se sentiu compungido pelo moreno, mas não interferiu em nenhum momento.

- eu me descobri gay aos quinze anos e, tanto meu pai que quando descobriu ainda era vivo, quanto minha mãe, me apoiaram e me deram concelhos. Teve um dia que um menino me bateu por minha sexualidade e minha mãe apareceu na escola encurralando o garoto na parede e gritando com ele para me defender.

Taehyung cai na gargalhada junto a Jungkook, mas esse sorriu de nervosismo e tristeza.
Sua vida era ótima em Taiwan, e se lembrar de tudo o que deixou pra trás fez seu coração doer e uma lágrima escapar. Taehyung ficou sério assim que o ouviu fungar.

- vem cá... - Taehyung o puxou pra mais perto - desculpe... Eu trouxe tudo isso á tona te fazendo esse pedido de me falar sobre sua vida.

- não hyung, eu quero ser sincero em tudo com você, e contar dos meus sonhos e passado faz parte certo? - Taehyung assentiu o apertando e cheirando seu cabelo.

- então você sonha em se casar e ter filhos? - o Kim perguntou com um pequeno sorriso nos lábios. Um sorriso cujo Jungkook não está vendo.

- sim... Você não?