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Acordei mais tarde do que pretendia no dia seguinte. Taehyung já não estava mais comigo na cama, mas acho que prefiro assim, eu não saberia como agir ou o que dizer para ele quando o visse, não depois do que houve ontem. Depois que fizemos sexos "baunilha" pela primeira vez. E ainda estou meio confuso com o que aconteceu, eu sei o que eu disse, mas não me lembro de ouvir algo vindo do Taehyung, isso me faz pensar que nossa relação é Supérflua, nada além de cuidado e sexo, e eu fico cada vez mais envergonhado de mim mesmo por deixar me levar pelos sentimentos de um primeiro amor verdadeiro, mas que era unilateral.

Me sento no colchão fofo e baguncado do Tae e acabo gemendo de dor, ele me deixou mesmo dolorido e eu quase dou um sorriso por isso, mas a realidade me faz ficar compungido de novo. No centro, ao lado da cabeceira, percebo que ele deixou um copo de água e o que suponho ser um analgésico, mas o que me tira mais a atenção é um pedaço de papel ao lado de ambos, o pego com agilidade e leio o que está escrito.

Bom dia, bunny. Aconteceu uma coisa no meu trabalho e precisei sair, deixei esse remédio pra você, espero que não esteja muito dolorido... Ou espero que esteja, assim fica mais difícil de esquecer que estive dentro de você a noite toda.
Enfim, chego na hora do almoço, fique a vontade para fazer o que quiser.

Taehyung...

Passo a mão no rosto para amenizar um pouco meu sorriso bobo com seu comentário malicioso e que me deixou de pelos eriçados. Suspirando uma vez, pego o comprimido branco e pequeno e o engulo com água, logo após eu me levanto totalmente nu, ainda gemendo de dor e sem me importar, pois não havia ninguém em casa além de mim.
Sabia que o que mais me faria relaxar seria um banho morno e longo, do qual eu poderia ter mais tempo pra pensar na minha noite perfeita que tive com ele e na parte que me deixou frustrado ao final dela, não pelo o que eu disse, mas sim por o que ele não disse.

Balancei a cabeça e liguei o chuveiro para que a água levasse um pouco desse... Medo? O qual eu sentia todas as vezes que minha mente vagava nas palavras de afeto não retribuídas do meu dominante e namorado.
Mas por que eu estava tão aflito afinal? Foi só algo não dito, não quer dizer que ele não sente o mesmo, não é? Nós já falamos do futuro, ele foi atrás de mim quando fui embora, bem... Não embora exatamente, mas ele foi! Mas por que essa insegurança e aflição não vão dar uma volta? Ou simplesmente some da minha mete?

Mas eu sabia as respostas, e elas vinham de uma situação bem distante. Tentei terminar meu banho sem pensar muito e depois de limpo e mais leve, sai de lá enrolado na toalha e fui a procura de roupas limpas pra vestir. Uma cueca do Tae e uma camisa larga e que ia até o finalzinho de meu bumbum, também dele.

Eu nem tomei café da manhã por falta de apetite, estava me martirizando a cada um minuto e isso era irritante. A forma como eu focava em algum lugar da sala onde eu estava, com o queixo apoiado nos joelhos e meus braços abraçados ao redor das minhas pernas como um tipo de proteção própria. Eu olhava o chão limpo sem ao menos piscar, será que eu errei ao me declarar? Mas de verdade, foi instantâneo, eu simplesmente disse sem pensar, eu só... Senti.

Bufei soprando minha franja desgrenhada e peguei meu celular para poder ver quanto tempo havia passado e, uau! Acho que passei tempo de mais me matando em pensamentos negativos. Faltava pouco para o almoço, por isso eu me levantei relutante e deixei o celular de lado. Fui atécozinha, não sebendo bem o que aquele homem gostava de comer no almoço, mas opinei por fazer arroz, sopa de carne e legumes e com um toque apimentado, e grelhar peito de frango para reforçar.

Minha mãe cozinha muito bem e eu sempre ficava de olho, afim de aprender, mas nunca obtive sucesso. Mesmo eu sabendo que não tinha dom algum eu fiz, tinha que ser prestativo ao menos uma vez. E falando nela...

Taekook And BDSMOnde histórias criam vida. Descubra agora