desnorteadores

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levantando da cama
rasgando as cordas
de minha insegurança

bato com água em meu rosto
pra limpar toda a melancolia
que me deixa cego

a pasta escova minha hipocrisia
o perfume abafa as mentiras
o traje que te esconde, me pinta

o espelho reflete toda a escuridão.

o poste de luz está fadado
a ofuscar todo o brilho
da lua

a maldade da noite mora
na bondade que morre
na rua.

a realidade engana pela janela do busão
a pessoa ao meu lado desistiu da estrada

o sol nasce para me libertar da ilusão
entre prédios cheios de almas cansadas.

(escrito em 31/08/18)

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