12 HOURS - JELENA.

Epílogo.

12 DE DEZEMBRO DE 2023.

LOS ANGELES.

Dentre os lençóis finos e alvos, o corpo curvilíneo espreguiçou-se antes que a morena enfim, abrisse os olhos. Estes então se arregalaram, e o coração que já se encontrava agitado, acalmou-se quando Selena enfim notara que estava em ambiente conhecido.

O pescoço girou, e os orbes negros alcançaram o lado direito do quarto feminino. Os objetos pequenos alinhados, a janela enfeitada com uma cortina alva intacta. Tombou a cabeça para o lado esquerdo, e notara que ali ninguém havia mexido.

E após demasiados segundos, a menina apertou os olhos e enfim, sorriu.

O corpo relaxou sob uma sensação extasiante de alivio.

Foi apenas um pesadelo, acreditou Selena.

Mal podia crer em quão realista tinha sido a experiencia que o sonho lhe passara. O coração doía ao lembrar da tal situação e a garota sentia os dedos coçarem para que esta pegasse o telefone, e checasse o estado físico de todos aqueles o qual ela viu sofrer na realidade fictícia que tanto a perturbou.

Encarou o relógio na penteadeira a alguns metros de distâncias: 05h59minAM.

Porém, Selena nem sequer conseguiu colocar os pés no chão, já que estes a surpreenderam ao se mostrarem acorrentados a cama.

— Vai a algum lugar, Gomez? — A claridade repentina lhe causou ardência nos olhos, mas ainda sim não impediu que esta visse o face sarcástica de seu amigo.

— Oliver? — Os lábios cheios sobraram.

A garota o observou por segundos, até que seus olhos deslizassem pelo tronco magro do rapaz e enfim, notasse o objeto metálico que este trazia nos dedos. O sangue pingando no carpete, travando-lhe a saliva na garganta e fazendo com que seus neurônios estalassem.

— Foi real — Selena sussurrou.

O rapaz gargalhou, os ouvidos de Selena tinindo, os olhos úmidos e uma vasta imensidão no peito.

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— Mas, espera... O que diabos... Você está envolvido nisso? — A morena, totalmente descrente, enrugou a testa.

— Se eu estou envolvido? Ah, não seja boba — ele abanou a cabeça negativamente, tão convincente que fez com que a "amiga" respirasse fundo. — Eu armei tudo.

Ali.

Este foi o exato momento em que as emoções de Selena fundiram-se, e viraram pó. E o liquido salgado contornou suas bochechas enquanto o eco agonizante da risada do rapaz fazia sua cabeça doer.

— Ah, eu tenho que admitir que não botei fé em você. Achei que não aguentaria nem a queda do sistema de segurança — tisc tisc, ele fez num ato de discordância; aproximou-se, sentou-se no pé da cama — Alias, eu e Trevor apostamos! Puta merda! Estou devendo 200 pratas a ele.

— Não. Não, não, não — os dedos de Selena encontraram e puxaram seus cabelos negros. — Não pode ser! Você não faria isso, não é? Pare de brincar comigo, Oliver!

— Não faria do mesmo jeito que Alexis era sua amiga? — As sobrancelhas grossas de Oliver subiram em direção ao coro cabeludo. Ele sorriu, o choro da menina se intensificando. — Incrível como você realmente ama adotar o papel de tola, Selena!