❧ 1.0

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|Aquele dos danados!|

"eu vou guardar o violão" - aviso liza e liv antes de sair do quarto.

Já são mais de duas horas da manhã e todos estão se preparando para ir dormir. Saio do quarto e vou até uma portinha que existe em um canto no chão do corredor.

Abro essa portinha e desço as escadas que dão em uma espécie de porão que foi transformado em um estúdio particular de música.

Sinceramente não entendo o que minha família pretendia com um estúdio de música em um porão, porém é um ótimo lugar para se esconder. Quando era criança e fazia alguma coisa de errado eu me escondia aqui já que era o último lugar que meus pais pensariam em me procurar.

O estúdio é dividido em dois, existe uma espécie de parede com uma janela de vidro que separa o lugar onde fica a mesa de edição e alguns sofás, da onde os instrumentos se encontam. Abro a porta e entro no espaço dos instrumentos, coloco o violão no suporte vazio.

Olho para a parede que possui vários suportes com guitarras, baixos e violões. Meu pai e meu tio possuem uma coleção de instrumentos, eles vão a leilões e tentam comprar instrumentos raros e alguns que já foram de pessoas famosas.

Fico na ponta dos pés e pego uma guitarra de cor azul bebê, com o maior cuidado para não derrubar.

"Ual!" - viro para a porta assustada

"Jesus Cristo" - coloco a mão no peito

"Não, Thomas Stanley Holland mesmo" - ele se escora na porta e eu reviro os olhos - "revirar os olhos é um hábito irritante"

"revirar os olhos é um hábito irritante" - repito com voz fina debochando

"eu vou ignorar" - ele se desencosta e entra na sala olhando ao redor - "essa casa tem um estúdio no porão, isso é incrível"

"desnecessário na verdade" - dou de ombros

"um pouco, mas incrível!" - ele senta no banquinho da bateria - "e perigoso também já que vocês alugam a casa, alguém pode roubar algum instrumento"

"isso seria difícil" - me sento no chão de forma que de para ver ele - "a portinha tem tranca"

"hum" - tom pega as baquetas e eu arqueio a sobrancelha

"você toca?" - pergunto

"na verdade não, mas gostaria" - ele sorri

Um barulho alto ecoa pelo ambiente e olho tom assustada, ambos nos levantamos e vamos até a escada. A portinha está fechada, Thomas sobe a escada e tenta abri-la, mas parece estar trancada.

"Eles nos trancaram aqui" - o garoto avisa ao descer a lá escadas

"Porque eles fariam isso?" - pergunto

"Talvez eles queiram que nos conversemos" - ele sugere - "sobre o que aconteceu noite passada"

"Que coisa mais idiota de se fazer" - respiro fundo

"Pois é, até parece que precisamos ser trancados para podermos conversar" - ele diz e parece levemente irritado - "não somos crianças"

"não somos crianças" - repito mais uma vez com voz fina para irritá-lo

"ah não lottie" - ele revira os olhos

"ah não lottie" - reviro os olhos

"para" - o garoto respira fundo e coloca a mão na testa

"para" - repito seu ato

"você é muito besta lottie" - ele faz cara de desafio

"você é muito besta TOM" - dou um sorrisinho e ele revira os olhos

The summer house • Tom HollandOnde histórias criam vida. Descubra agora