Eight.
Minha cabeça parecia que haviam colocado uma dinamite dentro dela e explodiram assim que abri os olhos, encontrando os pequenos raios solares que entraram por entre as cortinas do quarto. Eu sabia que beber ontem a noite não havia sido uma boa ideia, minha mente latejava e qualquer barulho parecia doer mais.
Sentei na cama, ainda com os olhos querendo se fechar, não conseguindo se abrir totalmente por conta da pequena claridade que insistia em tomar conta do meu quarto. Talvez eu tenha esquecido de ligar o blackout ontem, assim que cheguei.
Levantei da cama, calçando meu chinelo branco e vesti o sobretudo de seda, para que cobrisse a camisola de renda que eu vestia para dormir. Andei até o banheiro e fiz minhas higienes matinais, tomando um susto ao me olhar no espelho depois de escovar os dentes, e ver a imagem tenebrosa do meu reflexo.
Resíduos de rímel nos olhos — mesmo eu estando bêbada, sem coragem, doente ou algo do tipo, a maquiagem eu tenho que remover, é algo essencial para mim —, cabelo desgrenhado e embaraçado, e, para completar, olheiras fortíssimas faziam sombra embaixo dos meus olhos.
Desci as escadas, ouvindo uma movimentação estranha na parte de baixo e em seguida, Hermione passou correndo por mim, com meu pai correndo atrás dela e os dois não paravam de rir. Nem tive como reclamar da correria, eles poderiam se machucar, mas, a única coisa que fiz, foi colocar uma mão na testa, sentindo a região doer por conta do barulho.
Andei até a cozinha, encontrando minha mãe, Adele e Betty conversando animadamente, como se fossem três velhas amigas comentando sobre as novidades. As três me encararam assim que entrei e consequentemente pararam de conversar, olhando para mim como se eu fosse um animal.
E eu realmente estava parecida com um.
— Não falem nada, eu não estou em um bom dia, então não me desejem bom dia — comecei, levantando uma mão, impedindo-as de falar — Betty, onde estão os remédios para dor de cabeça? — Questionei, encostando-me no balcão, colocando uma mão na testa. Estava realmente doendo.
Betty não respondeu, se dividiu até uma parte do armário e de lá ela retirou uma tupperware e procurou algo dentro dela, retirando uma cartela de comprimidos e me entregando um, junto com um copo de água.
— Obrigada — eu disse, virando as costas e voltando para a parte de cima. Eu vinha agradecendo aos deuses por elas não terem aberto a boca, poderiam me chamar de mal educada, mas eu estava muito, muito mal.
Deitei sobre a cama, antes acionando o blackout, e cobri meus olhos com o lençol e tentei pegar no sono novamente. Meu dia hoje não seria nada produtivo, então a melhor escolha é dormir.
Hermione está com os meus pais; hoje é domingo e não trabalho; domingo nunca é um dia produtivo. Então, não tenho com o que me preocupar.Era segunda feira, já passavam das oito da noite, quando resolvi ir até o apartamento de Samira, já que ela não atendia as minhas ligações e eu não queria ficar sozinha em casa. Hermione tinha ido para a casa de Justin, já que no final de semana ela não pôde ir por conta dos meus pais. Falando neles, o voo havia saído pela manhã.
Então, quando saí do trabalho e cheguei em casa, percebi que não queria ficar sozinha hoje, minha única saída era Samira. Mas ela resolveu não atender às minhas ligações, então estou parada em frente a porta do seu apartamento, tocando a campainha pela milésima vez.
Foi quando me lembrei que ela sempre deixava uma chave reserva embaixo do tapete, torcia para que ela estivesse lá e... bingo! Abri a porta, entrando no apartamento, notando que estava tudo apagado. Garry — o porteiro — avisou que ela estava em casa, então resolvi entrar.
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Eternal Bond
FanfictionAo dizer sim no altar, jurar amor eterno e fidelidade a Justin, Madeia jamais imaginou que seu felizes para sempre não existiria. Observar seu marido sair de casa com malas prontas e com o pedido de divórcio sobre a mesa de centro, foi a sua decadên...