Capítulo 5

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Flashback

No dia do crime Ross parou naquela confeitaria para comer um pedaço de bolo e tomar um café. Entrou no estabelecimento e depois de analisar o local sentou-se a uma das mesas que ali existiam. Rapidamente uma moça veio lhe atender. Ross ficou impressionado com a beleza da atendente. Ele a cumprimentou com um sorriso. Enquanto ela se virou para buscar seu pedido, o sujeito analisou todas as suas curvas e concluiu que a moça seria perfeita para a realização de seus desejos.

Ele bebeu seu café tranquilamente e se deliciou com o pedaço de bolo que estava muito saboroso. Depois de aproximadamente trinta minutos pediu a conta e aproveitou a oportunidade para perguntar até que horário eles ficariam com o estabelecimento aberto.

— Pode ficar com o troco — disse olhando bem para seus olhos enquanto entregava as notas.

— Só mais uma coisa. Vocês ficam abertos até que horário? Gostei muito do lugar, certamente que irei retornar mais vezes.

— Vinte horas — a linda moça respondeu educadamente.

Depois de pagar a conta Ross deixou o local. Já tinha tudo planejado para aquela noite. Nada poderia dar errado. Bastava esperar a hora certa. Mais cedo ele providenciou tudo para que não tivesse contratempos. Só não esperava que fosse chover naquela noite, mas isso não era assim tão ruim.

O barulho das trovoadas indicava que a chuva estava próxima. Lindsay ajudou a organizar as últimas coisas e finalmente foi liberada pelo seu chefe. Eram vinte horas em ponto quando ela abriu a porta e caminhou em direção à rua. Sua ideia era caminhar rápido e chegar em casa antes da chuva, mas infelizmente a chuva começou logo depois. Lindsay ficou chateada por não carregar um guarda-chuvas naquele momento. Mas agora não adiantava reclamar, chegaria em casa com a roupa encharcada. De qualquer maneira estava indo para casa e o único problema seria pegar um resfriado.

De repente ela notou que um carro vinha na mesma direção e parou ao seu lado. O homem abaixou o vidro e perguntou se ela queria uma carona.

Lindsay reconheceu o homem que esteve mais cedo na confeitaria e imediatamente aceitou a carona. Afinal já estava ficando ensopada por causa da chuva. Talvez não estivesse com tanta má sorte.

— Que chuva forte, não é mesmo? — disse ele.

— Eu ia chegar em casa encharcada. Ainda bem que o senhor apareceu.

— Não precisa me chamar de senhor. Meu nome é Ross. E o seu?

— Lindsay.

Por um momento a moça se arrependeu de ter entrado naquele carro e já ir falando até mesmo seu nome para um homem completamente desconhecido. Mas já era tarde para que pudesse se arrepender. Agora que já estava dentro daquele carro era torcer para que não tivesse cometido um grande erro.

— Pensei que fosse mais cedo, eu ia tomar um café. Quando cheguei vi que já estavam fechando e vi você saindo.

— Pois é, fechamos sempre no horário certo — comentou ela.

— Não tem problema, fica para outro dia.

— Ross! Você poderia me deixar em minha casa? — disse a moça com a voz um pouco trêmula. Talvez fosse apenas má impressão, Ross parecia ser um homem muito educado e gentil.

— Claro! Onde você mora? Te deixo lá.

— A algumas quadras daqui, basta seguir em frente e depois virar à esquerda lá no final da rua.

— Tudo bem! — disse ele e arrancou com o veículo.

A moça indicou o caminho e até mesmo mostrou exatamente o local onde morava, mas o homem não parou o carro. Algo não estava bem. Agora Lindsay tinha certeza.

— Hei! Eu disse que a casa era aquela. Por que o senhor não parou? — falou ela já amedrontada.

— Desculpe, eu não ouvi! Vou fazer o contorno e lhe deixo em casa.

Ross seguiu em frente e não retornou, mas acabou parando o carro em frente a uma casa abandonada. Lindsay acreditou que ele ia manobrar o carro, mas Ross desligou o motor.

— Por que o senhor parou aqui? — perguntou já quase desesperada. Lindsay sabia que o homem estava se fazendo de desentendido. Ela pensou em sair do carro correndo, mas a chuva estava absurdamente forte. Ela olhou para fora na eminência de fazer isso.

Aproveitando a pequena distração, antes que a moça tivesse a chance de qualquer tipo de reação o sujeito pegou um pedaço de arame que estava sobre o banco traseiro e passou sobre o pescoço dela. Lindsay ainda tentou segurar o arame, mas ele foi muito rápido. Não havia espaço entre o metal e seu pescoço. Ela sentiu aquilo a sufocar lentamente sem que tivesse condições de gritar por socorro. Lindsay se debatia tentando em vão se libertar, mas Ross era muito mais forte. Seus olhos se arregalaram, o ar começava a faltar em seus pulmões. Só teve mesmo a chance de se arrepender amargamente por ter entrado naquele carro. Mas agora já era tarde demais. Tudo foi ficando escuro e a vida foi fugindo de seu corpo. Foi seu último suspiro. Seu corpo sem vida deslizou sobre o banco de passageiros.

Ross retirou o arame cuidadosamente e o guardou. Olhou em todas as direções na rua e não viu ninguém. A chuva estava forte. Provavelmente ninguém veria nada. Ele desceu do carro e abriu a porta do passageiro pegando o corpo nos braços fechando a porta com a ajuda de um dos pés. Rapidamente ele caminhou até a casa abandonada e empurrou a porta que estava apenas encostada. Soltou o corpo no chão e pegou a lanterna que estava no bolso. Encostou a porta e retornou. No chão haviam alguns pedaços de papelão, foi ali que ele colocou o corpo. Depois de posicionar a lanterna em um local estratégico se dirigiu novamente para o corpo.

Lindsay morreu de olhos abertos. Isso lhe dava a sensação de que ela ainda estava viva e era algo muito excitante. Ross começou a despi-la tirando primeiro a blusa deixando os seios expostos. Eram bonitos, mas muito pequenos. Nem ao menos precisa usar sutiãs. Depois retirou a saia deixando-a apenas de calcinha. Era uma calcinha rendada de cor rosa claro. Ele estava cada vez mais excitado. Finalmente retirou a peça mostrando a região íntima. O assassino retirou um preservativo que estava no bolso da calça e então abusou do corpo já sem vida. Era a última vez que ela daria prazer a um homem. Já não era mais virgem, isso ele teve certeza ao penetrá-la.

Depois de satisfeito Ross pegou um aparelho de barbear para que pudesse depilar a região genital da moça. Blasfemou por não ter dado a sorte de pegar uma que já estivesse totalmente depilada. Ainda bem que estava prevenido. Depois de terminar o serviço finalmente estava na hora de fazer o trabalho mais delicado. Ele passou muito tempo treinando em pedaços de carne que comprava no supermercado. Agora finalmente colocaria em prática suas habilidades em uma mulher de verdade.

O assassino retirou um bisturi que estava em seu bolso e cuidadosamente começou a fazer um corte ao redor da região. O sangue começou a escorrer, após mutilar toda a região genital ele cuidadosamente colocou os pedaços dentro de um pequeno saco plástico que carregava no bolso.

O assassino estava com as mãos sujas de sangue. Notou que havia uma porta aberta e que provavelmente seria o banheiro. Talvez tivesse a sorte de ter um pouco de água. Foi até lá e abriu a torneira. A água estava fraca, mas foi o suficiente para tirar o mais grosso.

O assassino certificou-se de que não havia esquecido nada que pudesse o incriminar. Em seguida deixou o local. Quando estava em frente da casa notou que um homem caminhava na chuva em sua direção. Rapidamente Ross entrou no carro saindo do local imediatamente. Não precisava se preocupar com a placa do veículo. Era falsa, ninguém o encontraria.

Seguiu para sua casa. Precisava preparar o jantar. Seria a primeira vez que teria carne fresca depois de muito tempo. Depois de lavar a carne colocou-a em um tempero e deixou descansando sobre a pia da cozinha. Ross foi tomar um banho para tirar o restante do sangue que ainda estava em suas mãos. Depois de trinta minutos retornou e colocou uma frigideira sobre o fogão. O cardápio da noite seria bife acebolado.

Mutiladas (degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora