[ LIVRO DOIS ] Capítulo 3 - Megan Banner

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— Isso aqui não se parece com uma base da H.I.D.R.A. — Eu declaro, ao descer por uma das escadas enferrujadas do lugar onde nos encontramos.

— Você queria o que? Que tivesse um letreiro gigante na porta, escrito "bem vindos a HIDRA?" — Garrett me responde, sem olhar para mim, enquanto avançamos pelo ambiente abandonado. — Além do mais, as bases deles costumam ser subterrâneas.

— Se são subterrâneas, como ainda não encontramos? — Minha voz sai mais irritada e rabugenta do que eu esperava. — Gary, vamos aceitar o fato de que não tem nada aqui, e de que foi um alarme falso. Acontece.

Garrett se vira para me encarar.

— Olha, não precisa descontar seu mal humor pra cima de mim. — Ele de forma calma e firme, cansado de todas as minhas reclamações até agora. — Sei que está chateada por Mason ter ficado na base, mas sabe que foi ele quem quis.

Reviro meus olhos e bufo, derrotada.

Sim, eu estava irritada por Mason não estar aqui comigo. Ele deveria estar aqui. Eu e Mason erámos uma dupla.

Quando Coulson chamou a mim, Mason e Garrett, eu esperava que nós três fossemos participar da missão, que consistia em investigar uma usina química abandonada que aparentemente era uma das bases de operações da HIDRA, ao lado do Gavião Arqueiro, o Homem de Ferro e o Capitão América. Porém, apenas eu e Garrett viemos. Meu querido irmão ressaltou que não precisaríamos ir nós dois nessa missão, então ele preferiu ficar no laboratório, ajudando Hazel em uma de suas pesquisas.

Acontece que Mason era assim. Sempre que podia, ele ficava no laboratório. Ele tinha muito mais medo que eu de perder o controle e sair por ai esmagando tudo. A grande verdade, é que eu era a mais... "Inclinada a brigas", do que ele, que era bem mais pacifista.

Mas o fato de estarmos separados não deixava de me irritar.

Agora, para melhorar ainda mais a minha noite, eu e Garrett estávamos dando voltas e mais voltas por aquela área, que o Capitão América havia nos designado. O lugar estava escuro e sombrio, e bem desabitado. Depois de dez minutos sem achar nada, creio que não havia nada lá para ser achado. Não havia nenhuma base secreta. Mas Gary gostava de cumprir as ordens até o fim. E eu, tinha de acompanha-lo. Mesmo sendo um ano mais novo, ele ainda era o "líder".

— Acho que eu ouvi alguma coisa ali. — Garrett me tira de meus devaneios, e vejo que ele já está com sua arma em mãos, caminhado lentamente para uma área mais aberta, logo a nossa frente.

Eu não ouvi nada, mas Garrett está tão concentrado no que pode ter ouvido, que eu apenas me preparo para usar meu comunicador com o intuito de avisar os outros.

— Vou avisar o Capitão...

— Não. Vamos averiguar primeiro. Pode ser apenas minha imaginação. — Eu iria contra argumentar, mas antes que eu pudesse dizer alguma coisa, Garrett já estava bem na minha frente. Então minha única escolha era segui-lo, de mau humor.

— Se for sua imaginação... – Não tenho tempo de terminar minha frase, pois assim que piso na área mais aberta, vejo algo pular em cima de Garrett mais à frente, e derruba-lo no chão.

Garrett tenta atirar mas não acerta seu alvo, que pula em cima do meu amigo e o desarma com facilidade. Ambos começam a lutar no chão violentamente.

Ótimo. Mais essa agora.

Não consigo identificar o agressor com facilidade, pois o lugar está escuro demais, mas posso ver que o mesmo é um rapaz. Não espero mais para agir e vou para perto dos dois, mas o estranho percebe a minha aproximação e faz um movimento com o braço. Ao fazer esse movimento, várias estacas afiadas voam em minha direção. Uma delas pega de raspão em meu braço, e eu logo sinto o sangue quente correr pelo mesmo. As outras estacas se prendem no chão aos meus pés, como se fossem grades, me impedindo de avançar mais.

S.H.I.E.L.D - O Futuro: Jovens Vingadores | MarvelOnde histórias criam vida. Descubra agora