Em um pequeno vilarejo, no século XII, ainda no início da inquisição, uma mulher foi condenada à morte em praça pública por heresia. O clero acusava-a de bruxaria, como a maioria que não praticavam as doutrinas cristãs.
— Declaro como culpada por heresia. — Disse um dos padres responsáveis pelo julgamento.
— Você será purificada na fogueira que representa o fogo do inferno! — Disse outro padre bravamente.
— Preparem a lenha da fogueira e amarrem-na à cruz! — Falou o último responsável pela inquisição.
Alguns minutos depois todos os preparativos estavam prontos e os moradores do vilarejo foram convocados à execução onde a autoridade responsável pela proferiu as seguintes palavras: — Esta jovem moça foi descoberta praticando atos que vão de encontro à doutrina cristã e, por isso, foi condenada por heresia e sua pena, como todos já devem imaginar, será queimar na fogueira. A única forma de purifica-la de seus pecados.
Naquele momento a jovem já estava aprisionada na cruz que ficava sobre a fogueira e todos gritando: "Bruxa! Vai queimar na fogueira! Vai para o inferno!", quando o executor finalmente jogou a tocha em chamas na sua fogueira.
Sua pele deformava-se com o calor e seus gritos eram os piores que se poderiam imaginar. Era capaz de ouvi-los há quilômetros de distância. Ela pronunciava algo parecido com "Banshee".
Para a surpresa de todos, quando a fogueira apagou, havia apenas uma coisa que não havia se transformado em cinzas. Todos correram para ver. Era uma criança, porém morta. Isso mesmo, a jovem estava grávida e ninguém sabia.
A mulher ficou conhecida como Banshee e seu espírito em chamas aparecia nos sonhos das mulheres grávidas como forma de mau presságio. Se a Banshee gritasse três vezes durante o sonho significava que seu filho morreria ainda na barriga.
Dessa forma ninguém conseguiu ter filhos, o vilarejo foi morrendo aos poucos e, talvez por isso, sua história tenha ficado esquecida ao longo dos séculos.
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Contos quase de terror
Short StoryComo o próprio título diz, contos quase de terror, seria o que eu gosto de chamar de "soft terror". Quanto às cenas fortes, quando têm, a culpa é inteiramente sua e da sua imaginação. Minha função aqui é apenas escrever. O que vocês idealizam não é...