Contos quase de terror

4 - Príncipe sem cabeça

           

— Príncipe Elliot, pegamos o maldito ladrão. O que faremos com ele?

Pensativo em seu trono, com pernas cruzadas e olhar faiscante, disse: — Decapitação!

­— Mas meu senhor... Você sabe o que seu pai acha disso. Ele está com uma nova política que é contra a pena de morte.

— Bobagem! Aquele velho está caduco. Não sabe mais o que diz. Deitem o corpo desse incompetente em cima da pedra na praça central e vendem seus olhos.

— Como o senhor quiser, príncipe Elliot.

Alguns minutos depois foram todos à praça assistir à execução do ladrão, onde o príncipe, muito frio disse: — Que isso sirva de exemplo aos próximos que tentarem algo do tipo!

— Pode cortar! Não perca mais tempo!

Sem mais delongas o executor concluiu a ação no mesmo momento em que o rei aparece e fica horrorizado com a cena.

— Do que se trata isso, Elliot? Você ficou maluco!? Como ousou ir contra minhas leis!? — Disse o Rei furioso.

— M-mas pai... E-era um ladrão. Não merecia ficar vivo! — Disse o príncipe gaguejando de nervoso.

— Agora a maldição cairá sobre você meu filho. Esse ladrão vai te atormentar até que ele consiga o que quer.

Desde então o ladrão passou a aparecer ao príncipe segurando sua própria cabeça em suas mãos: no banho, no almoço, no jantar, nos treinos, nas batalhas, até que Elliot não aguentou e cedeu.

Em uma bela manhã estava Elliot na praça com seu pescoço na guilhotina uma faca na mão que usou pra cortar a corda da lâmina e sua cabeça rolando pela grama sendo comida pelos corvos.

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