2# o Abatedouro de 1678

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Christian e Lola caminhavam pela mata conversando sobre maneiras de recuperar Julian e Felipe.
- Temos que seguir as pistas que eles nos mandam e que vão nos levar até eles! - Christian afirmou. - Seja lá o que tiver naquela tumba, seja lá quem ou o que os pegou, nós temos que deter!
- Seja lá o que tiver que fazer, eu estou dentro!
Eles continuaram caminhando. Fazia tempo en que Lola encontrava varios corpos por ruas, parques, lanchonetes, fabricas e até hospitais, todos tinham detalhes estranhos como se fossem enigmas que ela tinha que resolver. Tipo uma vez que encontrou um corpo decepado perto de um carro, na janela tinha uma mancha enorme de sangue escrita: Siren.
- Felipe deixa pistas para ser encontrado a cada assassinato certo? -  Christian perguntou.
- Sim! Bom, é o que eu acho!
Caminhando mais a frente eles encontraram uma lata enorme de lixo, eles abriram e encontraram o corpo de uma garota cujo o pescoço estava mordido, não tinha nenhuma gota de sangue em seu corpo, mas no bolso dela tinha uma coisa escrita: Abatedouro de 1678.
O coração se Lola bateu mais rapido de felicidade quando percebeu que aquilo era um bilhete de Felipe, reconhecia pela letra, agora sabia onde ele estava, Abatedouro de 1678 foi um lugar que possui uma lenda terrivel fazendo com que ninguém pise um pé lá. Uma garota estranha, seduziu o chefe e o devorou vivo, comendo sua carne como se fosse um animal selvagem. Diziam que ela travalhava para o Diabo, e que todos os funcionarios do abatedouro adoravam torturar os animais antes de matá-lo, então garota devorou todos assim como o diretor. Diz a lenda que um deles sobreviveu a ponto de fazer ela cair em um enorme poço que tinha lá, mas ele morreu por falta de sangue.
- Abatedouro de 1678?! - exclamou Christian. - Tem certeza que foi Felipe que escreveu isso?
- Tenho! - disse tirando um papel do bolso da jaqueta. - Veja, um bilhete que ele me deu no nosso primeiro encontro, é a mesma letra!
- Eu não acho uma boa ideia irmos ao abatedouro! Nunca ouviu a lenda não?
- Para de criancisse maninho! Você tem 19 anos ô idiota!
- Você é mais velha que eu, ou seja,  tem que tomar as decisões certas para que eu fique bem, e essa não é uma boa decisão então eu tou fora! - ele se virou mas foi impedido de caminhar por Lola que o segurava pela camisa.
- Tá bom! Eu topo!
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- Então é isso? - perguntou Felipe mergulhando uma vassora em um balde de agua com sabão. - Nós matamos pessoas, torturamo-as, compelimo-as e depois disso você lê enquanto eu faço serviços domesticos?
- Esse livro é muito bom! - Julian respondeu virando a pagina de seu nlivro nem dando a mínima pra que o amigo falava. - Você deveria fazer o que eu fiz! Desligar a humanidade! Nenhum sentimento, nenhum arrependimento, nenhuma dor, nenhum remorso, nada!
Felipe limpava as paredes e o chão encharcados de sangue com força e decepção do amigo ter desistido tão facilmente.
- Nunca eu desligaria, se Lola ou Kate nos acharem? Poderiamos matá-las se estivessimos com a humanidade desligada!
- É...- ele virou a pagina. - Seria um incomodo a menos!
- CANSEI! - Felipe jogou a vassoura no chão com tanta força que ela quebrou, ele não aguentava mas ser controlado por alguém que nem sequer sabia o que era ou o que queria.
- Quando isso vai acabar? - gritou na beira do poço. - Quantos corpos até estar satisfeita?
Felipe destraido no meio de sua raiva foi chutado para dentro do poço por Julian.
- Teve uma resposta? - ele sorriu.
Felipe então começou a se debater ao ouvir um canto maléfico que ecoava dentro do poço e que o puxava para dentro dele, não conseguia respirar por causa da agua, quando estava quase desistindo o canto parou e ele saiu.
- Ficou loco, ô FDP?
- É pra você aprender a ser mais educado com a patroa, e aproposito, o "FDP" é a pessoa com quem você está conversando, beleza?
Felipe saiu de lá e foi se secar e trocar de roupa, quando voltou sentiu seu coração se apertar ao ver Julian com a mão entorno o pescoço de Lola, pronto para quebrá-lo.
- Solta ela! - Gritou Felipe.
- Acredita que sua namoradinha veio aqui me importunar para que nós fossemos libertados? É muita tolice kkkkkk!
Lola não podia fazer nada, Christian observava a cena sem também poder fazer nada, ou acabaria morto também.
- Felipe, por favor me solta! - Lola disse baixinho. - Somos amigos, lembra de quando sua casa pegou fogo e eu salvei seus pais? - ela tentou fazer ele se lembrar de coisas boas do passado pra libertá-la.
- CALA A BOCA! A humanidade não pode me salvar!
Lola tentou apelar ainda mais:
- Lembra que eu sou a irmã da Kate, sua namorada, imagina o que ela pensaria de você quando me matar, um psicopata paranóico que não é parado por nada. - ela se arrependeu no mesmo instante ao sentir a mão dele apertar seu pescoço com mais força.
- Para Julian! - Gritou Felipe quase se transformando em vampiro.
Mas Julian o ignorou e as veias surgiram e logo desapareceram de seus olhos indicando que ele ia morder e matar Lola.
- EU MANDEI... PARAR!!!!!! - Felipe voou em cima de Julian e o separou de Lola, as veias estavam nos olhos de Felipe.
- Vai embora Lola! - gritou enquanto ficava encima de Felipe.
- Não! Eu não vou deixar você!
- VÁ EMBORA!!!!! - gritou com a voz grossa e demoníaca de vampiro, Lola e Christian sairam de lá e Felipe soltou Julian.
- É isso? Esse é o começo do fim? - Julian perguntou. Ele se sentou na cadeira novamente e voltou a ler.
Toda a amizade e o carinho que Felipe sentia por Julian estava se tornando ódio e desprezo aos poucos.
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Naquela noite, Christian recebe uma ligação de Lola.
- Christian! Eu acho que estou começando a entender!
- Entender o que mana?
- As pistas que Felipe deixa, os corpos, os bilhetes, as escritas!
- Nossa, não to entendendo nada explica melhor!
- No nosso pequenique ele leu uma historias de sereias canibais diabólicas, sua beleza exterior era de outro mundo mas o que ela tinha de bela por fora, tinha de sombria por dentro.
- Hum, ainda não entendo!
- Calma, lembra a mancha de sangue escrita Siren? Eu descobri que a garota do abatedouro se chamava assim, ela era canibal e quando foi jogada no poço sua alma circulou por ele e por tumbas, que foram lugares que ela e sua irmã conviviam. Quando Julian e Felipe entraram lá, sua alma e seu canto os controlaram, fazendo-os fazer coisas horríveis para satisfazê-la.
- Estou começando a entender! Continue, está muito poético!
- Isso não é poesia! É real! Siren siginifica Sereia. As pistas, as escritas, Felipe quer que nós o ajude a combatê-la!

- Que som é esse? - perguntou Julian logo após outro assassinato.
O coração de Felipe bateu rapidamente ao ouvir o som que ouviu quando caiu no poço.
- Se eu não me engano.... Diria que é um canto! - eles se viraram e viram.... Viram ela......

- Eu acho que ela finalmente se alimentou o suficiente!

Viram Siren!

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