COMPLICATED

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Lucero.

-"Tem certeza de que vai fazer isso?

-Tenho. Eu não fica nem mais um minuto nessa casa Sandra!

-Pense bem Luce, para onde você vai? E do que vai viver?

-Isso não importa, não posso ficar mais sobre o mesmo teto que aquela mulher!

-Aquela mulher é sua mãe!

-Prefería não ter mãe!

-Mas é a sua irmã, vai deixá-la aqui?

-Claro que não. Eu já completei a maior idade tia, vou levá-la comigo!

-Pense bem Luce, não vá por impulso, como você vai criar uma menina de treze anos sozinha? Você nem mesmo terminou a faculdade!

-Eu me viro. Eu vou cuidar muito bem da Luna tia!

-Bom, você não é mais uma criançinha, não posso interferir. Mas o que precisar, não hesite em me pedir!

-Obrigada pelo apoio Sandra! - puxei a mulher de meia idade a minha frente e lhe abracei.

Senti como se fosse a última vez que eu a abraçava, um adeus.
Secando as lágrimas de seu rosto, peguei minha mochila e minha irmã mais nova, descendo as escadas rumo a saída da mansão.

-Luce, você não pode ir! Não pode me deixar!

-Eu posso, e é o que vou fazer "Elizabeth Wright" - fiz aspas com as mãos ao pronunciar seus nome.

-Filha, minha filha amada, não me deixe, eu te imploro! -pela primera vez, vi aquela mulher humilhada, de joelhos frente a mim e a minha irmã.

-Levante daí!

-Luce, você é tudo que eu tenho...

-Tudo que você tem? Deveria ter pensado nisso quando vez o que fez! Como você consegue dormir a noite Elizabeth? Sua conciência não pesa?

-Eu fiz o que tinha que ser feito!

-Você é um monstro! Eu tenho nojo de você, nojo!

Minha irmã se encolhia no sofá, enquanto nós duas brigavamos.
Ela escondia o rosto entre os joelhos, escondendo as lágrimas.
Como alguém poderia fazer mal a ela?
Como a minha mãe pode fazer mal a ela?
Peguei em sua mão e a coloquei de pé, caminhamos até a porta, mesmo com os protestos de Elizabeth.

-Agora é só eu e você sis, e eu sempre, sempre vou te proteger! - disse pouco antes de sair finalmente da mansão Wright."

-Luce? Luce? Hey acorda Luce!

-Hum...

-Luce, seu celular está tocando!

Forçada a abrir os olhos, me deparo com a luz do dia, e uma dor de cabeça que calorosamente veio me desejar um bom dia.
Do meu lado estava Fernando, com meu celular na mão, que tocava sem parar.
Caramba, eu acabei de acordar!
Peguei o celular levando-o no ouvido.

-Oi...

-Eu ouvi um amém igreja?? Até quem fim Luce, eu te liguei a noite toda!

-Hum... O que foi?

-Onde você está?

-Não sei...acho que na casa do Fernando!

-Oh merda! Então não era notícia falsa!

Pelas Ruas De New YorkOnde histórias criam vida. Descubra agora