Amigas não, por favor! (CAMREN)

Reencontro

Camila POV

Confesso que fiquei surpresa com a visita dos embaixadores que vamos receber, quando eles me mandaram um email da Organização das Nações Unidas dizendo que eles estavam interessados em conhecer nossa ONG e o projeto que criamos para poder usá-lo como modelo em outras instituições não-governamental eu pensei: Deus, meu sonho está virando realidade!

Se o governo realmente fizesse a parte dele, nós não veríamos tanta injustiça, mas graças a Deus ainda existe pessoas com nós e como a Lauren, graças a ela agora teremos uma enfermaria e poderemos ampliar boa parte das instalações da ONG. Quanto mais eu conheço da Lauren mais eu gosto daquela indomável mulher. Finalmente os embaixadores chegaram, eu esperava receber uma comitiva com mais gente, mas vieram apenas quatro pessoas, duas senhoras na casa dos sessenta anos e uma mais jovem na faixa dos trinta, trinta e poucos eu acho, ela era ruiva, alta, muito bonita e atendia pelo nome de Roberta Morgan. O único homem presente se chamava Thomas Robinson e era de longe um dos mais bonitos espécimes masculino que já vi, e usando as palavras da minha irmã: aposto que muitas calcinhas ficaram molhadas por causa dele. Enquanto que o homem não tava nem aí pra um monte de mulher desesperada. Foi o que eu observei.

Depois de apresentá-los a minha equipe, nós fizemos um tour pelas instalações da ONG, feito isso, nós demos inicio a reunião que pelo cronograma que elaboramos começou bem atrasada, às sete horas em ponto pra ser mais exata. Meu jantar com a Lauren pelo visto foi pro espaço, e ainda tinha a questão do Matt pra resolver com meus pais. Com essa correria toda eu não tive nem como ligar ou mandar uma mensagem pra Lauren pra cancelar nosso compromisso, espero que ela não fique chateada agora que estamos bem, principalmente porque tem uma versão ruiva dela sentada na minha frente e que já deu olhadas suficientes no meu decote. Sim, estou falando de Roberta Morgan, ela é bonita e atraente, mas não tem o charme e a imponência da minha mulher fatal, então não me atrai. Terminamos a reunião de apresentação por volta das oito e meia, minha equipe e os embaixadores combinaram tudo para a amanhã seguinte, sim, eles vão ficar por mais dois dias pra ver na pratica como funciona tudo na ONG.

Ally convidou os embaixadores pra jantar e eles prontamente aceitaram o convite, menos as duas senhoras, eram visíveis os sinais de cansaço das duas mulheres, com exceção de Roberta e Thomas que são americanos as duas senhoras tiveram que cruzaram o oceano, e não é algo divertido cruzar o oceano por onze horas seguidas dentro de um avião. Principalmente para pessoas medrosas como eu, você pode dormir e acordar do outro lado, literalmente. Dinah se prontificou para levar as senhoras para o hotel, e tanto ela, quanto Ally e eu combinamos de desmarcar todos os compromissos que tínhamos pra esses dois dias, inclusive os de hoje acabaram indo junto.

- Tenho que parabenizá-las meninas, pelo pouco que já vimos vocês fazem um trabalho incrível aqui. -- Thomas diz.

- Realmente! É um trabalho muito bem executado e o melhor e mais importante, é feito com amor. -- Roberta concorda com o homem

- Obrigada, mas como vocês sabem, nós dependemos de muita coisa, principalmente da boa vontade, da generosidade e do tempo das pessoas. Sem isso não poderíamos fazer nada do que estão vendo. Também estou muito feliz por saber que nosso projeto vai servir como base pra outras ONGs -- eu digo.

- Camila tem razão, e graças a Deus temos um anjo que tem nos ajudado muito. Ela é nossa mais recente bem feitora e não temos nem palavras pra agradecer tudo que ela já fez por nós. -- Ally diz e eu fico toda orgulhosa, pois sei de quem ela está falando.

- Seria muito gratificante conhecê-la um dia. O mundo precisa de mais pessoas assim. -- Thomas diz.

- Então, os senhores têm preferência por algum tipo de comida? -- Ally pergunta educada.