O convite

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Depois que Lauren saiu, eu permaneci um tempo no sofá da sala fazendo um pequeno balanço do que aconteceu com a gente horas atrás, inclusive não parava de pensar no beijo que aquela sem vergonha me deu. Eu comecei a rir lembrando no quão valente ela foi pra me defender, não quero nem imaginar o que aconteceria se aqueles caras estivessem armados.

Decidi tomar um banho para retirar as más energias que me acompanharam o dia todo, eu fiz isso rapidamente, vestir um roupão e fui até a cozinha tomar um copo com água. Mas ao passar pela sala eu vi mexer no trinco da porta e o pavor voltou a me assombrar, depois do que eu passei hoje qualquer coisa vai me assustar por um bom tempo. Eu me preparei para o pior segurando um bastão de baseball que Dinah jura que é uma arma e fui de vagar até a porta e quando a mesma se abriu, era Dinah e Ally me olhando com a mesma cara de susto que eu.

- Vocês querem me matar de susto?

- Meu Deus Camila! Susto teve a gente. Que cara é essa? -- Dinah pergunta

- É, e que cheiro é esse?

- Cheiro? Que cheiro? Não te nada estragado em casa. -- digo disfarçando e vou guardar o bastão enquanto elas sentam no sofá.

- Não estamos falando de nada estragado e sim de perfume bom. E a julgar pelo seu estado de: acabei de sair do banho às duas da manhã, eu imagino que o Matt esteve aqui. -- Ally diz.

- Tem alguma coisa errada então, Ally. Estamos falando de um perfume bom, marcante, forte e com certeza, caríssimo. Isso implica dizer que a pessoas que esteve aqui além de bom gosto, tem atitude e muito dinheiro. E pela cara de susto da Camila quando a gente entrou, a pessoa que esteve aqui não era o Matt.

- Dinah, você já pensou em ser detetive? -- ally pergunta e as duas riem.

- Dá pra vocês calarem a boca? Eu tive um dia péssimo e minha noite quase terminou em tragédia.

- Meu Deus Camila! O que aconteceu? Quando a gente se falou você disse que estava tudo bem. -- Dinah me olha assustada.

- Até aquele momento estava, Dinah. O problema veio depois.

- Fala logo Camila! -- Ally pede.

- Uma das crianças da ONG se machucou e eu tive que ir às pressas com ela para o hospital, mas o alvoroço veio depois. Eu liguei para os pais da criança e adivinhem? Eles estão ilegais no país e eu só descobri porque pediram a documentação deles. Eles se desesperaram, eu me desesperei sem saber no momento o que fazer para ajudá-los, vocês não estavam aqui...

- Por que não ligou pra gente?

- Eu até tentei mais não consegui e mesmo que vocês estivessem aqui, vocês também não poderiam fazer nada também. Eu dei um bolo nos meus pais o nos meus padrinhos, Matt me deixou na mão, eu tive que mentir para o departamento de imigração e para o hospital... O bom é que no final deu tudo certo eu consegui resolver tudo sozinha.

- Camila você enlouqueceu? O que você fez foi um erro e você quase se comprometeu com a justiça. Acobertar imigrantes é crime sabia?

- Eu sei, eu sei tá bom?

- Como fez pra resolver isso?

- Por sorte o medico plantonista era o Josh, aquele rapaz que ajudou a gente aqui um tempo, lembram dele? -- elas assentiram e eu continuei -- Eu expliquei o caso e ele se comoveu e não passou o mesmo pra direção do hospital, ele também arriscou o emprego dele. A criança fraturou o braço e ele a operou, agora ela está bem, e eu só fiz o que fiz porque o caso deles é parecido com o que eu minha família passamos aqui. No final eu estava acabada e só precisava de um pouco de álcool, ai tive a brilhante idéia de ir sozinha para aquela boate que fomos com a Normani outro dia. Tomei um porre e nem me dei conta e quem é que eu encontro lá? A senhorita arrogante e paqueradora de mulheres. Isso mesmo, Lauren Jauregui, ou melhor, a tempestade de olhos verdes.

Amigas não, por favor! (CAMREN)Onde histórias criam vida. Descubra agora