Camila

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Pois é, gostar de Camila Cabello só poderia dar nisso! E como fã, eu decidi transformar uma ficção que estou escrevendo a um tempo em fanfic, essa foi a forma de homenagear essa latina maravilhosa que me inspira tanto quando estou escrevendo. Espero que quem me acompanha curta essa história também, pois é mais um livro que pretendo publicar um dia. Só para lembrar, a publicação manterá a versão original do livro que não deixa de ser um romance lgbt. Quero ressaltar que a maioria dos personagens são originais do livro caso haja alguma estranheza com os nomes dos mesmos, a unica diferença são só os personagens principais que no caso a maioria já conhece por se tratar de uma fanfic. 

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A antiga Camila havia morrido, e eu não diria que foi por um ou outro motivo e sim, por varias razões. Como sei disso? É simples. Eu mesmo apertei o gatilho. Não, eu definitivamente não estou ficando louca nem cometi um suicídio, pelo menos não fisicamente.

Você pode não estar entendendo nada agora, mas acredite, eu mesmo só percebi que vivi uma grande mentira quando encontrei aqueles olhos 3D. DESCARADOS, DEPRAVADOS e de fazer DELIRAR até a mais sã de todas as mulheres. Eu peço apenas que guarde minhas palavras porque foi graças a essa tempestade de olhos verdes que minha ficha caiu, foi nesse exato momento de lucidez seguido de revolta que finalmente eu fiz em uma semana o que deveria ter feito a vida inteira, como eu disse inicialmente essa é apenas uma pequena introdução das muitas metáforas que compõe a minha vida.

A minha historia é igual a tantas outras, mas a verdade é que eu tinha escolhido ser diferente de tudo que já experimentei, o problema é que a droga de realidade em que eu vivia não me permitia ser nem fazer nada disso. E ela, a minha historia começa mais ou menos assim:

Eu sou Camila Cabello, tenho 27 anos, mas quando mudei com meus pais de Cuba para os EUA, eu tinha apenas 10 anos. É basicamente ai que começa minha jornada, bom, mais da minha família do que minha. Por enquanto.

Não foi fácil conseguir nossa permanência no país, não vou prolongar mais também não pretendo pular a parte triste da história na qual meus pais e eu dormimos em abrigos e que meus pais trabalharam lavando pratos, em oficinas e lava-jato para nos sustentar, foi aí que veio a oportunidade. Depois de um tempo meus pais conseguiram um emprego fixo e um visto permanente e eu, a dupla nacionalidade. Com as amizades e os contatos que meu pai fez, ele conseguiu abrir seu próprio negócio, uma pequena firma na área de construção civil que mesmo não sendo de grande porte é bastante requisitada em Miami. Um fato curioso sobre mim é que não estudei em colégios particulares e aprendi o inglês americano sozinha. Autodidata? Não, necessitada mesmo, viver em um país como este custa os olhos da cara, literalmente.

Vivi boa parte da infância e adolescência em Miami, mas morei cinco anos em Nova York com minhas primas Dinah e Ally pra cursar a faculdade. Me formei em administração e também fiz um curso de dança e de artes cênicas pra descarregar um pouco o estresse que se acumulou em mim durante esse período na faculdade além do que era algo que eu realmente adorava fazer. Graças a essa paixão eu fiquei relativamente conhecida, pois um dos meus professores montou uma peça na Broadway e me convidou. Foi assim que ganhei certa notoriedade e também acabei descobrindo porque os famosos fazem de tudo pela fama, ela é igual à dor de barriga, dá e passa mais de pressa do que se pensa, de certa forma eu os entendia, pois viver no mundo real as vezes é uma droga e que as pessoas que não são famosas, são apenas meros mortais sem muita glória. Foi nesse meio louco que acabei conhecendo meu atual namorado, Mathew. Eu acabei descobrindo depois que éramos da mesma cidade e que o pai dele era um político muito conhecido por lá. Apesar de ser filho de um político ''importante'' em Miami, Mathew ganhou notoriedade na mídia local por ser um playboy que sabia dar bons conselhos para as pessoas conquistarem umas as outras como ninguém. Mas depois de um tempo de namoro eu descobri que aquilo tudo era só papo furado. Mathew estava mais para um ''bon vivant'' do que mesmo outra coisa, no final ele era igual ao pai, adorava política, notoriedade e dinheiro também. Minhas primas e eu decidimos voltar pra Miami e meu namorado apaixonado veio junto, e é aí que começa meu martírio. Para ser sincera eu não sei em que fase ou em que momento da minha vida eu me tornei tão permissiva e tão submissa.

A falta do que fazer quando retornei a Miami fez com que eu tivesse uma grande ideia, com o apoio das minhas primas, de alguns empresários e alguns ''políticos solidários'' a causa, nós criamos uma espécie de baile anual para arrecadar fundos para montar uma ONG, uma espécie de centro cultural e estudantil para filhos de imigrantes e também para crianças carentes de Miami. Deu tudo certo, Ally era nossa psicóloga, Dinah assistente social e também a professor de teatro e eu, a administradora e professora de dança, mas tínhamos diversas modalidades fruto de algumas parcerias que fizemos a uns dois anos e meio depois da inauguração, o que acabou sendo muito legal, diga-se de passagem. Mas o problema de todo projeto social e humanitário como sempre, não são os doadores e sim os aproveitadores.

Amigas não, por favor! (CAMREN)Onde histórias criam vida. Descubra agora