Capítulo 19 - Despertar

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CAMILA POV

Coloquei uma Camila visivelmente cansada dentro da banheira com água morna, me acomodei atrás dela e ficamos ali quietinhas. Eu iniciei uma massagem em suas costas e Camila me pareceu gostar bastante, daí eu pensei: ou eu abusei de mais da Camila ou o fato dela estar assim era porque a sua vida sexual com o namorado sempre foi uma verdadeira droga, tanto que a deixei exausta.

- Acho que não vou aguentar descobrir o quanto você é insaciável. Desculpe, sou uma vergonha. -- ela diz me fazendo rir. Camila era diferente das mulheres que costumo sair, ela é natural, espontânea e sua falta de experiência era culpa do sexo ruim que deram a ela. Camila apesar dos jogos de sedução que faz comigo era muito inocente em muitos aspectos e isso me deixava ainda mais fascinada com ela.

- Você é maravilhosa Camila. Eu não quero abusar, mas devo confessar que é bem difícil estar assim com você e não ficar excitada.

- Se eu tiver mais uma dose de sexo como o que acabamos de fazer, vou acabar dolorida e viciada. -- ela ri.

- Adoraria ser a responsável por isso. -- nós rimos e ela se calou por um instante se recostando em meu abraço

- Lauren... Desculpe o modo estúpido que agi com você. Eu sempre tive que engolir alguma coisa, mas com você é diferente, e eu nunca tive nada igual ou parecido. Às vezes isso me assusta um pouco, entende? Você entrou na minha vida como uma tempestade e depois disso nada ficou no lugar, mas apesar da bagunça, eu realmente gostei disso. Pela primeira vez eu me sinto viva de alguma forma. Você faz eu me sentir bem, protegida, livre.

- Camila, pode até parecer estranho e eu sei que é por ''n'' fatores, mas, é exatamente assim que eu me sinto em relação a você. -- eu a abraço e entrelaçamos as nossas mãos.

- Você tem mesmo que viajar? 

- Sim

- Entendo -- ela diz desanimada -- Você tem alguém te esperando? -- ela pergunta meio receosa.

- Sim, mas não o ''alguém'' que você está pensando senhorita curiosa. Quando não viajo a trabalho, viajo para visitar minha família e isso não inclui mulheres ou aventuras. Quando estou com eles, é só com eles. -- percebo pelo seu sorriso tímido que ela gostou da minha resposta.

- Você não se sente sozinha morando em apartamentos tão grandes? Digo, não sente falta de uma companheira? Alguém pra conversar, pra dividir momentos e te fazer um café, cuidar de você e essas coisas, sabe? Alguém pra quem voltar no final do dia. 

- Apesar de não parecer, eu sou uma pessoa muito família e adoro crianças como você já percebeu, o problema é que tenho um ritmo de vida bem agitado e isso acaba dificultando um pouco as coisas. Eu sei que isso não é desculpa mais acabei me acostumando com essa rotina. Minha irmã diz que estou ficando velha e que preciso aquietar o facho pra ter uma relação monogâmica sadia.

- Concordo com ela. Só depois que comecei a trabalhar com crianças foi que percebi o quanto essas pequenas coisas são importantes e o quanto elas podem fazer a diferença na vida das pessoas. Falando em crianças, você ganhou um fã clube e tanto, sabia? Você tem muito jeito com crianças.

- Eu também gostei muito delas. Percebi que vocês trabalham com uma quantidade de crianças carente muito grande e que precisam de algo maior pra dar suporte a elas. Eu tenho uma idéia pra ajudar vocês com isso, mas não vou contar agora. -- ela parece surpresa.

- Você já nos ajudou mais do que muita gente Lauren. Você não tem idéia de como eu, meus parceiros, as crianças e os pais delas somos agradecidos a você por isso. Não quero nem pensar o que será dessas crianças se um dia essa ONG fechar.

Amigas não, por favor! (CAMREN)Onde histórias criam vida. Descubra agora