Just a Wrong Message

I'm in love

Olá pessoinhas, então, depois de mil anos eu voltei!!!!!

Sem muito bla bla bla queria dizer que vou continuar a postar e não, eu não vou deixar sem um final, pois não é justo. Então é isso, desculpa a imensa demora e boa leitura ;) 

Camila

- Camz, eu acho que você deveria aceitar o fato de que vai dormir aqui essa noite. – Eu podia sentir os olhos dela mirando minhas costas parcialmente nuas se não fosse pelo lençol branco que eu segurava desajeitadamente para cobrir meu corpo enquanto olhava a neve caindo lá fora. Os flocos caiam sem dó nem piedade forrando a rua e escondendo os carros que estavam parados nela. Meu corpo arrepiou ao sentir as mãos quentes e habilidosas de Lauren dedilhando minha coluna na parte onde o lençol não alcançava das minhas costas e quando ela passou o braço pela minha cintura colidindo meu corpo ao corpo nu dela eu soltei um suspiro profundo.

- O que foi? – Ela disse com o tom de voz doce e eu me derreti novamente deixando meu corpo relaxar contra o dela. – O que está te deixando assim? Por que está tão preocupada em ir embora? – Ela perguntava com a voz calma distribuindo beijos suaves no meu ombro direito.
A calmaria dela contrastava perfeitamente com o turbilhão de coisas que se passavam pela minha cabeça. Tudo com ela acontecia rápido demais, intenso demais, gostoso demais. Eu queria ficar com ela aquela noite, a neve não me deixava ir embora em segurança, mesmo que eu precisasse caminhar apenas alguns minutos para chegar em minha casa, o vento balançava os galhos secos e até derrubava alguns fazendo-os correr como se tivessem vida própria pela rua, o branco da neve que caia misturada ao vento forte que cortava a rua assustava qualquer pessoa que pensasse em se aventurar pela rua a fora, mas o que mais me assustava era pensar que eu teria que ficar ali. Lauren continuava ali, com sua calmaria inesperada por mim, desde o início tudo foi tão intenso entre nós duas que aquela tranquilidade estava me incomodando.
Virei de frente para ela e aquela imensidão verde me encarou. Os olhos dela estavam tão claro, de um tom que eu ainda não tinha sido apresentada nessa vida, ou talvez até em outras vidas.

- Você está com medo de ficar aqui, não está? Acha que é muito cedo, muito precipitado, que as coisas entre a gente estão indo rápido demais. – Ela jogou os cabelos para trás com um movimento lindo de pescoço e eu apenas assenti concordando com o que ela falava. Ela sorriu compreensiva e eu ainda estava me perguntando como ela sabia o que se passava na minha mente. – Eu te entendo, Camz, mas seria muita irresponsabilidade minha deixar você sair daqui com esse tempo maluco lá fora. Eu não vou fazer isso. – Seu tom de voz na última frase ficou mais sério e eu suspirei pesado mais uma vez.
- Eu sei que o mundo está caindo lá fora, Lauren, e eu não estou me fazendo de santinha, por favor, acredite, a última coisa que eu quero é me fazer de santinha para você. – Ela me olhou confusa.
- Eu sei que não quer, eu entendo, Camz. Está tudo bem, eu entendo completamente e concordo que as coisas estão fluindo bem rápido entre a gente.

- Fluindo rápido é apelido, olhos verdes. – Passei meus dois braços ao redor do pescoço dela a trazendo para mais perto de mim, nossos corpos estavam tão colados que mesmo soltando o lençol que me cobria ele não caiu do meu corpo. – Elas estão mais rápidas que carros de corrida de arrancada. – Selei nossos lábios e a senti sorrir contra os meus. - Como a velocidade da luz. – Disse sem desgrudar totalmente seus lábios dos meus. – Mas quem disse que elas não podem ser rápidas, Camz? – Suas mãos apertavam minha cintura com firmeza enquanto seus lábios ainda roçavam mesmo que de leve nos meus. – Quem disse que eu não quero que sejam rápidas? Você não quer? – Ela afastou um pouco o seu rosto do meu encarando meus olhos. – Se você não quiser a gente pode ir mais devagar, podemos diminuir o ritmo, mas de jeito nenhum você sai desse apartamento hoje. – Ela afastou seu corpo do meu somente o necessário para que o lençol que antes estava entre nós caísse e se esparramasse no chão. Olhou para baixo e subiu lentamente aquele olhar com aquele sorriso sacana nos lábios me fazendo entender e querer ficar nesse quarto o resto dos meus dias.