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Jungkook

Anos atrás...

- Sr. Jeon? -o médico perguntou para meu pai, fazendo eu e ele levantarmos do sofá em que estávamos em um pulo.

- Sim? Como ela está doutor? -a voz de meu pai transmitia aflição.

- Fizemos tudo que podia, mas... -o médico não sabia como dar aquela notícia, apesar de acostumado com situações como essa. A morte era cruel demais. - Bem, a senhora Jeon estava muito fraca e não resistiu a cirurgia. Eu lamento. -disse com o olhar triste e amigável intercalando entre eu e meu pai.

- NÃO! NÃO PODE SER! EU QUERO VER MINHA MÃE! -eu gritava a plenos pulmões, enquanto meu pai tentava me conter.

- Filho! Calma, o pai está aqui. Você tem que ser forte. Eu vou estar sempre com você. -meu pai me abraçou me confortando.

Hoje em dia...

Estava dormindo quando fui surpreendido por um soco em cheio no meu rosto. Tento levantar ainda meio desnorteado pelo sono e pelo soco repentino.

- ESTÁ LOUCO? -grito a plenos pulmões para o homem embreagado a minha frente.

- SAIA DA MINHA CASA SEU VIADINHO DE MERDA. EU TIVE UM FILHO HOMEM PARA ELE AGIR COMO HOMEM, E NÃO COMO UMA BICHINHA. -o velho gritava com uma garrafa de cerveja na mão.

Me levanto rapidamente da cama quando o mesmo faz menção que vai atirar a garrafa em mim. O mais velho joga a garrafa no chão, partindo-a em vários estilhaços fazendo o forte cheiro de álcool subir pelo cômodo.

- VOCÊ É O MEU MAIOR DESGOSTO! -com olhos raivosos cuspia todo seu ódio em mim.

Não conseguindo segurar minhas lágrimas, me desabo a chorar.

- É TUDO CULPA SUA. -o velho continua. - A MERDA QUE A GENTE VIVE HOJE, É TUDO CULPA SUA! -gritou vindo para cima de mim, me empurrando.

Meu corpo bate fortemente contra a cômoda ao lado da minha cama, me fazendo perder o ar por um instante.

- SUA MÃE ESTÁ MORTA E A CULPA É SUA! -o homem agarra minha camiseta e me sacode sem pena. - SUA IRMÃ SE FOI TAMBÉM E A CULPA É TODA SUA! SEU ESTÚPIDO. NEM UMA FACULDADE QUE PRESTE VOCÊ CONSEGUE FAZER! -ainda segurando minha camiseta, me puxa para cima e me joga em direção à porta.

Consigo me levantar antes que ele se aproximá-se de mim novamente. As lágrimas escorriam pelo meu rosto.

Com medo do que ele pudesse fazer, corro para fora. Corro muito, corro como se não houvesse amanhã.

Quando meus pulmões gritam para que eu parasse, suplicando que eu respira-se fundo, me dou conta de que estava longe o suficiente de casa. Sento em um banco próximo e desabo a chorar novamente.

Ele prometeu para minha mãe que cuidaria da minha irmã e de mim. Ele prometeu que sempre iria nos apoiar. Prometeu... Prometeu... Prometeu... Promessas vazias.

Meu peito gritava de dor, minha alma ferida suplicava para que aquilo tudo passasse.

Levo a mão ao bolso do moletom que estava vestido e agradeço aos céus por meu celular estar ali. Disco o primeiro número que lembro e rezo para que fosse atendido no primeiro toque.

Primeiro toque... Segundo toque... Terceiro toque...

- Por favor... Por favor! -eu pedia. Quarto toque... -Vai atende, por favor!

- Kookie? -finalmente a voz sonolenta atende e as lágrimas que eu havia controlado voltam à tona.

- Me ajuda! Por favor!

🖤

Bato na porta uma vez e a mesma já se abre sem demora.

- Tae. -abraço meu amigo e choro desesperado, sentindo o mesmo me puxar para dentro de seu apartamento e fechar a porta logo em seguida.

🖤

Taehyung estava sentado em sua cama, enquanto eu chorava e soluçava sem conseguir me controlar, com a cabeça apoiada em seu colo depois de contar o que aconteceu. O mesmo que tentava a mais de meia hora me fazer parar de chorar.

- Você já tentou conversar com ele civilizadamente? -pergunta acariciando meus cabelos. Me levanto, sentando de frente para si com as pernas cruzadas.

- Aquele monstro não sabe conversar civilizadamente com ninguém. -bufo triste. - Ele joga a culpa de tudo que estamos passando durante esses cinco anos em mim. -fungo me jogando deitado novamente na cama. - Hoje cedo discutimos, ele descobriu que eu fui demitido.

- VOCÊ O QUE? -pergunta incrédulo com os olhos arregalados.

- E-eu... -engulo seco. - Perdi o emprego. -suspiro cansado, fecho meus olhos e as lágrimas que achei que tinham se cessado ainda estavam ali. Um nó forma em minha garganta quando lembro que estava brigado com Yugyeom. - E para piorar, meu namoro está por um fio. -uma única lágrima solitária escorre e desce pelo meu pescoço, terminado no lençol branco de Tae, molhando-o.

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Estou revisando os capítulos e mudando alguns detalhes nela 😁

my gogo boy (jjk + pjm)Onde histórias criam vida. Descubra agora