❤️{Guerra declarada}❤️

1.3K 76 51
                                    

Abri meus olhos devagar, embora minha vista estivesse um pouco embaçada nos primeiros segundos eu percebi que estava numa sala branca e pude ouvir vozes abafadas vindo de alguém que eu não reconhecia no momento.

Quando minha visão desembaçou por completo, reconheci a ala médica do castelo e as vozes que ouvia anteriormente também foram reconhecidas depois de certo tempo. Era minha mãe e mais outro alguém que eu provavelmente não conhecia.

— Star? - Minha mãe chamou-me quando percebeu que eu havia acordado.

Ao me questionar por que eu estava ali, me lembrei dos acontecimentos de autrora e me levantei rapidamente fazendo-me ficar sentada na maca onde eu estava deitada. Minha cabeça girou por conta da rapidez mas minha mãe se aproximou de mim e colocou sua mão no meu ombro num sinal de que eu deveria me acalmar.

— Mãe? - Perguntei-lhe trêmula deixando meus olhos marejarem enquanto ela me envolvia num abraço caloroso.

Ela acariciava meus cabelos devagar e de vez em quando depositava um beijo sobre minha cabeça ao tentar me acalmar.

— Vai ficar tudo bem, querida. - Enxugou minhas lágrimas quando separei o abraço.

Ela sentou-se ao meu lado na maca onde eu estava sentada e passou a me encarar num sinal para que eu falasse o que havia acontecido algumas horas antes.

— Eu sinto muito, querida. - Começou ela e eu encarei meus pés que balançavam por estar pendurados. — Não quis te magoar nem fazê-la ficar triste. Eu apenas quero que você reconheça que não a nada mais que você possa fazer a respeito disso. - Suspirou triste. — Então eu-

— Não se desculpe. - A interrompi friamente. — Desculpas não vão fazer eu te odiar menos nem muito menos parar de te odiar. - Enxuguei minhas lágrimas bruscamente fazendo a área dos olhos ficarem provavelmente vermelhas. — Eu sei que uma guerra está vindo e seu também o que tenho que fazer. - Levantei de onde eu estava sentada sem olhar no rosto de minha mãe. — Só que diferente do que pensas, querida mãe, não vou seguir as regras que você vai impor a mim.

— Quer se matar? - Gritou minha mãe já de pé segurando-me pelo braço. — Pare de agir como uma idiota irresponsável, Star! - Soltei me bruscamente e fui caminhando em sua direção o que a fez dar alguns passos para trás.

— Eu cansei de seguir suas ordens, Rainha Moon. - Apontei o indicador e ela bateu na minha mão.

— Você só pode ter batido a cabeça muito forte. - Gritou me arrastando pelos cabelos até meu quarto, onde me jogou no chão. O impacto não foi tão grande já que o grande tapete que havia no meu quarto amorteceu a queda minimamente. — Sinto lhe em dizer que você não está pensando direito, "Princesa" Star Butterfly. - Comentou fria antes de se alterar novamente. — E VAIS PERMANECER AÍ ATÉ QUE AJA COMO TAL!

Ela bateu a porta com força logo em seguida, fazendo a mesma estremecer. Me levantei rapidamente, ignorando a dor e tentei desesperadamente abrir a porta. Mas ela estava trancada.
Comecei a chutar a porta, me xingando mentalmente, xingando o Marco, xingando minha mãe, xingando a porta. Só parei por que meus pés estavam doendo insuportavelmente e haviam ficado dormentes.
Tirei meus sapatos ficando apenas de meia e Joguei-me na cama com força, afundando meu rosto no travesseiro. Gritei de raiva ali mesmo, mas por estar com o rosto do travesseiro o grito provavelmente só foi ouvido no meu quarto Embora minha garganta doesse como se eu tivesse gritado para todo bunker ouvir. É. Eu já estava naquele maldito bunker, de onde era mais difícil sair que o castelo.
Não sei ao certo, mas há cerca de 13 andares subterrâneos, fora o forte do exército real que não é subterrâneo.

Me levantei da cama e fiquei caminhando em círculos no tapete do quarto, pensando em alguma forma de sair dali. A magia ali dentro é bem reduzida, e mesmo que não fosse, minha varinha deve estar com minha mãe já que quando eu acordei estava sem ela.

Tentar arrombar a porta, faria muito escândalo e isso chamaria atenção da ronda de guardas desse andar. Talvez se eu estivesse no castelo, eu conseguiria sair, já que há várias saídas escondidas em todos os cômodos. Mas, eu estou nesse bagulho aqui, que eu praticamente não conheço, o que torna impossível minha escapatória desse quarto.

MAS QUE RAIVA!

Me joguei no tapete, soltando um grunhido de dor do impacto que eu pensei que seria menor, e fiquei ali por longos minutos pensando nos acontecimentos anteriores até que ouvi o barulho da porta sendo destrancada e logo após sendo aberta por completo, o que me fez dar um pulo de ficar em pé novamente. Pra minha surpresa, não era ninguém menos que meu pai.
Corri imediatamente para abraça-lo e ele retribuiu o abraço com um sorriso no rosto. Passamos um tempinho assim, até que notei algumas coisas em suas mãos.

Era um papel enrolado no formato de cilindro, minha coroa e minha varinha mágica.
Ele colocou a coroa em minha cabeça fazendo uma reverência por brincadeira e me entregou o papel juntamente com a varinha.

— Sua mãe anda muito estressada esses dias, querida. - Acariciou minha bochecha e arrumou superficialmente meus cabelos. — Mas que todos nós. Talvez ela não estivesse pensando direito quando te trancou aqui, mas não fique com raiva dela. Ela te ama, assim como eu. - Depositou um beijo em minha testa. — Agora vá e faça o que for preciso para conseguir ser feliz, minha pequena. - Abriu caminho para minha passagem e eu o abracei rapidamente, antes de seguir caminho.

Me afastei rápidamente mas quando cheguei num ponto do longo corredor já que eu não fazia ideia de para onde ir. Voltei minha atenção ao papel que eu estava segurando junto a minha varinha e desenrolei o papel me dando conta de que aquilo era a planta do bunker. Estava no penúltimo andar subterrâneo do bunker então eu teria que encontrar logo as escadas. De acordo com a planta, havia uma saída de emergência no forte do exército real, onde raramente havia guardas e daria para sair facilmente já que eu era da realeza e tranca daquela porta só era para membros da realeza.

Corri o mais rápido possível fazendo o mínimo de barulho possível pelo corredor 12-B já que estava na hora das trocas de turnos de vigilância daquele corredor, e era o melhor horário para passar por ele.

E em alguns minutos, só faltava apenas um andar pra que eu conseguisse finalmente sair dali.

— Princesa Star? A senhorita deveria estar no quarto. - Falou um guarda fazendo-me sair de meus devaneios. Sem nem pensar duas vezes, corri imediatamente para encontrar a saída, o que fez com que meu plano perfeito desse estremamente errado. Meus passos estavam fazendo barulho e chamando atenção de vários guardas ao mesmo tempo.

Quando cheguei na saída de emergência, fiz um feitiço que manteve uma barreira por um tempo, enquanto eu pegava um kit de primeiros socorros que tinha ali perto e saía do forte.

O plano foi bem improvisado no final, mas deu tudo certo. Embora eu soubesse que daqui pra frente eu teria que ser bem mais estratégica.

Ao sair das terras reais e me deparar com Mewni, senti um grande aperto no peito ao ver toda aquela destruição.

Então, a guerra está oficialmente declarada.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Sep 28, 2018 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Broken Hope - Star & Marco [Marco Dark]Onde histórias criam vida. Descubra agora