Reencontro Part. 2

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O encarei por apenas mais alguns segundos, até abaixar minha guarda por completo, transformando minha arma em varinha novamente. Porém ele não abaixou a sua espada um milímetro se quer e pulou do topo daquele poço (que mais parecia uma torre), aproximando-se de mim, encostando minimamente, sua lâmina no meu pescoço.

Completamente contra minha vontade, senti uma gota de suor frio escorrer livremente pela minha testa, deixando evidente o meu nervosismo, sem mencionar a minha expressão de medo evidente. Enquanto isso, ele mantinha um semblante inespressivo acompanhado de um olhar frio direcionado aos meus olhos.

— Marco... - Saiu como um sussurro, mas foi tudo o que saiu. Ele apenas  distanciou sua espada sem abaixar a guarda e continuou mantendo suas orbes castanhas focadas em qualquer movimento vindo de mim. — Não se lembra de mim? - Perguntei receosa, apertando a varinha em minha mão direita.

— Lembro sim, Star. - Embora tenha demorado alguns segundos para responder, sua voz saiu firme e muito mais confiante do que o Marco que eu conhecia.

— Eu... Eu senti tanta sua falta... — Choraminguei deixando meus olhos marejarem. — Aonde você esteve, seu bobo? - Brinquei abrindo um sorriso fraco, mas na mesma velocidade que ele se formou, ele desmanchou-se quando percebi que ele não retribuía.

— Eu não devo-lhe satisfações. - Respondeu seco, finalmente abaixando sua espada, que voltou a ser uma varinha.

Com essa única frase, meu mundo desabou e se desfez em pedacinhos, já que eu já  sabia que tinha perdido meu Marco para a escuridão.

O que ele fez com você? - Perguntei tentando me manter firme, após sair daquele transe. Falhei miseravelmente. Até apontei minha varinha mas comecei a tremer, mesmo segurando-a com as duas mãos.

— O Toffee? - Perguntou retórico. — Abriu meus olhos e foi um bom mestre.

— "Foi"? - Enfatizei curiosa.

— Ele já está morto, estrelinha. - Pronunciou meu nome em deboche, embora eu tenha ficado, digamos, feliz com a notícia.

— Então... Você veio... Fazer as pazes? - Eu  juro que tentei fazer uma afirmação ou deboche, mas o que saiu estava bem longe de ser até mesmo uma pergunta retórica.

— Claro que não. - Afirmou óbvio. — Estou muito longe de agir como o garoto-prudência de antigamente.

Ah, meu garoto-prudência...

— Mas que droga você quer? - Voltei a chorar, me desesperando. — Tomar Mewni? Me matar? Torturar as pessoas de Mewni? - Minhas mãos começaram a tremer mais.

— Na verdade eu nunca pensei no que realmente quero... - Sorriu cínico, abaixando minha varinha sem medo algum. — Mas a ideia de tomar Mewni pode se tornar uma opção.

— Como assim? - Questionei temerosa.

— Sabe, sendo um legítimo butterfly, eu tenho todo direito. - Sorriu irônico.

— Legítimo... Butterfly...? - Sussurrei quase inaudível para mim mesma.

— Mentiram pra mim sobre todo durante 14 anos, Star. - Voltou a ser frio novamente. — Acha mesmo que eu voltaria a ser o garoto idiota de antes?

Antes que eu pudesse (tentar) argumentar algo, ouviu-se um estrondo que abalou o santuário mágico inteiro e fez com que eu e Marco, tivéssemos dificuldades para ficar em pé e me arrepiar tarde a espinha.

— Então já começou... - Ele sussurrou para si.

- O-o que já começou? - Questionei com medo da resposta.

- Uma guerra, Star.  -  Recordei-me das palavras de minha querida e rígida mãe. - Os monstros perderam seu honorável líder e farão mewni pagar por todo sofrimento que lhe fizeram passar. - Comentou ainda frio.

Congelei por alguns minutos e voltei a realidade depois de piscar varias vezes.

- Sem nenhum líder, vão acabar se, matando. Isso sim. - Comentei após engolir em seco ao tentar parecer confiante e firme.

- Você continua sendo lenta, star. - riu em deboche. - Eu fui treinado para ser o líder deles. não se preocupe, eu posso começar matando você. - Sorriu docemente falso como se fosse me fazer algum tipo de favor. — Eu serei o líder deles e vingarei minha linhagem. - Gritou confiante enquanto o estrondo aumentou e rachaduras se começaram a se formar nas colunas do santuário.

Como eu sou idiota...

Minha varinha começou a emitir um blilho forte e esverdeado enquanto a dele não se alterou em nada, até que ele a posicionou para frente e fechando os olhos, emitiu um blilho vermelho, em menos de segundos, uma explosão saiu de sua varinha em minha direção, mas eu consegui desviar com facilidade.
Eu tinha que admitir que ele manuseava a varinha com muita maestria mas o que mais me chamava atenção naquilo tudo era o fato de que ele não hesitava em me atacar.

— Você... Não sente mais nada por mim? - Perguntei-lhe enquanto eu desviava de ataques múltiplos vindo dele mas ele não me respondeu. — Quando foi que você se tornou tão insensível? - Berrei com voz trêmula.

— Não sou insensível. - Respondeu simplista rebatendo um feitiço meu, que bateu longe. — Apenas não demonstro o que sinto.

Dessa vez, ele lançou um feitiço que eu não consegui desviar e logo bati a cabeça contra parede e dei um grito antes de perder a consciência.




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Eu sei. Eu sei. Eu demorei pacas pra colocar um capítulo novo.

O motivo é simples: A disgrama do wattpad apagou meus capítulos salvos e eu perdi minhas anotações no papel. Resultado: eu passei três dias pensando pra tentar lembrar do capítulo e ainda não lembrei dele todo. Eu sei que tá pequeno mais é o que tem pra hoje.
Vlw,flw.

Amo vocês 😊

Broken Hope - Star & Marco [Marco Dark]Onde histórias criam vida. Descubra agora