Katara é uma garota de 17 anos que mora com sua mãe Carla e seu padrasto Gabriel. Ela não fala com ninguém pois seu padrasto a proibi, ele ameaça matar a mãe dela se ela falar com alguém. Katara fala através de Libras (Língua Brasileira de Sina...
_ Você é boa de mira_ Peter fala ao meu lado encarando o alvo de espuma com um furo na cabeça, feita por uma Glock, Peter é meu professor e segurança. Angela disse que era perigoso eu ficar sozinha, até mesmo na casa dela.
_ Obrigado_ estamos na cede da delegacia onde Angela trabalha, nessas quatro semanas aprendir a como atirar com uma arma de fogo e também como elas funcionam.
_ Amanhã vai começar as aulas, eu vou estudar na mesma escola que você, e como você está no último ano vamos ficar na mesma sala_ ele explica arrumando as armas nas gavetas_ Você já sabe como vai ter que agir?
_ Sim, a gente vai se encontrar na sala e vamos fingir que somos melhores amigos de infância que não nos víamos a dois anos porque você tinha se mudado para Los Angeles_ falo exatamente como Angela me falou, mas eu não sei se isso vai ser um bom plano.
_ Muito bem, como você não vai falar usa a agenda que a Angela te deu_ ela acaba de guardar as armas e pega a chave do carro em seu bolso_ Vamos, vou te levar para casa.
Pego minha bolsa e saímos da sala indo em direção ao elevador, não falamos nada, vamos em total silêncio. Ainda não temos muita intimidade para conversar, e eu sou tímida, o que piora mais ainda, mas ele parece não ter nenhuma timidez pois sempre faz piada ou fala o que pensa. Queria ser mais solta como ele.
_ Katara_ Peter me chama quando saímos do elevador_ A gente se conheceu faz pouco tempo, mas..._ ele exita e continua_ Se você quiser fala alguma coisa, qualquer coisa, pode falar comigo.
_ Tá bom, é que eu não tô acostumada a conversa com ninguém_ desabafo_ Passei tanto tempo sem falar com alguém que não fosse a minha mãe que eu não..._ ele termina a frase.
_ Confia em ninguém_ ele sorri de lado_ Eu sei bem como é isso_ voltamos a andar em direção ao carro dele_ Eu nunca confiei em ninguém, porque toda vez que eu confiava em alguém ela me traía_ ele fala triste e eu fico mal com isso.
_ Elas devem ser pessoas bem idiotas_ penso alto e fico vermelha na mesma hora. Boca grande. Mas Peter parece não se importar pois solta uma risada gostosa e acabo rindo junto.
_ Isso é uma grande verdade_ entramos no carro e fomos conversando o caminho todo, ele me contou sobre ele o que me fez ri muito, falei de mim o que fez ele quase chorar mas ele segurou as lágrimas_ Pronto, chegamos.
_ Obrigado_ nos despedimos e eu entrei na enorme mansão. Angela estava no celular andando de um lado pro outro falando sem parar, ela me viu e sorrio de lado e voltou a falar novamente. Subir a escada rápido e indo direto para o quarto, tomei um banho e vestir uma calça e uma blusa moletom preta, peguei o caderno de desenho que Katy comprou para mim junto com os lápis de cores e me sentei no chão. Sempre amei desenhar, desde muito pequena, desenhar me fazia não enlouquecer naquela casa ou fazer coisa pior. Fico horas desenhando e só paro quando Katy e as meninas entram no quarto rindo de algo, Bia vem até mim e senta ao meu lado pegando um dos quatro desenhos que fiz.
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