Minha mãe esta usando um vestido verde de manguinhas caídas que faz seus ombros ficarem a mostra, ele vai até depois do joelho, ela também esta usando um salto parecido com o meu. Estamos agora na sala esperando o Gabriel vim buscar agente, falando no diabo ele chegou, o Gabriel tem cabelos pretos, barba branca com alguns cabelos preto, algumas mulheres acham ele bonito, mas é só por fora mesmo. Ele para na porta e nos encara de cima abaixo, principalmente eu.
_Vamos_ ele fala com seu tom arrogante de sempre, e nós obedecemos_Sem nenhum "piu", entendido?_ ele fala segurando meu braço quando estava passando por ele, confirmei com a cabeça.
Entramos no carro dele, eu sentei atras e minha mãe na frente, ele entrou no carro e deu partida, Gabriel anda em alta velocidade e se reclamar ele acelera mais, eu não me importo pois amo velocidade mas minha mãe não gosta nada, mas ela não abre a boca pra falar nada. Ele leva agente até um restaurante de comida brasileira. Umas das minhas comidas preferidas são brasileira, agente desce do carro e o Monstrado começa a ditar as regras.
_Não é pra falar com ninguém se eu não permite, não quero ninguém olhando pra vocês_ ele acha que agente pode impedir alguém de olhar pra gente?
_'A gente não pode impedir que os outros nos olhem'_ falo fazendo sinais de libras.
_Não quero saber, se alguém olhar vocês com outros olhos vocês apanham_ ele diz e segura a minha mão e da minha mãe e nos puxa para dentro do restaurante_ com licença, tenho uma reserva no nome de Gabriel Mendes_ ele fala para a mulher que esta na porta do restaurante atras de um pequeno balcãozinho.
_A sim, por aqui_ ela nos leva até uma mesa que fica do lado de uma janela toda de vidro_ espero que tenham um ótimo jantar.
Só se o Gabriel fosse servido ao molho pardo. Meu subconsciente alfineta.
_Obrigado_ ele diz e ela sai, um garçom vem até a nossa mesa e deixa os cardápios_ vão querer o que?
_Uma carne assada na brasa, arroz, feijão, salada e farofa, vai querer o mesmo filha?_ uma coisa boa da minha mãe é que ela sabe das comidas que eu gosto, confirmo com a cabeça.
O Monstrado faz os pedido, ele pede também refrigerante para nós 2 e uma cerveja para ele. Isso não vai da certo, quando Gabriel bebe ele ficar pior do que ele já é.
_Gabriel não é bom você beber, ta dirigindo_ minha mãe tenta fazer ele não beber, mas ela não devia ter feito isso.
_Quer mandar no que eu devo e que eu não devo beber agora Clara?_ ele pergunta irritado.
_Não_ ela responde e abaixa a cabeça.
Eu odeio isso, odeio quando minha mãe abaixa a cabeça para esse idiota. A comida chega e nós comemos em silêncio, e o Gabriel não para de beber, ele já ta bêbado e quando chegar em casa com certeza vai desmaia no sofá, isso se conseguirmos chegar em casa vivos.
_Gabriel deixa que eu dirijo, você ta bêbado_ ela pede para ele que nem da ouvidos, ele paga a conta e sai puxando a gente para dentro do carro.
_Quando chegarmos em casa... vocês vão apanhar_ ele fala meio enrolado com as palavras por conta da briaguez.
Ele dirige em alta velocidade, ultrapassando os sinais vermelhos e os carros que estavam na frente dele, eu e minha mãe estamos com sinto de segurança mas o Gabriel não, tem um caminhão bem na nossa frente e o Gabriel ta tentando ultrapassar pela pista da contra mão. Foi tudo rápido demais, uma hora o carro tava na pista da contra mão e na outra estava sendo arremessado por caminhão que estava vindo na nossa direção. A ultima coisa que eu vi foi a minha mãe de cabeça para baixo sangrando muito, depois disso tudo escureceu.
Tento abri meus olhos mas parecem que eles pesam 1 tonelada, quando finalmente abro meus olhos os fecho imediatamente por causa da claridade, vou me acostumando com a luz e consigo ficar de olhos abertos, a sala é branca e tem um sofazinho no canta do quarto perto da maca onde eu estou, a porta se abre de repente uma enfermeira que deve ter uns 25 anos entra na sala, ela me encara e vem na minha direção rápido.
_Você acordou a muito tempo?_ ela pergunta mexendo nos aparelhos que estão ligados a mim por fios.
_Acabei... de acorda_ falo com dificuldade, minha garganta esta ceca, só depois de falar percebo a merda que fiz_ Por favor você pode me dizer aonde esta a minha mãe?_ Pergunto meio nervosa, tomara que o Gabriel tenha morrido.
_A sua mãe esta no quarto ao lado, ela esta bem só quebrou uma perna e um braço_ ela diz calma, ela pega um papel que esta preso a minha maca e ler_ Você não teve nada muito grave, machucou as costelas mais não as quebrou, teve alguns cortes nos braços, nas pernas e na costa_ ela diz olhando para mim.
_E o Gabriel?_ pergunto receosa. Por favor tenha morrido. Por favor tenha morrido. Peço mentalmente.
_Ele esta em coma_ droga_ eu sinto muito.
_Eu não_ murmuro baixo para ela não ouvi_ eu vou ter alta agora?
_Bem, na sua ficha diz que quando você acorda-se poderia ter alta, então sim_ ela diz e eu fico feliz, mas nem tanto, quando o Gabriel acorda e descobri que eu falei com alguém que não foi minha mãe ou ele, vai me matar de tanta porrada, e vai matar minha mãe também_ Mas tem que ter um responsável para assinar sua alta.
_Pede para minha mãe assinar.
_Mas com quem você vai pra casa?
_Vou sozinha_ respondo e ela sai.
Pego minha roupa da noite passada e vou pro banheiro, tomo um banho rápido e me visto, a roupa esta limpa só que tem algumas manchas de sangue e alguns rasgos. Saio do banheiro e vou direto para a porta, saio de la e vou para o quarto ao lado que é da minha mãe, quando abro vejo ela deitada com a perna quebrada pendurada para cima assim com seu braço quebrado.
_Mãe_ chamo e vou correndo até ela e a abraço, com cuidado para não machuca-la_ Você esta bem.
_Filha,eu estou bem. Vieram aqui pedi para assinar sua alta, você esta bem?_ ela pergunta com seus olhos cheios de água.
_Estou mãe_ respondo secando uma lágrima que escorreu dos seus olhos, uma coisa que eu não sou é emotiva, mas a minha mãe..._ Mãe eu fiz uma merda, eu falei com a enfermeira que tava no meu quarto.
_Droga Katara o Gabriel vai te matar_ ela diz em desespero.
_Ele ta em coma_ digo meia feliz.
_Pois esse coma acabou a 5 minutos atras_ fico sem entender, sou um pouco lerda para entender as coisas_ ele acordou Katara.
_Droga, ele vai me matar.
_ Não vai não, você vai fugir_ ela diz e eu a encaro.
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Gritos no Silencio
TeenfikceKatara é uma garota de 17 anos que mora com sua mãe Carla e seu padrasto Gabriel. Ela não fala com ninguém pois seu padrasto a proibi, ele ameaça matar a mãe dela se ela falar com alguém. Katara fala através de Libras (Língua Brasileira de Sina...