Capítulo 4

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Eu ainda não estava acreditando, primeiro que demorei até resolver que iria ligar para ela, minha mãe não tinha parado de falar da moça simpática e bonita, e do quanto eu havia sido indelicado, segundo que sair para jantar era um pouco demais para mim, mas resolvi que era a melhor forma de podermos conversar e resolver quanto a isso. Aí ela me vem com formalidades? O que ela queria, um pedido de namoro? Quanta dificuldade.

Eu não era acostumado a esse tipo de convite, não tinha esse hábito, talvez eu até não tenha sido muito delicado, mas era assim que eu resolvia minhas coisas, de forma rápida e objetiva.

Agora ter uma ligação encerrada da forma com que ela fez, era um absurdo. Parecia que estávamos em uma disputa, quem conseguia ser mais mal-educado. Resolvi respirar fundo enquanto tomava um banho e pensava como seria esse jantar.

Coloquei uma calça social escura e uma camisa preta, meus sapatos, relógio, um pouco de perfume, e um blazer preto também. Dispensei o motorista, e resolvi dirigir minha BMW i8, preta com detalhes em azul, era um carro esportivo que me conquistou pelo designer aerodinâmico, um carro com um conceito inovador. Mais eficiente graças à construção inteligente de baixo peso em fibra de carbono. Mais sustentável devido à tecnologia BMW eDrive. Este carro combina perfeitamente o Prazer de Dirigir e a sustentabilidade, o que fez com que eu o comprasse assim que foi lançado. O BMW i8 é um veículo híbrido PlugIn que combina as vantagens de um motor elétrico inovador com as tecnologias dos motores de combustão. O resultado é uma experiência de direção extraordinária, com consumo de combustível e emissões de CO2 extremamente reduzidos.

— Seja educado com ela filho. Veja se está precisando de trabalho ou de algo que possamos fazer para ajudá-la, lembre-se que já estivemos nesta cidade precisando dos outros e poucos nos ajudaram realmente – não deveria ter contado para minha mãe sobre o jantar, ela estava criando expectativas demais.

— Tudo bem, mamãe. Já entendi, prometo que vou tentar – acredito que não foi o bastante pelo olhar que recebi, mas apenas sorri, beijei o seu rosto e saí.

Durante o caminho até o hotel, pensei nela. Desde a noite em que saiu do meu apartamento eu fiquei intrigado, e algo me fez desejar que um segundo encontro fosse diferente.

Calma, não era um encontro. Era apenas um jantar, como um dos tantos que participava e conquistava novos clientes. A diferença era que com ela eu me sentia desarmado, e por isso acabava atacando. No entanto esperava que a noite fosse diferente, que fosse realmente um jantar agradável.

Assim que desci do carro em frente ao hotel senti algo estranho, como um incômodo na minha nuca, passei a mão, tentando dissipar aquela sensação e segui em frente. Imaginei que ela estaria no bar, e não me enganei quanto a isso, ela estava de costas, mesmo assim a reconheci, usava um vestido preto de manga longa, com um partido em V enorme nas costas, seus cabelos estavam para o lado, deixando a visão ainda mais maravilhosa. Era uma linda mulher. Afastei esses pensamentos e me aproximei.

— Boa noite senhorita Ferreira – parei ao seu lado e levei um baque quando ela me olhou com seus olhos verdes de esmeraldas, e um batom vermelho naqueles lábios carnudos. Ela estava disposta a me ver babando por ela, mas eu era um homem controlado, por mais que isso estivesse acontecendo, ela jamais saberia.

— Boa noite, Sr Thompson, vamos manter toda essa formalidade? – ela tinha um copo de Martini na mão direita e encostou seus lábios lentamente na borda, era um jogo, e eu sabia jogar.

— Tem razão, Gabriela. Pode me chamar de Lucca. Queremos que essa noite seja diferente, não é mesmo? – estiquei minha mão para ajuda-la a descer da banqueta e ela aceitou, então seguimos para a frente do hotel, foi totalmente por um instinto ainda desconhecido por mim, que levei minha mão até as suas costas e acabei a conduzindo para dentro do carro.

ENGANO DEGUSTAÇÃO completo até 04/11/19Onde histórias criam vida. Descubra agora