Rendição

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Mate-me gentilmente

Cubra meus olhos com suas mãos

Não consigo mais resistir

Não consigo mais fugir

Você é doce demais, doce demais, doce demais

~♡~

Imediatamente, o Jeon empalideceu.

- N-não… - balbucia, mais uma vez visualizando tudo nitidamente assim que suas pálpebras cerraram.

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Desde que foi sincero sobre o que sentia por Taehyung, e vice-versa, Jungkook passou a sentir uma alegria que nunca havia sentido antes, semelhante a um alívio, toda vez que o encontrava.

Porém, a cada missa, seus sonhos e desejos eram esmagados pelo peso das palavras do padre que discursava:

“Homossexuais são seres em desgraça. Dignos de nossa mais profunda compaixão. Rezemos pela alma deles.”

“Eles estão doentes. Não sabem o que fazem. Entregaram-se à promiscuidade.”

“Família é homem e mulher, nada mais”.

E assim, aos poucos, Jungkook foi ficando dividido, com a sensação de que vivia uma vida dupla, sendo o filho exemplar dentro de casa e o adolescente rebelde nos braços de Taehyung.

Isso o matava pouco a pouco, mas só se sentia melhor quando consumia mais doses daquele garoto.

Amá-lo era seu veneno e sua cura.

Porém, como ainda temia estar fazendo algo muito errado perante a igreja, nunca conseguia se libertar de fato, contendo determinadas vontades e não permitindo maiores avanços além de mãos apertando seu membro rapidamente por cima da roupa.

No começo, até ficava preocupado de Taehyung cansar dele logo.

Uma vez, quando o garoto deitou sobre si no chão do quarto enquanto se beijavam, Jungkook o encarou por um instante ao findarem o contato e, subitamente, escondeu o rosto com ambas as mãos.

- Kookie, o que foi? - o garoto não se mexe - Ei... Olha pra mim. - pediu, fazendo um bico.

- Não. - a voz abafada respondeu.

- Por que?

- Tenho medo.

- De que? Você sabe que não vou forçar nad-

- Sei que não vai. - interrompeu logo - M-mas… Não quero que ache que estou sendo chato ou puritano demais.

- Não acho. - afirma, sem pestanejar.

- E você não sente falta de… Certas… Certas “coisas”?

- Se está falando de sexo, sim, eu sinto falta, mas e daí? Se for pra ter você, eu espero o tempo que for necessário.

Jungkook o encarou por entre os dedos.

- Jura?

- Juro. - o outro sorri ternamente, retirando as mãos de seu rosto para lhe dar um selinho casto - Você não faz ideia do quanto eu te amo, né?

- Hm… - o mais novo ruboriza, se aninhando em seu peito ao deitarem de lado - E eu te amo tanto que tenho medo de te perder… - admitiu, num murmúrio.

- Você nunca vai me perder, bobinho. Ainda mais por um motivo tão superficial. - garante, acariciando o braço do amigo - Além disso… Não é como se eu não pudesse “dar um jeito” caso fique muuuito necessitado.

Padre Jeon 🕯 TaeKookOnde histórias criam vida. Descubra agora