🌵 3 - Lucas

9.4K 785 191
                                    

Taylor Swift em Blank Space, toca melodicamente nos alto falantes espalhados pelo bar, sorrio acompanhando a letra apenas mexendo os lábios

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Taylor Swift em Blank Space, toca melodicamente nos alto falantes espalhados pelo bar, sorrio acompanhando a letra apenas mexendo os lábios. Balanço a cabeça pensando no quanto as coincidências são engraçadas. Talvez essa letra seja direcionada ao meu pensamento insano sobre Ele.

Estou, como sempre, na parte de dentro do bar, tomando uma caipirinha de pinga preparada por mim mesmo, encostado na pia de inox, observando o movimento de Sábado a noite. É um dia que o movimento é bem considerável, geralmente eu não costumo beber, mas hoje abrí uma exceção por conta dos absurdos que tenho pensado desde que o conhecí. O desejo latente, a curiosidade louca para ser sanada, a vontade querendo dar vazão ao tesão. 

Sou um puto sedento por sexo, não nego!

Mas também, nunca me ative a pensar em homem algum de forma intensa ou — não que eu lembre — demorei a pegar no sono pensando no olhar misterioso de quem quer que seja, muito menos no irmão estranho da minha melhor amiga. É fato que o cara me deixou totalmente sem palavras, mas não sou burro, sei que também o deixei sem agir pela forma desconcertada que me estudou minuciosamente, as bochechas coradas, a falta de palavras, a cobiça estampada em seu rosto.

Mas aí entra a minha falta de sorte: William, o moreno de olhos penetrantes e misteriosos, é Hétero convicto segundo July e, talvez, tenha sido delírio ou engano da minha parte. Com toda certeza, ele vive rodeado de belas mulheres, pois é mega rico, super bonito, atraente até o último fio de cabelo e tem uma boca suculenta, que me fez ficar com uma ereção madrugada à dentro, apenas por imaginá-la em mim, na minha boca, em lugares e situações indecentes. Esses são os pensamentos que venho tendo desde ontem, desde que nosso olhos se cruzaram.

— Hmmm...Porra! — xingo baixinho, mordendo o canudo com força. 

Não pense nisso! Não pense nissoooooooo!

Solto o ar dos pulmões com força, um suspiro agoniado,  passo a mão no cabelo, me arrependendo de já estar na terceira caipirinha. No mínimo, queria "desanuviar", como diz Tia Lívia, mas pelo visto, estou fraco para bebida alcoólica, já que acabo de ver William Young, o ator principal dos meus sonhos impróprios, passar pela porta de entrada e sentar-se em um dos bancos do balcão, chamar Moisés, e me olhar com 7ma sobrancelha arqueada enquanto mordisco o canudo preso entre os lábios e um encaro com espanto. Sugo o pouco que resta da caipirinha, a bebida desce rasgando pela garganta.

Meu subconsciente grita que estou delirando.

Desvio o olhar rapidamente mantendo a minha postura firme, tentando apagar da mente a visão do homem matador, vestido em um terno preto três peças sobre medida, uma camisa social branca e uma gravata que brinca entre cinza e preto, conforme o reflexo da luz bate. Tudo nele grita poder. Caramba, se não tivesse sido eu mesmo a preparar a minha bebida, arriscaria dizer que a teriam batizado. Só pode ser miragem.

A Última Chance (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora