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— Por que você tá fugindo de mim? – Mark perguntou enquanto seguia o garoto que tentava a todo custo o ignorar.

Donghyuck não respondeu, apenas respirou fundo e seguiu caminho pelo corredor estreito.

– Você sempre obedece o Jeno assim? Não pensei que fosse tão submisso, Hyuck…

Donghyuck o ignorou de novo, apressando o passo para chegar logo na sala de aula.

Mas antes que pudesse virar o corredor vazio, Mark o segurou pelo pulso com força, fazendo-o virar-se e ficando bastante próximo.

Donghyuck baixou o olhar, nem percebendo que trancava a respiração pela súbita proximidade.

Mark o encostou contra a parede, colocando uma mão sobre seu peito para mantê-lo ali e a outra apoiada na parede.

– Me deixa ir, Mark – pediu em tom baixo, soltando a respiração que saiu pesada e trêmula.

– Nera você que gostava de mim? – Mark sorriu.

– E-eu não gosto mais – Donghyuck gaguejou, secando as palmas das mãos suadas na calça jeans.

Mark ficou sério subitamente e se aproximou ainda mais, firmando ambas as mãos na cintura do mais novo. Levou o rosto até seu pescoço, ouvindo Donghyuck suspirar contrariado. Acariciou a pele com a ponta do nariz, percebendo satisfeito que o menor se retraiu pelo toque ao sentir sua respiração quente e abafada contra a pele.

Deixou alguns selares molhados na tez macia do pescoço alheio, entreabrindo os lábios e respirando fundo para inalar o cheiro do mais novo que o inebriava.

Donghyuck se remexeu de início, tentando fugir dos beijos, mas logo cessou os movimentos, sentindo a proporção das carícias aumentarem cada vez que tentava se desprender do aperto. Mark beijava a pele ainda mais profundamente, apertando a cintura do menor entre as mãos no intuito de controlar suas vontades que cresciam quase que incontrolavelmente a cada suspiro mais profundo e prazeroso do Lee mais novo.

Mark subiu uma das mãos que estava na cintura até os cabelos do outro, entrelaçando os dedos nos fios avermelhados e puxando-os com força para o lado para que tivesse ainda mais espaço livre daquele pescoço tão gostoso ao seu ver. Donghyuck grunhiu alto de surpresa, sentindo o couro cabeludo ser puxado e o pescoço beijado com força, sugado logo em seguida. Mark Sorriu em meio ao ato. Seu passatempo favorito era provocar Donghyuck.

O garoto já nem sabia o próprio nome, Mark parecia conseguir tirar quaisquer resquício de sanidade que pudesse ter apenas com alguns beijos. Já nem passava por sua mente que estavam no corredor da escola e, mesmo que todos os outros estivessem em aula, poderiam acabar sendo vistos.

Donghyuck levantou o rosto, os lábios quase que trêmulos pela vontade insana que se despertou em si de beijar a boca já vermelhinha do outro. Se arrepiava só de pensar em sentir aquele calor do corpo nos lábios que clamavam por contato com os semelhantes. Então Mark afastou o rosto que ainda abusava de seu pescoço, fazendo com que ficassem cara a cara.

Donghyuck observou com atenção os lábios de Mark, estes que estavam um pouco mais inchados que o normal por conta do trabalho anterior. Só queria tomar de uma vez aquela boca que lhe fazia se sentir tão bem, sentir a língua experiente de Mark lhe adentrar e explorar​ cada canto que conseguisse. Mas antes que pudesse o fazer, Mark segurou seus cabelos com força novamente, afastando o rosto do seu vorazmente. Donghyuck grunhiu pela dor, mordendo o lábio inferior com tamanha força que pode sentir um filete de sangue sair do pequeno corte que se formou.

– Você até pode dizer que não gosta de mim, mas o seu corpo não mente, Hyuck – Mark sorriu, encarando os olhos do outro fixamente.

Segurou o queixo de Donghyuck com a ponta dos dedos enquanto a outra ainda firmava seus fios, passando a língua sobre os lábios do mais novo e limpando o pouco sangue que havia ali. Então soltou seus fios, afastando o corpo e alisando a roupa que amassara um pouco.

– Se ainda quiser participar do clube, me encontre perto da biblioteca uns quinze minutos antes de começar a aula amanhã – falou antes de dar as costas e sair andando.

Donghyuck respirou fundo tentando recuperar o fôlego, apoiando o corpo na parede e apenas ficando ali estático por alguns segundos. Mark era louco.

Passou a mão pelo pescoço quente, se arrepiando ao perceber que ainda conseguia sentir a sensação dos lábios do mais velho contra a pele.

O sinal bateu e logo o Lee tomou caminho para a próxima aula, a mente pesando por tantas coisas que a rodeavam.

Mark adentrou o local escuro com cuidado, sabia que poderiam aparecer a qualquer momento, por isso já levava a quantia necessária em mãos.

– Olha só quem resolveu dar as caras – ouviu a voz de Taeyong dizer enquanto se aproximava, seguido de duas garotas que possuíam os cabelos tingidos de rosa assim como o seu – Um pouco atrasado, não acha?

– Só consegui o dinheiro agora, desculpe – falou, engolindo em seco e estendendo a mão com as cédulas.

– Não acha que demorou demais? – Taeyong se aproximou, um sorriso divertido era exibido no rosto bonito – Eu devia punir você, Mark Lee – cerrou os dentes, levando a mão até o rosto do mais novo e apertando seu queixo com força.

– Você sabe que eu tenho como me defender – Mark revidou, a voz saindo engraçada pela pressão em seu rosto – E não estou falando de força física.

Taeyong se afastou e tomou o dinheiro de sua mão, dando para uma das garotas que tratou de contar rapidamente e fazer um sinal afirmativo com a cabeça.

– Pode ir – falou, pegando o dinheiro e guardando no bolso.

– Na verdade eu queria pedir outro favor – falou receoso, sabendo que se contasse o plano todo, Taeyong o impediria. Sabia que a última coisa que queria era ter seu poder todo tomado, coisa que provavelmente aconteceria se os planos de Mark dessem certo.

Taeyong continuou o encarando, esperando pela proposta.

– Preciso da chave do porão.

– Você não está pensando em continuar com aquela sua missão idiota, está? – Taeyong riu debochado.

– N-não.

– Mark, este é meu santuário – falou, abrindo os braços em um gesto amplo, se referindo a escola inteira – Não vou deixar você destruí-lo por motivos idiotas.

– Não são motivos idiotas – revidou firme, franzindo as sobrancelhas.

– Que seja – Taeyong riu novamente – Agora vá embora que eu tenho mais o que fazer.

Mark saiu bufando, ouvindo outra risada seca ecoar pelo corredor escuro, iluminado apenas pelas luzes rosadas e opacas.

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número de palavras: 1078

cool kids | markhyuckOnde histórias criam vida. Descubra agora