O maniaco do machado

O After

Jeff abriu a porta do carro para Cris entrar como um elegante cavaleiro faria, e ele estava mesmo elegante naquela noite, ainda assim parecia um pedinte perto de Cris, a garota estava linda, tudo nela era inexplicável e Jeff não tinha ideia do que ele estava sentindo, entrou pela porta do motorista meio que tremulo e pôs o sinto de segurança.

- E agora – Foi Cris quem tomou a atitude de perguntar.

Jeff a olhou sem saber o que fazer, mas ainda assim reuniu o pouco de coragem e disse.

- Sua casa ou minha? – A garota riu.

- Me deixa em casa, por favor, acho que já fizemos muito por uma noite, melhor não ter arrependimentos depois - a resposta frustrou Jeff, o garoto ansiava por mais, ainda assim sorriu e deu a partida no carro.

No caminho para o apartamento dela somente o som de uma estação de rádio qualquer quebrava o silêncio, Jeff não sabia como reagir ao que acontecera, e parecia que Cris também não, então ele decidiu somente dirigir um quilometro e uma esquina de cada vez, o percurso levou uns 30 minutos até o apartamento dela, ele dirigiu bem devagar para aproveitar cada momento sentindo aquele delicioso perfume e tendo aquela presença por perto. Manobrou na frente do prédio em uma baliza nervosa, mas conseguiu estacionar o carro certo e desligou.

Fixou os olhos nela outro instante, pensando no que se passava dentro daquela cabeça, uma garota que ele conhecia há tão pouco tempo e mexia com ele daquele jeito, a conheceu em uma situação dramática, como poderia acontecer algo assim?

- Bom é aqui que eu me despeço Jeff, me diverti muito esta noite, obrigada pelo convite – a garota tirou o cinto de segurança e se aproximou.

- Que isso eu que agradeço a você, tive a garota mais linda do baile ao meu lado – os dois riram e ela foi beijar o rosto de Jeff para se despedir, foi ai que ele deu uma viradinha pro lado e encaixou outro beijo, longo e gostoso como o da festa.

A garota estava vermelha, claramente não se sentia confortável.

- bom eu tenho que entrar... Manda-me uma mensagem quando chegar em casa – disse ela.

- Pode deixar, até mais.

Ele deu a partida e olhou que horas eram 01h59min da madrugada, dizia no seriado que nada de bom acontecia após as duas então ainda bem que Cris já estava em segurança, arrancou o carro e mal sairá da quadra onde estava ao olhar no retrovisor tomou um susto e freou bruscamente, vira o espirito de sua mãe refletido no espelho.

- Continue dirigindo filho – ela disse – é um belo carro não é?

- É sim – Jeff não sabia como reagir a isso, arrancou o carro em direção a casa.

- Esta indo para o caminho errado – disse ela agora sentada no banco da frente.

- Você quer me deixar louco mãe?

- Você sabe muito bem o que eu quero. Minha vingança

- Eu estou trabalhando nisso.

- Sim eu vi, com sua amiga, ou já é mais que amiga, outro dia eu morri e você nem lembra mais de mim.

- Você esta sempre comigo.

- Mude de direção, para o pai Celinho, eu vou avisar que você esta a caminho.

Dito isso ela simplesmente sumiu, e Jeff ficou mais sozinho que nunca ouvindo o som de uma estação de rádio qualquer, mas enfim se decidiu e mudou o caminho em direção ao terreiro, quando aquilo ia acabar, ao chegar ficou surpreso ao encontrar a porta da garagem aberta e as luzes acesas, entrou com o carro.