22 Horas

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Definitivamente Marlene McKinnon era sua alma gêmea.

Não podia evitar rir dos desenhos de infância que encontrou em um álbum jogado em um canto qualquer do quarto, pareciam ter sido feitos por um sucateiro — ou por ele mesmo.

Apesar da fome que sentia — ela tinha tanta fome quanto ele, precisariam de bastante comida no futuro —, manteve-se preso naquele quarto estranhamente familiar e confortável. Talvez quando os sons da casa se silenciassem, ele pegaria algo na cozinha, tentando não sentir muita culpa.

Sobressaltou-se quando escutou a porta abrir-se.

Manteve-se em silêncio, pensando e torcendo para que a voz viesse junto ao corpo.

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