Conversa

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Ginny beliscou um pouco do puxativo, mesmo que sem fome, enquanto escutava Harry desabafar.

Sobre a sua vida difícil com seus tios, o que incluía o fato de não ter amigos até ser transferido para Hogwarts e conhecer Hermione, mesmo assim sempre sentiu falta de um amigo do mesmo gênero.

As coincidências eram tão surreais. Rony tinha estudado em Hogwarts até o ano em que Harry entrou, quando eles se mudaram de casa e não tiveram mais condições de mantê-lo lá. Apesar de público, os materiais eram caros e a locomoção tornava-se difícil. Perguntou-se como seria se tivesse permanecido, Harry teria um amigo.

No momento, Rony via-o como o estranho por quem Ginny tinha uma intimidade que não o agradava, mas ainda tinha esperanças de fazê-lo mudar de ideia quanto a isso.

— Bem, isso é... — ela não soube o que dizer quando ele terminou de contar tudo — Você ainda os vê?

— Vejo meu primo — Harry respondeu, e ela não conseguiu identificar o sentimento em seus olhos — Nos entendemos... Minha tia começou a agir estranho desde que eu saí de casa, mas meu tio parece bem feliz com isso.

— Você os chama de tios, mesmo depois de tudo que fizeram.

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