Porta

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Naquele momento, Ginny não reclamaria nem um pouco se morasse sozinha, como Harry fazia.

Certo, ela teria que cozinhar — ou viver à base de fast food.

Certo, teria que limpar e organizar a casa.

Certo, precisaria lavar as próprias roupas e louças.

Pelo menos teria uma privacidade. Privacidade para beijá-lo em frente de casa sem aquela paranoia, aquele repuxo no estômago de pensar em alguém abrir a porta e encontrá-los naquela situação.

Não reclamaria em morar sozinha, mas não estava reclamando de morar com sua família.

Sorriu sob os lábios de Harry, fazendo seus braços rodearem o pescoço dele apenas para aquele momento durar mais.

— A gente não pode mudar as tradições, não é? — perguntou Harry, quando se afastaram.

— Concordo completamente — Ginny murmurou, voltando a aproximar os seus lábios.

Sentia-se como uma candeia acesa, uma luz que não se apagaria tão fácil.

— Eu preciso ir — ele disse.

Ginny assentiu, embora não quisesse que ele fosse.

— Que droga — resmungou Harry, antes de dar um último beijo nela.

Observou-o afastar-se, sorrindo. Somente quando perdeu-o de vista, girou em seus calcanhares, girando e empurrando a maçaneta da porta de entrada.

— Não convidou-o para entrar? — perguntou sua mãe.

Deu um sorriso envergonhado.

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