A vida é feita de mudanças, a todo momento o tempo muda, o clima muda, as pessoas mudam. Miami costumava ser um lar, eu tinha vários amigos, eu tinha uma família de se dar inveja, estudava em um dos melhores colégios (se não o melhor) da cidade, praticava esportes... Eu era maravilhosamente feliz e nunca me dei conta do quanto, mas então as coisas mudaram. Pessoas se foram e poucas ficaram. Com apenas 14 anos eu assisti o meu castelo de princesa desmoronar, meu sonho cor de rosa logo não mais existia. Como um passe de magica tudo o que eu conhecia, tudo o que eu sabia, tudo o que eu era... não fazia mais sentido, não tinha mais sentido, de um jeito bruto eu descobri que quase sempre a vida não é um mar de rosas.
Mas faz parte, não faz? Todos tiveram, tem ou vão ter um momento onde tudo vai se tornar diferente, onde o colorido se tornará preto e branco, ou ao contrário, mas no final tudo termina como deve. Uma das coisas que meu pai me ensinou sobre os momentos ruins é que eles são só isso, momentos. E que é bem melhor olhar para o lado bom das coisas, torna a vida mais fácil, leve e alegre.
Foi com esse pensamento em mente que eu peguei a ultima de minhas malas, coloquei o óculos de sol preto, e entrei dentro de um dos taxis amarelos de Nova York. Dentro do taxi eu ia ouvindo Arctic Monkeys (uma de minhas bandas favoritas) e olhava às paisagens conturbadas da grande cidade e tinha em mente que isso não era um adeus. O motorista parou na frente de um dos portões do aeroporto e muito gentilmente me ajudou com as minhas 4 malas, eu lhe entreguei o dinheiro e agradeci, puxei as minhas malas e coloquei minha mochila nas costas. Caminhei até o portão de embarque, fiz o meu check-in e me sentei em uma das mesas da cafeteria mais próxima que consegui encontrar, em quanto tomava o meu chocolate quente, já que um café provavelmente me impediria de ter um bom sono durante a viagem, e comia o meu croissant de chocolate que eu havia pedido.
Já havia terminado o meu pequeno lanche e estava a algumas paginas de distancia do final do meu livro. Estava entretida na história e quando acordei novamente para o mundo real, o meu nome estava sendo chamado nos altos falantes do aeroporto, pedindo para que eu "comparecesse ao meu voo",foi como a voz adocicada e em minha gentil opinião falsa da aeromoça disse. Percorri o aeroporto correndo e cheguei até o portão de embarque, entreguei a minha passagem e meu passaporte e então finalmente entrei no avião, me acomodei em minha poltrona na terceira fileira ao lado da janela e tentei pensar que tudo ficaria bem. O avião decolou e eu fiquei olhando para a janela, por mais tempo do que eu gostaria, me despedindo da minha "antiga" vida e me preparando mentalmente para o meu novo começo, encostei minha cabeça no vidro da janela e fechei meus olhos olhando para o céu azul e adormeci.
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Imediatamente ao colocar o meu pé no chão de Miami eu precisei parar e tirar o casaco que eu usava por conta do frio de NY e também do ar-condicionado do avião, em partes eu sentia falta desse calor, do sol quente e do verão quase o ano inteiro. Me encaminhei para o banheiro mais perto para mudar as minhas roupas, tirei o casaco, o moletom e a calça legging preta, coloquei tudo na mochila e comecei a vestir minha calça jeans preta rasgada e coloquei uma regata cinza aberta nas laterais e soltinha. Conferi a maquiagem, dei uma chacoalhada nos meus cabelos e saí do banheiro.
Ao pisar para fora do aeroporto internacional de Miami e eu já pude avistar o meu Carro estacionado bem em frente, do jeitinho que Dylan me disse que estaria, caminhei até o meu Jeep 2017 Wrangler Rubicon Recon preto, um presente dado pela minha querida mãe em uma tentativa, quase eficiente, de se desculpar por não poder estar presente em meu aniversário, não que eu ligue se ela vai ou não estar lá, ela quase nunca está, mas não posso dizer que o presente não me agradou, porque agradou e muito! Se eu tem alguma coisa material que eu tenho um pequeno carinho por, essa coisa com quase toda a certeza é o meu carro, carinhosamente apelidado Jack ou Jackie, como Dylan gosta de falar.
Coloco minhas malas no banco de trás mesmo, já que tem espaço e serei só eu e o meu bebê (Jackie) por um longo tempo, e vou para o banco do motorista, giro as chaves e inicio a minha nova jornada pra valer dessa vez...
Ao menos assim espero.
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Notas da Autora:
Capitulo pequeno... eu sei! Mas é porque esse é só o começo e eu não queria me aprofundar muito, e também estava ansiosa para postar logo de uma vez! Então aqui esta! Finalmente!!!
Espero que gostem! Nao esqueçam de votar e comentar pleaseeee!
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O novo começo - Português
ChickLitA vida nem sempre é fácil e as vezes você chega em um ponto em que nada é o mesmo, e que por mais que você tente as coisas nunca voltarão a ser do jeito que eram antes. Então o melhor que você pode fazer é esquecer e seguir em frente. Allison é uma...