SUSTO

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Eu só queria dar um susto na minha priminha, mas foi ela quem terminou me deixando assustado. Sílvia tinha completado dezoito anos a algum tempo e eu era mais velho que ela poucos anos. Desde que me lembro, sempre ajudei minha prima com os seus estudos, principalmente nas disciplinas de matemática e física. Ela reclamava bastante, dizia que nunca ia aprender, até que começou a tomar gosto pela coisa. Resolvidos os problemas de desinteresse e falta de atenção, Sílvia se tornou melhor com números do que eu.

Naquele ano, minha prima estava muito concentrada estudando para o vestibular, queria cursar Engenharia Civil. Eu estava incentivando-a bastante e continuava estudando com ela. Faltavam alguns meses para eu me formar em Matemática, mas estava de férias da universidade. Em uma tarde ela me pediu para ajudá-la com a revisão de física e eu fui até a sua casa.

Encontrei minha tia de saída para uma consulta médica. Sílvia tinha ido à casa de uma amiga, que morava na outra rua, mas chegaria logo. Sozinho, bebendo água na cozinha e esperando minha prima, ouvi quando ela chegou chamando por sua mãe. Resolvi fazer uma brincadeirinha e fiquei escondido por detrás da porta do quarto de Sílvia, quietinho, para dar um susto nela quando entrasse no quarto.

Percebendo que estava sozinha, ela se indagou em voz alta, talvez olhando para o relógio, a que horas eu chegaria, estava atrasado. Sílvia entrou no quarto e eu dei-lhe o susto como planejado. Ela gritou alto, cambaleando até a cama e, ao tropeçar nela, caiu e bateu a cabeça na cabeceira, produzindo uma zoada feia. Preocupado, corri até minha prima pedindo desculpas. Ela disse que a cabeça estava doendo bastante e se sentia tonta. De repente, afirmou que não estava enxergando e desmaiou.

Sem saber o que fazer, entrei em desespero e a chamei pelo nome algumas vezes, sacudindo seus ombros. Lembrei da técnica usada para primeiros socorros em casos de desmaio que havia aprendido anos atrás na autoescola. Tirei seu corpo da cama, deitando-a no chão, de barriga para cima. Peguei uma cadeira e coloquei seus pés sobre o assento, de modo a fazer com que suas pernas ficassem mais altas que o corpo e a cabeça. Virei sua cabeça de lado, para facilitar a respiração. Silvia usava uma camisa de botões e comecei a abri-los, para afrouxar as roupas. De repente, ela abriu os olhos e agarrou minhas mãos.

— O que você pensa que está fazendo?! – indagou surpresa.

— Sílvia? Graças a Deus! – disse aliviado – Você tinha desmaiado. Essa é uma técnica de primeiros socorros em caso de desmaio.

— Eu estava fingindo! Você tentou me dar um susto, mas fui eu quem te assustou. – ela riu e fez um beicinho que sempre achei charmoso.

— O quê? Não acredito! Conseguiu me enganar direitinho. – eu ri, realmente aliviado.

— Quer dizer que você não pretendia se aproveitar de mim? Estava só me ajudando?

— É claro, Silvia! Eu jamais encostaria um dedo em você!

— Nem mesmo se eu pedisse com jeitinho? – ela arqueou uma sobrancelha com uma expressão provocante.

— Hã? – eu me senti desnorteado.

Para falar a verdade, eu sentia atração por Sílvia há muito tempo. Ela estava se tornando uma mulher incrivelmente linda e gostosa.

— Vai dizer que nunca pensou em mim dessa forma? – Sílvia terminou de desabotoar a blusa, exibindo o sutiã vermelho que cobria seus peitos enormes – Vai dizer que nunca desejou ver o que está debaixo do meu lingerie?

— Sílvia, o que você está fazendo? – eu quase gaguejei ainda inclinado sobre minha priminha.

— E se eu disser que quero você agora? O que vai fazer? – ela passou a língua pelos lábios e se inclinou na minha direção.

Contos Eróticos do Batom VermelhoOnde histórias criam vida. Descubra agora